Técnicas e complicações da mamoplastia de aumento: uma revisão de literatura
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v12i2.40027Palavras-chave:
Mamoplastia; Implante mamário; Cirurgia plástica.Resumo
De acordo com a Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética, o Brasil apresenta a maior taxa de realização de cirurgias plásticas no mundo. Seguindo o padrão mundial, a mamoplastia de aumento é um dos procedimentos estéticos mais realizados no Brasil, sendo considerado um dos procedimentos mais seguros e com maior taxa de eficiência. A presente revisão tem o objetivo analisar as técnicas e os riscos da mamoplastia de aumento. Para a elaboração do trabalho foi utilizado a metodologia revisão bibliográfica integrativa. Em relação à técnica cirúrgica, são utilizados dois métodos cirúrgicos para localização do implante, sendo o método subglandular e o submuscular, havendo três opções de métodos para incisão: via inframamária, periareolar e axilar para incisão. Além disso, a escolha do modelo da prótese é fundamental para atingir o objetivo estético e funcional desejado pela paciente. Atualmente, os implantes são divididos entre forma anatômica e forma redonda, sendo a redonda dividida em 3 subtipos: redonda com perfil alto, redonda com perfil super-alto e redonda com perfil baixo. Em todo procedimento cirúrgico há risco de complicação, sendo a síndrome ASIA, infecção e seroma as mais comuns na mamoplastia. A partir do presente estudo é possível observar que existem diversas técnicas para realização do implante de silicone e ao escolher, o cirurgião plástico deve levar os critérios técnicos comprovados na literatura médica e o desejo da paciente.
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