Distribuição espacial e análise epidemiológica da Hanseníase nos 53 municípios da Rede Interestadual de Saúde do Vale do Médio São Francisco
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v12i2.40085Palavras-chave:
Hanseníase; Análise espacial; Monitoramento epidemiológico; Epidemiologia.Resumo
Objetivo: Analisar a distribuição espacial de indicadores da hanseníase nos 53 municípios da Rede Interestadual de Atenção à Saúde do Vale do Médio São Francisco (Rede PEBA), 2013-2017. Metodologia: Estudo ecológico com base em dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação - Sinan para o cálculo dos indicadores: taxa de detecção anual de casos novos de hanseníase na população geral, na população de zero a 14 anos e que apresentam grau 2 de incapacidade física no momento do diagnóstico, utilizou-se os índices de Moran global e local para análise de dependência espacial. Resultados: A incidência de hanseníase na população geral foi de 37,68/100 mil habitantes. Na população de zero a 14 anos foi de 9,89/100 mil habitantes. A taxa de casos de hanseníase com incapacidade física no diagnóstico foi de 19,56/1 milhão. Conclusão: Os resultados apontam áreas prioritárias de atuação, sugerem transmissão ativa e falha no diagnóstico precoce.
Referências
Azevedo, Y.P., Bispo, V.A.S., Oliveira, R.I., Gondim, B. B., dos Santos, S. D., da Natividade, M. S., & Nery, J. S. (2021). Perfil epidemiológico e distribuição espacial da hanseníase em Paulo Afonso, Bahia. Revista Baiana de Enfermagem, 35:e37805. http://dx.doi.org/10.18471/rbe.v35.37805
Bernardes Filho, F., Silva, C.M.L., Voltan, G., Leite, M.N., Rezende, A.L.R.A., de Paula, N.A., Barreto, J.G, Foss, N.T., Frade, M.A.C. (2021). Estratégias de busca ativa, determinantes clínico-imunobiológicos e treinamento para implementação de pesquisas confirmam a hanseníase endêmica oculta no interior de São Paulo, Brasil. PLoS Negl Trop Dis., 15(6): e0009495. https://doi.org/10.1371/journal.pntd.0009495.
Braga, A. S., da Silva, N. C. N., Machado, J. E. & Domingos Filho, M. (2010). Estudo de Dependência Espacial utilizando Análise de Dados de Área Aplicada na Mesorregião Metropolitana de Belo Horizonte por meio do Indicador Econômico PIB. In: 19º SINAPE, 26 a 30 de julho de 2010, São Pedro – São Paulo, Brasil. http://www2.ime.unicamp.br/sinape/sites/default/files/Resumo%20expandido%20SINAPE.pdf
Brasil. (2010). Educação – Censos 1991, 2000, 2010. Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde – DATASUS. https://datasus.saude.gov.br/.
Estrela, C. (2018). Metodologia Científica: Ciência, Ensino, Pesquisa. Editora Artes Médicas.
Fausto, C.A.S.F., Yarak, S., Ramos, R.R.D., Lopes, H.L. (2010) Análise clínica, epidemiológica e espacial de pacientes com hanseníase em Lagoa Grande/PE, por meio de tecnologias da geoinformação. III Simpósio brasileiro de ciências geodésicas e tecnologias da geoinformação. Recife, 27-30 p. 001-006. Disponível em: https://silo.tips/download/analise-clinica-epidemiologica-e-espacial-de-pacientes-com-hanseniase-em-lagoa-g.
Fausto, M.C.R., Campos, E.M.S., Almeida, P.F., Medina, M.G., Giovanella, L., Bousquat, A., Carneiro, A., Jerônimo, A.S., Aleluia, I.R.S., Borges, G.A. Mota, P.H.S. (2017). Itinerários terapêuticos de pacientes com acidente vascular encefálico: fragmentação do cuidado em uma rede regionalizada de saúde. Rev. Bras. Saúde Matern. Infant. 17(Supl 1): S73-S82. https://doi.org/10.1590/1806-9304201700s100004.
Feitosa, L.C. (2018). Política de Saúde e Política Nacional de Desenvolvimento Regional: o conflito político-institucional da região no Brasil. Presidente Prudente [Tese doutorado em Geografia]. Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Ciências e Tecnologia. Disponível em: https://repositorio.unesp.br/bitstream/handle/11449/154580/feitosa_lc_dr_prud.pdf?sequence=3&isAllowed=y
Fernandes, T.R.M.O., Pereira, A.A., Cardoso, L.S., Alves Filho, V.P., Rezende Júnior, L.S.N., Souza, C.D.F. (2020). The hidden prevalence of leprosy: a comparative study between two Brazilian cities. Revista da Associação Médica Brasileira. 66(10):1338-1343. https://doi.org/10.1590/1806-9282.66.10.1338
Freitas, L.R.S., Duarte, E.C., Garcia, L.P. (2017) Análise da situação epidemiológica da hanseníase em uma área endêmica no Brasil: distribuição espacial dos períodos 2001-2003 e 2010-2012. Rev. Bras. Epidemiol. 20(4): 702-713. https://doi.org/10.1590/1980-5497201700040012
IBGE. (2022). Cidades e Estados - Bahia. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). https://www.ibge.gov.br/cidades-e-estados/ba.html.
IBGE. (2022). Cidades e Estados - Pernambuco. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). https://www.ibge.gov.br/cidades-e-estados/pe.html.
Brasil. (2017). Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan). População residente - estudo de estimativas populacionais por município. Ministério da Saúde. http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/deftohtm.exe?popsvs/cnv/popbr.def
Brasil. (2018). Roteiro para uso do Sistema de Informação de Agravos de Notificação – Sinan NET para hanseníase. Manual para tabulação dos indicadores de hanseníase. Brasília: Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. http://portalsinan.saude.gov.br/images/documentos/Agravos/Hanseniase/Manual_tabulacao_dos_indicadores_de_hanseniase.pdf.
Ministério da Saúde (Brasil). (2010). Portaria nº 149, de 3 de fevereiro de 2016. Aprova as Diretrizes para Vigilância, Atenção e Eliminação da Hanseníase como Problema de Saúde Pública. Diário Oficial da União; Poder Executivo, Brasília, DF. Seção 1, p. 55-60
Monteiro, L.D., Martins-Melo, F.R., Brito, A.L., Alencar, C.H., Heukelbach, J. (2015) Padrões espaciais da hanseníase em um estado hiperendêmico no Norte do Brasil, 2001-2012. Rev Saúde Pública. 49(84):1-8. DOI:10.1590/S0034-8910.2015049005866
Monteiro, L.D., Mota, R.M.S., Martins-Melo, F.R., Alencar, C.H., Heukelbach, J. (2017) Determinantes sociais da hanseníase em um estado hiperendêmico da região Norte do Brasil. Rev Saúde Pública. 51:70. https://doi.org/10.1590/S1518-8787.2017051006655
Nery, J.S., Ramond, A., Pescarini, J.M., Alves, A., Strina, A., Ichihara, M.Y., Penna, M.L.F., Smeeth, L., Rodrigues, L.C., Barreto, M.L., Brickley, E.B., Penna, G.O. (2019) Socioeconomic determinants of leprosy new case detection in the 100 Million Brazilian Cohort: a population-based linkage study. Lancet Glob Health. 7: 1226–36. https://doi.org/10.1016/S2214-109X(19)30260-8
Penna, M.L.F., Gross, M.A.D.F., Rocha, M.C.N., Penna, G.O. (2010). Comportamento epidemiológico da hanseníase no Brasil. In: Secretaria de Vigilância em Saúde, Ministério da Saúde, organizador. Saúde Brasil 2009: uma análise da situação de saúde e da agenda nacional e internacional de prioridades em saúde. Brasília: Ministério da Saúde. p. 295-318. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/saude_brasil_2009.pdf
Pereira, M. A. T. (2012). Fruticultura, emprego e migração: o caso da região de Petrolina-PE e Juazeiro-BA [tese]. Campinas: Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Estadual de Campinas. http://www.secheresse.info/spip.php?article35097
Pereira, W. M. M., Braga, R. L., da Silva. E. R., dos Santos, J. N. G., Neto, B. F. V., Mota, J. V. F., Teixeira, R. G. S., Chaquiam, I. D., Pereira, E. M., Narvaes, I. S., Adami, M., & Garcez, L. M. (2021). Hanseníase e migração: correlação espacial em um Estado hiperendêmico da Amazônia brasileira. Research, Society and Development, 10(1). http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v10i1.11164
Ribeiro, M. A., Albuquerque, I. M. N., Vasconcelos, M. I. O., Dias, L. K. S., & Cavalcante, A. S. P. (2017). Geoprocessamento em saúde como tecnologia de análise e monitoramento da hanseníase no município de Sobral-Ceará. Rev. baiana saúde pública, 41(2): 451-465. https://doi.org/10.22278/2318-2660.2017.v41.n2.a2506
Santos, J. P. O., & El-Deir, S. G. (2019). Produção de gesso no Araripe pernambucano: impactos ambientais e perspectivas futuras. Revista AIDIS de Ingeniería y Ciencias Ambientales. Investigación, desarrollo y práctica, 12(3), 496-509. http://dx.doi.org/10.22201/iingen.0718378xe.2019.12.3.62953
Santos, M. D., Alves, C. A. M., Assunção, M. L. B., Cabral, N. L. A., & Espírito Santo, W. S. (2021). Medidas preventivas e orientação sobre Covid-19 para trabalhadores do Mercado do Produtor de Juazeiro (BA). Revista Semiárido De Visu, 9(1), 65-73. https://semiaridodevisu.ifsertao-pe.edu.br/index.php/rsdv/article/view/229/186
Santos, S. D. (2013) Hanseníase em menores de 15 anos em Salvador (Bahia) [dissertação]. Salvador: Instituto de Saúde Coletiva, Universidade Federal da Bahia. https://repositorio.ufba.br/handle/ri/16343
Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco (SES-PE) [homepage na internet]. Instrutivos Mapas de Saúde (2020). http://portal.saude.pe.gov.br/instrutivos-mapa-da-saude
Souza, C. D. F., Rocha, W. J. S. A. F., & Lima, R. S. (2014). Distribuição espacial da endemia hansênica em menores de 15 anos em Juazeiro-Bahia, entre 2003 e 2012. Hygeia, 10(19), 35 – 49. https://seer.ufu.br/index.php/hygeia/article/view/27120
Souza, C. D. F., Luna, C. F., & Magalhães, M. A. F. M. (2019). Transmissão da hanseníase na Bahia, 2001-2015: modelagem a partir de regressão por pontos de inflexão e estatística de varredura espacial*. Epidemiologia e Serviços de Saúde, 28(1). https://doi.org/10.5123/s1679-49742019000100015
Souza, C. D. F., & Matos, T.S. (2017). Análise de tendência dos indicadores de monitoramento e avaliação da qualidade dos serviços de hanseníase em município prioritário do Nordeste brasileiro. Revista Brasileira de Pesquisa em Saúde, 19(4), 75-83. https://periodicos.ufes.br/index.php/rbps/article/view/19806
Souza, C. D. F., Medronho, R. A., Santos, F. G. B., Magalhães, M. A. F. M., & Luna, C. F. (2020). Modelagem espacial da hanseníase no estado da Bahia, Brasil, (2001-2015) e determinantes sociais da saúde. Ciência & Saúde Coletiva, 25(8), 2915-2926. http://dx.doi.org/10.1590/1413-81232020258.21522018
Souza, C. D. F., Santos, S. G. B., Marques, C. S., Leal, T. C., Paiva, J. P. S., & Araújo, E. M. C. F. (2018a). Estudo espacial da hanseníase na Bahia, 2001-2012: abordagem a partir do modelo bayesiano empírico local. Epidemiol. Serv. Saude, 27(4). http://dx.doi.org/10.5123/S1679-49742018000400013
Souza, C. D. F. (2018). Hanseníase e determinantes sociais da saúde: Uma abordagem a partir de métodos quantitativos-Bahia, 2001-2015. Tese [Doutorado em Saúde Pública] - Fundação Oswaldo Cruz. https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/27525
Souza, E. A., Ferreira, A. F., Boigny, R. N., Alencar, C. H., Heukelbach, J., Martins-Melo, F. R., Barbosa, J. C., & Ramos Jr, A. N. (2018b). Hanseníase e gênero no Brasil: tendências em área endêmica da região Nordeste, 2001–2014. Revista de Saúde Pública, 52(20), 1-12. https://doi.org/10.11606/S1518-8787.2018052000335
Souza, E.A., Ferreira, A.F., Pinto, M. S. A. P., Heukelbach, J., Oliveira, H. X., Barbosa, J, C., & Ramos Jr, A. N. (2019). Desempenho da vigilância de contatos de casos de hanseníase: uma análise espaço-temporal no Estado da Bahia, Região Nordeste do Brasil. Cadernos de Saúde Pública, 35(9). http://dx.doi.org/ 10.1590/0102-311X00209518
Tavares, A. P. N., Marques, R.C., & Lana, F. C. F. (2015). Ocupação do espaço e sua relação com a progressão da hanseníase no Nordeste de Minas Gerais-século XIX. Saúde Soc. São Paulo, 24(2), 691-702. http://dx.doi.org/10.1590/S0104-12902015000200023
Viana, A. L. D., & Pereira, A. P. C. M. (2017). Região e Redes Caminho da universalização da saúde no Brasil, Petrolina e Juazeiro. Dossiê completo.[relatório online] Relatório Regional Pesquisa Política, Planejamento e Gestão das Regiões e Redes de Atenção à Saúde no Brasil. Nescon/UFMG https://www.resbr.net.br/wp-content/uploads/2017/06/dossie_petrolina_juazeiro_dossie_completo.pdf
Vilarim, M. A. (2015). A região de Petrolina – PE e Juazeiro – BA: notas sobre as transformações locais, os sujeitos do campo e a migração. In: Anais do XI Encontro Nacional da Anpege. Presidente Prudente, 1124-1126.
World Health Organization (WHO). Regional Office for South-East Asia. (2020). Estratégia Global de Hanseníase 2021–2030 – “Rumo à zero hanseníase”. World Health Organization. Regional Office for South-East Asia. https://apps.who.int/iris/handle/10665/341501.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Amanda Teixeira de Medeiros Gomes; Bruna Vanessa Miranda Lima; Mariana de Souza Novaes Barros; Tânia Rita Moreno de Oliveira Fernandes; Carlos Dornels Freire de Souza; Rodrigo Feliciano do Carmo
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.
