Fístulas enterocutâneas e enteroatmosféricas – terapêuticas e a enfermagem: revisão de literatura
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v12i2.40057Palavras-chave:
Fístulas; Fístulas intestinais; Fístulas enterocutâneas; Cuidados de enfermagem.Resumo
O presente estudo teve como objetivo analisar, por uma revisão de literatura, a condução terapêutica de enfermagem e dos outros profissionais de saúde às fístulas enterocutâneas e enteroatmosféricas, em especial as pós-anastomóticas. Para isso, realizou-se uma revisão de literatura, com buscas conduzidas no período de agosto a novembro de 2022, nas bases de dados eletrônicas BVS, PubMed e Scielo, nos idiomas: português, inglês e espanhol. Essa pesquisa baseou-se nos descritores encontrados no DeCS e MeSH, e considerando critérios de inclusão e exclusão determinados pelas autoras. Ao total foram encontrados 2015 artigos, sendo que: 727 da BVS, 1288 da PubMed e sem resultados encontrados na Scielo. Desses, 1275 foram excluídos por estarem duplicados e os outros 740 tiveram título e resumo lidos. No final da análise, 21 artigos foram selecionados, pois atendiam à pesquisa. Foi possível concluir que o cuidado a pessoas com fístulas enterocutâneas e enteroatmosféricas no âmbito clínico, tem uma abordagem multidisciplinar. É certo, portanto, que a enfermagem desempenha um importante papel nesse manejo e apesar da escassez de estudos que abordem especificamente sobre o tema, foi possível identificar os principais cuidados de enfermagem que devem ser considerados nesse manejo.
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