Tendência da mortalidade infantil por causas evitáveis no Estado do Amapá, 2010-2019
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v12i2.39984Palavras-chave:
Saúde pública; Epidemiologia descritiva; Mortalidade infantil.Resumo
Objetivo: avaliar a tendência da taxa de mortalidade infantil por causas evitáveis no Estado do Amapá no período 2010-2019. Métodos: Trata-se de um estudo descritivo de série temporal a partir de dados disponíveis no Sistema de Informação de Mortalidade (SIM) e no Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC). Para as análises de tendência temporal utilizou-se o modelo de regressão linear. Resultados: no decênio, houve registro de 2.935 óbitos infantis no Estado, sendo 72,67% (n=2.133) evitáveis. A taxa de mortalidade infantil encontrada foi de 18,97; observou-se tendência crescente na taxa de óbitos pós-neonatais, decrescente na taxa de óbitos infantis evitáveis e elevação de óbitos evitáveis por adequada atenção à gestante. Conclusão: ainda que a taxa de mortalidade infantil tenha reduzido no Amapá (2010-2019) este indicador permanece elevado em comparação às médias nacionais. Nossos dados apontam para a necessidade de estratégias em saúde mais efetivas voltadas às mulheres gestantes da região.
Referências
Bernardino, F. B. S., Gonçalves, T. M., Pereira, T. I. D., Xavier, J. S., de Freitas, B. H. B. M., & Gaíva, M. A. M. (2022). Tendências da mortalidade neonatal no Brasil de 2007 a 2017. Ciencia e Saude Coletiva, 27(2), 567–578. https://doi.org/10.1590/1413-81232022272.41192020
Braz, S. G. C., & Raiher, A. P. (2021). Redução da mortalidade infantil e cumprimento do Objetivo de Desenvolvimento do Milênio 4 no Brasil. Economía Sociedad y Territorio, 22(68), 265–295. https://doi.org/10.22136/est20221672
Carlo, W. A., & Travers, C. P. (2016). Mortalidade materna e neonatal: hora de agir. In Jornal de Pediatria (Vol. 92, pp. 543–545). SciELO Brasil.
Franchi, J. V. O., Pelloso, S. M., Ferrari, R. A. P., & Cardelli, A. A. M. (2019). A estrutura de maternidades como indicador de segurança materna. Ciência, Cuidado e Saúde, 18(4).
Dias, B. A. S., Santos-Neto, E. T. dos, Andrade, M. A. C., & Zandonade, E. (2019). Análise espacial dos óbitos infantis evitáveis no Espírito Santo, Brasil, 2006-2013. Epidemiologia e Serviços de Saúde, 28.
Dourado, I., Medina, M. G., & Aquino, R. (2016). The effect of the Family Health Strategy on usual source of care in Brazil: data from the 2013 National Health Survey (PNS 2013). International Journal for Equity in Health, 15(1), 1–10.
Esteves-pereira, A. P., Viellas, E. F., Maria, R., & Madeira, S. (2020). Assistência pré-natal na rede pública do Brasil. 1–12.
Ferrari, R. A. P., & Bertolozzi, M. R. (2012). Mortalidade pós-neonatal no território brasileiro: uma revisão da literatura. Revista Da Escola de Enfermagem Da USP, 46(5), 1207–1214. https://doi.org/10.1590/s0080-62342012000500024
Hug, L., Alexander, M., You, D., & Alkema, L. (2019). National, regional, and global levels and trends in neonatal mortality between 1990 and 2017, with scenario-based projections to 2030: a systematic analysis. The Lancet Global Health, 7(6), e710–e720. https://doi.org/10.1016/S2214-109X(19)30163-9
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatistica (2021). Cidades e Estados. 2022. Disponível em: https://www.ibge.gov.br/cidades-e-estados/ap.html.
Leal, M. do C., Bittencourt, S. D. de A., Torres, R. M. C., Niquini, R. P., & Souza, P. R. B. de. (2017). Determinants of infant mortality in the Jequitinhonha Valley and in the North and Northeast regions of Brazil. Revista de Saude Publica, 51.
Malta, D. C., França, E., Abreu, D. X. de, Oliveira, H. de, Monteiro, R. A., Sardinha, L. M. V., Duarte, E. C., & Silva, G. A. e. (2011). Atualização da lista de causas de mortes evitáveis (5 a 74 anos de idade) por intervenções do Sistema Único de Saúde do Brasil. Epidemiologia e Serviços de Saúde, 20(3), 409–412. https://doi.org/10.5123/s1679-49742011000300016
Ministerio da Saude (2021). Boletim epidemiologico: mortalidade infantil no Brasil. https://www.gov.br/saude/pt-br/centrais-de conteudo/publicacoes/boletins/epidemiologicos/edicoes/2021/boletim_epidemiologico_svs_37_v2.pdf
Neto, O. M., & Barros, M. (2000). Fatores de risco para mortalidade neonatal e pós-neonatal na Região Centro-Oeste do Brasil : linkage entre bancos de dados de nascidos vivos e óbitos infantis Risk factors for neonatal and post-neonatal mortality in the Central-West region of Brazil : lin. Caderno de Saúde Pública, 16(2), 477–485. https://doi.org/10.1590/S0102-311X2000000200018
Pal, R., Helena, L., Cazola, O., & Gon, D. (n.d.). Mortalidade infantil e classificação de sua evitabilidade por cor ou raça em Mato Grosso do Sul Child mortality and classification of its preventability by skin color or ethnicity in Mato Grosso do Sul , Brazil. 3315–3324. https://doi.org/10.1590/1413-81232018249.26622017
Pasklan, A. N. P., Queiroz, R. C. de S., Rocha, T. A. H., da Silva, N. C., Tonello, A. S., Vissoci, J. R. N., Tomasi, E., Thumé, E., Staton, C., & Thomaz, E. B. A. F. (2021). Spatial analysis of the quality of Primary Health Care services in reducing child mortality. Ciencia e Saude Coletiva, 26(12), 6247–6258. https://doi.org/10.1590/1413-812320212612.24732020
Ramalho, A. A., Andrade, A. M. de, Martins, F. A., & Koifman, R. J. (2018). Tendência da mortalidade infantil no município de Rio Branco, AC, 1999 a 2015. Revista de Saúde Pública, 52, 33. https://doi.org/10.11606/s1518-8787.2018052000280
Santos, A. M. A., Tejada, C. A. O., & Ewerling, F. (2012). Os Determinantes Socioeconômicos do estado de saúde das crianças do Brasil Rural. Revista de Economia e Sociologia Rural, 50(3), 473–492. https://doi.org/10.1590/S0103-20032012000300005
Santos, K. P. dos, Gonçalves, H. J. D. C. F., & Carvalho, M. T. C. da C. S. e S. (2019). Economia solidária no Estado do Amapá- Brasil: uma análise das estratégias de gestão e do mapeamento dos empreendimentos econômicos solidários. Revista Gestão Em Análise, 8(1), 11. https://doi.org/10.12662/2359-618xregea.v8i1.p11-26.2019
Santos, H. G., de Andrade, S. M., Silva, A. M. R., Mathias, T. A. de F., Ferrari, L. L., & Mesas, A. E. (2014). Mortes infantis evitáveis por intervenções do Sistema Único de Saúde: Comparação de duas coortes de nascimentos. Ciencia e Saude Coletiva, 19(3), 907–916. https://doi.org/10.1590/1413-81232014193.01182013
Silva, E. S. de A. da, & Paes, N. A. (2019). Programa Bolsa Família e a redução da mortalidade infantil nos municípios do semiárido brasileiro. Ciência & Saúde Coletiva, 24, 623–630.
Sleutjes, F. C. M., Parada, C. M. G. de L., Carvalhaes, M. A. de B. L., & Temer, M. J. (2018). Risk factors for neonatal death in an inland region in the State of São Paulo Brazil. Ciencia e Saude Coletiva, 23(8), 2713–2720. https://doi.org/10.1590/1413-81232018238.15142016
Szwarcwald, C. L., Almeida, W. D. S. De, Teixeira, R. A., França, E. B., De Miranda, M. J., & Malta, D. C. (2020). Inequalities in infant mortality in Brazil at subnational levels in Brazil, 1990 to 2015. Population Health Metrics, 18(Suppl 1), 1–9. https://doi.org/10.1186/s12963-020-00208-1
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Walcycleia Meireles Guedes; Débora Miranda de Carvalho Costa; Maribel Nazaré dos Santos Smith Neves ; Mateus Goes Quintela
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.
