Bioestimulante Ascophyllum nodosum na cultura do milho
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v12i2.40072Palavras-chave:
Zea mays L; Ascophyllum nodosum; Extrato de algas.Resumo
Em busca de uma melhor produção agrícola, agricultores buscam novas tecnologias e dentre essas uma muito utilizada são os bioestimulantes, que são agroquímicos que podem promover diversos benefícios nas plantas cultivadas. Os bioestimulantes à base de extratos de algas da espécie Ascophyllum nodosum vem sendo amplamente comercializados, por apresentarem respostas relevantes na produção de diferentes culturas, principalmente quando estas estão sujeitas a cultivos em ambientes em condições de estresses. Estes produtos promovem aumento na absorção de nutrientes e água pelas plantas, além de influenciar na atividade hormonal. Objetivou-se avaliar os efeitos de diferentes doses do bioestimulante à base de extratos de algas da espécie Ascophyllum nodosum, aplicado via foliar, na cultura do milho. A pesquisa foi realizada entre março e julho de 2022, em Carmo do Rio Claro-MG, conduzida em Delineamento de Blocos Casualizados (DBC) com 5 tratamentos (doses de 0, 50, 100, 150 e 200 mL.ha-1 do bioestimulante) e 7 repetições, totalizando 35 unidades experimentais. Foram analisados os seguintes parâmetros: diâmetro de colmo, altura das plantas, comprimento de raiz, comprimento das folhas, largura das folhas, peso de mil grãos, produção em 200 m² e a produção em Kg.ha-1. A aplicação do bioestimulante à base de extratos de algas da espécie Ascophyllum nodosum (produto comercial Acadian) obteve resultados significativos no crescimento e desenvolvimento das plantas de milho, acarretando em incrementos significativos em produtividade de grãos, sobretudo quando aplicado na dose de 200 mL.ha-1.
Referências
Barcelos, G. S. (2016). Bioestimulantes na cultura do milho: impacto na nutrição e nos parâmetros biométricos. 27 f. Trabalho de Conclusão de Curso. Universidade Federal de Uberlândia.
Battacharyya, D., Babgohari, M. Z., Rathor, P., & Prithiviraj, B. (2015). Seaweed extracts as biostimulants in horticulture. Scientia Horticulturae. 196, 39-48. https://doi.org/10.1016/j.scienta.2015.09.012
Bontempo, A. F., Alves, F. M., Carneiro, G. D. O. P., Machado, L. G., Silva, L. O. D., & Aquino, L. A. (2016). Influência de bioestimulantes e nutrientes na emergência e no crescimento inicial de feijão, soja e milho. Revista Brasileira de Milho e Sorgo. 15 (1), 86-93. https://doi.org/10.18512/1980-6477/rbms.v15n1p86-93
Castro, P. R. C., & Vieira, E. L. (2021). Ação de biorreguladores na cultura do milho. In Fancelli, A. L. & Dourado Neto, D. (Eds.), Milho: Tecnologia e produtividade (pp. 99-115). Usp/Esalq/Lpv.
Dourado Neto, D., Dario, G. J. A., Barbieri, A. P. P., & Martin, T. N. (2014). Ação de bioestimulante no desempenho agronômico de milho e feijão. Bioscience Journal. 30 (1), 371-379.
El Boukhari, M. E. M., Barakate, M., Bouhia, Y., & Lyamlouli, K. (2020). Trends in Seaweed Extract Based Biostimulants. Manufacturing Process and Plants. 9 (3), 359. https://doi.org/10.3390/plants9030359
Ferreira, D. F. (2019). Sisvar: A computer analysis system to fixed effects split plot type designs. Revista brasileira de biometria. 37 (4), 529-535. https://doi.org/10.28951/rbb.v37i4.450
Frasca, L. L. M., Nascente, A. S., Lanna, A. C., Carvalho, M. C. S., & Costa, G. G. (2020). Bioestimulantes no crescimento vegetal e desempenho agronômico do feijão-comum de ciclo superprecoce. Agrarian. 13 (47), 27-41. https://doi.org/10.30612/agrarian.v13i47.8571
Galindo, F. S., Teixeira Filho, M. C. M., Buzetti, S., Alves, C. J., Garcia, C. M. P., & Nogueira, L. M. (2019). Extrato de algas como bioestimulante na produtividade do trigo irrigado na região do cerrado. Colloquium Agrariae. 15 (1) 130-140. https://doi.org/10.5747/ca.2019.v15.n1.a277
IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (2022). Brasil/ Minas Gerais/ Carmo do Rio Claro. https://cidades.ibge.gov.br/brasil/mg/carmo-do-rio-claro/panorama
Koppert (2022). Acadian. https://www.koppert.com.br/acadian/
Lana, A. M. Q., Lana, R. M., Gozuen, C. F., Bonotto, I., & Trevisan, L. R. (2009). Aplicação de reguladores de crescimento na cultura do feijoeiro. Bioscience Journal. 25 (1), 13-20.
Martins, D. C., Borges, I. D., Cruz, J. C., & Martins Netto, D. A. (2016). Produtividade de duas cultivares de milho submetidas ao tratamento de sementes com bioestimulantes fertilizantes líquidos e Azospirillum sp.. Revista Brasileira de Milho e Sorgo. 15 (2), 217-228. https://doi.org/10.18512/1980-6477/rbms.v15n2p217-228
Paradíkovic, N., Teklic, T., Zeljkovic, S., Lisjak, M., & Spoljarevic, M. (2019). Biostimulants research in some horticultural plant species – A review. Food and Energy Security. 8 (2), 1-17. https://doi.org/10.1002/fes3.162
Pedro, S. F., Franco Júnior, K. S., Ribeiro, V. M., & Brigante, G. P. (2022). Efeitos do fertilizante a base de extratos de algas marinhas no crescimento inicial do cafeeiro. Research, Society and Development. 11 (17), 1-10. https://doi.org/10.33448/rsd-v11i17.38844
Prada Neto, I., Ullmann, B., Pereira, L. R., Scudeler, F., Vital, M., Franco, G., & Iossi, M. F. (2010). Efeitos de bioestimulantes aplicados via semente na cultura do milho (Zea mays L.). In Congresso Nacional de Milho e Sorgo, 28 Anais... Goiânia – GO.
Prefeitura Municipal de Carmo do Rio Claro (2022). Carmo do Rio Claro. https://www.carmodorioclaro.mg.gov.br/
Sharma, H. S. S., Fleming, C., Selby, C., Rao, J. R., & Martin, T. (2014). Plant biostimulants: a review on the processing of macroalgae and use of extracts for crop management to reduce abiotic and biotic stresses. Journal of Applied Phycology. 26 (1), 465-490. https://doi.org/10.1007/s10811-013-0101-9
Shukla, P. S., Mantin, E. G., Adil, M., Bajpai, S., Critchley, A. T., & Prithiviraj, B. (2019). Ascophyllum nodosum-Based Biostimulants: Sustainable Applications in Agriculture for the Stimulation of Plant Growth, Stress Tolerance, and Disease Management. Frontiers in Plant Science. 10, 1-22. https://doi.org/10.3389/fpls.2019.00655
Taiz, L., Zeiger, E., Moller, I. M., & Murphy, A. (2017). Fisiologia e Desenvolvimento Vegetal. Artmed.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Luiz Paulo de Souza; Kleso Silva Franco Júnior; Vinícius Muniz Ribeiro; Giselle Prado Brigante
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.