Percepção da mulher quanto a parir durante pandemia da COVID-19
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v12i1.39629Palavras-chave:
Parto; Enfermeiras obstétricas; Pandemias; Coronavírus.Resumo
Introdução: O nascimento é um evento fisiológico e natural, que agrega vários significados culturais e por isso é um momento marcante na vida da mulher. Objetivo: Compreender a percepção das mulheres acerca de parir em uma maternidade de baixo risco durante a pandemia da COVID-19. Métodos: Estudo qualitativo composto por 18 puérperas que tiveram parto vaginal durante pandemia da COVID-19 assistidas por enfermeiros obstetras. Realizado entre setembro e novembro de 2021 em uma maternidade pública do agreste pernambucano, referência para gestantes de risco habitual. A análise de conteúdo foi feita a partir de entrevistas que seguiam um roteiro semiestruturado, transcrita de forma fidedigna, e por meio de dados extraídos do cartão pré-natal. Foram indagadas questões sobre as características obstétricas, o trabalho de parto e o sentimento de estar gestante/parturiente na pandemia. Essa pesquisa seguiu todas as recomendações do Comitê de Ética em Pesquisa. Resultados: Puérperas multíparas, com a média de idade de 27,8 (± 6,9) anos, prevaleceu a cor da pele parda, com residência na zona urbana, com companheiro e trabalho remunerado, metade apresentava renda familiar de 1 salário. A análise de conteúdo qualitativa clínica revelou duas categorias: 1) Orientações e medidas de enfrentamento a SARS-CoV-2; 2) Sentimentos das parturientes quanto a parir em uma pandemia. Conclusão: Houve um impacto negativo referente a fatores psicológicos atrelados, como o medo e insegurança, devido o temor de contrair o vírus e desenvolver possíveis complicações. Entretanto, na assistência ao parto não foram evidenciadas muitas alterações, além do uso de máscara e distanciamento social.
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