Grupo coliforme fecal como indicador de balneabilidade em praia de água doce no rio Negro, Amazonas

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v9i7.4015

Palavras-chave:

Conama; Qualidade da água; Manaus; Praia do Tupé.

Resumo

O objetivo do estudo foi avaliar a qualidade da água da praia do Tupé e classificá-la conforme os padrões e critérios determinados pela Resolução do Conselho Nacional de Meio Ambiente nº 274/2000 e 357/2005. Foram realizadas coletas de água durante cinco semanas consecutivas em dois períodos sazonais (cheia e seca), utilizando a técnica dos tubos múltiplos e equipamentos portáteis. O ponto um na praia do Tupé foi classificada como imprópria no período seco e os demais pontos foram classificados em próprios para os dois períodos. No geral os parâmetros físicos e químicos estiveram dentro dos padrões estabelecidos pela resolução ambiental vigente. Vale ressaltar as características regionais da região de estudo, como a acidez das águas do rio Negro. Não houve diferença significativa entre pontos na praia do Tupé, com valor de p=0,6198.

Biografia do Autor

Adriano Nobre Arcos, Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Conservação, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul - UFMS

Doutorando em Ecologia e Conservação pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Mestre em Biotecnologia e Recursos Naturais pela Universidade do Estado do Amazonas e Graduado em Ciências Biológicas pelo Centro Universitário do Norte. Possui experiência nas áreas de Microbiologia Ambiental, Limnologia, Entomologia Médica, com participação em projetos sobre Hidrogeoquímica do rio negro e solimões, Biotecnologia voltados para Malária e Dengue e Coexistência, atuando principalmente nos seguintes temas: qualidade de água, caracterização ambiental, malária, mosquitos e conservação.

Jonismar Souza da Silva, Programa de Pós-Graduação em Biologia de Água Doce e Pesca Interior, Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia – INPA

Aluno de doutorado em Biologia de Água Doce e Pesca Interior, no Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), mestre em Agricultura no Trópico Úmido pelo mesmo Instituto, Bacharel em Ciências Biológicas pela Centro Universitário do Norte (Uninorte) e Licenciado em Ciências Biológicas pelo Instituto Federal do Amazonas (IFAM). Atualmente trabalha com pesquisas relacionadas com ecologia de ecossistemas Amazônicos.

Hillândia Brandão da Cunha, Laboratório de Química Ambiental, Coordenação de Dinâmica Ambiental, Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia – INPA

Hillandia Brandao da Cunha concluiu o doutorado em Ciências (Energia Nuclear na Agricultura) [Cena] pela Universidade de São Paulo em 1996. Atualmente é Pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia. Publicou 4 artigos em periódicos especializados e 26 trabalhos em anais de eventos. Possui 2 capítulos de livros publicados. Possui 3 itens de produção técnica. Participou de 1 evento no exterior e 18 no Brasil. Orientou 10 trabalhos de iniciação científica e 5 trabalhos de conclusão de curso nas áreas de Geociências e Química. Recebeu 6 prêmios e/ou homenagens. Atualmente coordena 3 projetos de pesquisa. Atua na área de Ecologia, com ênfase em Ecologia de Ecossistemas. Em suas atividades profissionais interagiu com 40 colaboradores em co-autorias de trabalhos científicos. Em seu currículo Lattes os termos mais freqüentes na contextualização da produção científica, tecnológica e artístico-cultural são: Água Superficial, Qualidade de Água, Água, Amazonia Central, Bacia Hidrografica, Bacia Hidrográfica, Composicao Isotopica, Hidroquímica, Quimica Ambiental e Rio Negro. Especialista balanço de massas em recursos hídricos, foi coordenadora no Brasil do projeto 'Avaliação do Ciclo Hidrológico da Região Metropolitana de Manaus Um estudo da origem da precipitação atmosférica sobre a Região de Manaus'. (Convênio com as Universidades de Michigan e Virgínia). É responsável pelas pesquisas do MCT Beija Rio no estado do Amazonas, rede de monitoramento contínuo dos rios da Amazônia, que entre outros fatores avalia o papel dos rios na emissão do carbono. Atualmente é gestora do Programa LBA Experimento de Grande Escala da Biosfera Atmosfera na Amazônia (PO. INPA 290/2010), o qual recebe financiamento de agências brasileiras de fomento, da NASA e da Comissão Europeia e envolve pesquisadores de várias partes do mundo.

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Publicado

10/05/2020

Como Citar

ARCOS, A. N.; SILVA, J. S. da; CUNHA, H. B. da. Grupo coliforme fecal como indicador de balneabilidade em praia de água doce no rio Negro, Amazonas. Research, Society and Development, [S. l.], v. 9, n. 7, p. e238974015, 2020. DOI: 10.33448/rsd-v9i7.4015. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/4015. Acesso em: 23 nov. 2024.

Edição

Seção

Ciências Agrárias e Biológicas