Análise da redução de área superficial do lago Dom Helvécio, Minas Gerais, Brasil e sua relação com a tendência pluviométrica na região
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i7.4016Palavras-chave:
SIG; Mann-Kendall; Mudanças climáticas; Geografia.Resumo
Os impactos associados às mudanças climáticas serão sentidos em todo o mundo e, provavelmente, terão implicações profundas para a população humana. Civilizações tiveram sua sustentabilidade impactada devido a períodos anômalos do clima e alterações do uso do solo. Atualmente, previsões do tempo e previsões climáticas sazonais tem se tornado cada vez mais precisas, graças aos avanços no sensoriamento remoto, incluindo satélites, melhorias em ciências, e incrementos na capacidade computacional. Este estudo objetivou realizar análise espaço-temporal da área superficial do lago Dom Helvécio, localizado no município de Marliéria, no estado de Minas Gerais, Brasil, utilizando dados das imagens dos satélites associadas às técnicas de geoprocessamento. Para possibilitar inferências sobre a influência dos regimes de chuva, também, se fez uso do teste de Mann-Kendall para avaliar tendências de precipitação da região. Como resultado da análise em SIG, identificou-se uma redução na área de cerca de 38 hectares ao longo desses 14 anos. O resultado pelo método de Mann-Kendall indica tendência a diminuição da precipitação significativa em 87%, uma vez que o valor-p é menor que 0,1282. Dada a importância do tema, o estudo demonstra que as mudanças climáticas podem ser consideradas na gestão de bacias e na criação de políticas públicas, uma vez que a população deverá se adaptar aos seus efeitos.
Referências
Agência Nacional de Águas (2016). Mudanças Climáticas e Recursos Hídricos: avaliações e diretrizes para adaptação / Agência Nacional de Águas. – Brasília: ANA, GGES. Recuperado em 3 maior 2020, de https://www.ana.gov.br/todos-os-documentos-do-portal/documentos-soe/mudancas-climaticas/mudanca-climatica-e-recursos-hidricos-2013-avaliacoes-e-diretrizes-para-adaptacao/mudancas-climaticas-e-recursos-hidricos-ana-2016.pdf
Agência Nacional de Águas. Portal HidroWeb. Recuperado em 05 maio 2020, de http://www.snirh.gov.br/hidroweb/apresentacao.
Brasil (2020). MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE. LEI Nº 11.428. Recuperado em 10 de abril de 2020, de http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2006/ lei/l11428.htm
Fundação Centro Tecnológico de Minas Gerais (1978). Levantamento pedológico do Parque Estadual do Rio Doce. Belo Horizonte, MG. 68p.
Gil, AC. (2008). Método e técnicas de pesquisa social. 6ª Ed. São Paulo: Atlas, 2008.
Gilhuis, JP. (1986). Vegetation survey of the Parque Florestal Estadual do Rio Doce, MG, Brasil. Dissertação de Mestrado. Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, MG, Brasil.
Intergovernmental Panel on Climate Change. (2019). Climate Change and Land Report. Recuperado em 19 de abril de 2020, de https://www.ipcc.ch/site/assets/uploads/2019/08/4.-SPM_Approved_Microsite_FINAL.pdf
Instituto Estadual de Florestas [Internet]. Notícia: 2 mil pessoas celebram 71 anos do Parque Estadual do Rio Doce. 2015. Recuperado em 5 maio 2020, de http://www.ief.mg.gov.br/noticias/1/1961-2-mil-pessoas-celebram-71-anos-do-parque-estadual-do-rio-doce.
Instituto Estadual de Florestas [Internet]. Parque Estadual do Rio Doce. Recuperado em 3 maio 2020, de http://www.ief.mg.gov.br/component/content/195?task=view
Instituto Nacional de Meteorologia. Dia Meteorólogico Mundial. Recuperado em 4 maio 2020, de http://www.inmet.gov.br/portal/index.php?r=noticia/visualizarNoticia&id=73.
Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais. Catálogo de Imagens. Recuperado em 4 maio 2020, de http://www.dgi.inpe.br/CDSR/.
Kendall, M. (1975). Rank Correlation Methods. Charles Griffin, London.
Kundzewicz, ZW, Graczyk, D, Maurer, T, Pinskwar, I, Radziejewski, M, Svensson, C, Szwed, M. (2005). Trend detection in river flow series: 1. Annual maximum flow. Hydrol. Sci. J. 50, 797–810.
Lopes, WP, Silva, AF, Souza, AL & Meira Neto, JAA. (2002). Estrutura fitossociológica de um trecho de vegetação arbórea no Parque Estadual do Rio Doce - Minas Gerais, Brasil. Acta Botanica Brasilica 16:443-456.
Mann, H. (1945). Non-parametric tests against trend. Econometrica 13, 245–259.
Neto, JFB & Coelho, RMP. (2008). Morphometric study of Lake Dom Helvécio, Parque Estadual do Rio Doce (PERD), Minas Gerais, Brazil: a re-evaluation. Acta Limnologica Brasiliensia, 20(2): 161-167.
Nobre, C, Young, AF, Saldiva, PHN, Marengo, JÁ, Nobre, AD, Ogura, AT, Thomaz, O, Obregon, G, Moreira Da Silva, GC, Valverde, M, Silveira, AC & Rodrigues, GO. (2011). Vulnerability of Brazilian Megacities to Climate Change: the São Paulo Metropolitan Region (RMSP). Climate Change in Brazil: economic, social and regulatory aspects. Brasilia: IPEA, p. 197-219.
Onoz, B & Bayazit, M. (2003). The Power of Statistical Tests for Trend Detection. Turkish Journal of Engineering and Environmental Sciences, 27, 247-251.
Pereira, AS et al. (2018). Metodologia da pesquisa científica. [e-book]. Santa Maria. Ed. UAB/NTE/UFSM. Acesso em: 6 maio 2020. Disponível em: https://repositorio.ufsm.br/bitstream/handle/1/15824/Lic_Computacao_Metodologia-Pesquisa-Cientifica.pdf?sequence=1.
Pereira, ERR. (2014). Índices Pluviométricos na Análise da Intensidade e Variabilidade Regional das Chuvas no Nordeste do Brasil. Tese de Doutorado. UFCG. Campina Grande, SP, Brasil.
Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos. (2017). Infraestrutura de Dados Espaciais. Recuperado em 05 de abril, 2020, de http://idesisema.meioambiente.mg.gov.br/
Souza, CJO. (1995). Interpretação morfotectônica da Bacia do Rio Doce. Dissertação de Mestrado. UFMG, MG, Brasil.
Teixeira, W, Toledo, MCM, Fairchildo & TR, Taioli, F. (2008). Decifrando a Terra. 2.ed. São Paulo: Oficina de Textos. v. único. 558 p.
Veloso, HP, Rangel Filho, ALR, Lima, JCA. (1991). Classificação da Vegetação Brasileira, adaptada a um sistema universal. IBGE, RJ, Brasil.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.