Qualidade fisiológica durante o armazenamento de sementes de algodão repassadas na mesa densimétrica
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i7.4025Palavras-chave:
Gossypium hirsutum L.r.; Germinação; Condutividade elétrica; Massa específica aparente.Resumo
Objetivou-se com o presente trabalho avaliar a qualidade fisiológica durante o armazenamento das sementes de algodão coletadas em diferentes posições da mesa densimétrica após o seu beneficiamento. Foram utilizadas sementes de algodão (Gossypium hirsutum L. r.) cultivar BRS 269 - Buriti, com teor de água inicial 9,98±0,48% base úmida (b.u.). Inicialmente, as sementes foram beneficiadas e em seguida foram repassadas na mesa densimétrica para separação. Posteriormente, as sementes foram armazenadas em ambiente natural. Os tratamentos foram os pontos de coleta localizados na saída da mesa densimétrica: controle (sementes beneficiadas sem repasse na mesa densimétrica); 0 a 16 cm (A); 16 a 32 cm (B); 32 a 48 cm (C); 48 a 64 cm (D); 64 a 80 cm (E) e 80 a 96 cm (F) e o tempo de armazenamento (0, 60, 120 e 180 dias). Foram avaliados ao longo do armazenamento o teor de água, massa específica aparente, germinação, índice de velocidade de germinação (IVG), germinação a baixa temperatura e condutividade elétrica. O teor de água e a massa específica aparente apresentaram variações durante o armazenamento. A germinação em baixa temperatura reduziu enquanto a condutividade elétrica aumentou para todos os tratamentos indicando uma perda de qualidade ao longo do armazenamento, sendo estes comportamentos foram de menor intensidade para o tratamento A e de maior intensidade para o tratamento F. O descarte das sementes da parte mais baixa (Tratamento F) da mesa densimétrica durante o repasse contribui para a melhoria da qualidade fisiológica dos lotes de sementes de algodão.
Referências
Afonso Jr., PC., Corrêa, PC. & Queiroz, DM. (2000). Modelamento da perda de qualidade de sementes de soja, em função das condições iniciais e da atmosfera no armazenamento. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental, 4(3): 403-408.
Alencar, ER., Faroni, LRD., Lacerda Filho, AF., Ferreira, LG. & Meneghitti, MR. (2008). Qualidade dos grãos de soja em função das condições de armazenamento. Engenharia na Agricultura, 16(2): 155-166.
AOSA (1983) – Association of Official Seed Analysis. Seed vigor testing handbook. East Lasing. 88p. (Handbook on seed testing. Contribution, 32).
Brasil. (2005). Instrução Normativa nº 25, de 16 de dezembro de 2005. Ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento - MAPA. Disponível em https://www.normasbrasil.com.br/norma/instrucao-normativa-25-2005_75583.html. Acesso em: 08 maio. 2020.
Brasil. (2009). Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Secretaria de Defesa Agropecuária. Regras para Análise de Sementes. Brasília: MAPA/ACS. p. 399.
Brunetta, E., Brunetta, PSF. & Freire, EC. (2007). Produção de sementes de Algodão. In: Freire, E.C. (Ed.). Algodão no Cerrado do Brasil. Brasília: Abrapa. cap 9, p. 319-343.
Canedo Rivera, AA., Von Pinho, RG., Guimarães, RM., Veiga, AD., Pereira, GS. & Von Pinho, IV. (2011). Efeito do ácido giberélico na qualidade fisiológica de sementes redondas de milho doce, sob diferentes condições de armazenamento. Revista Brasileira de Milho e Sorgo, 10(3): 247-256.
Carvalho, NM. & Nakagawa, J. (200). Sementes: ciência, tecnologia e produção. 4.ed. Jaboticabal: FUNEP. 588p.
Costa, LM., Resende, O., Gonçalves, DN. & Sousa, KA. (2012). Qualidade dos frutos de crambe durante o armazenamento. Revista Brasileira de Sementes, 34(2): 239-301.
Gadotti, GI., Corrêa, CL., Lucca Filho, OA. & Villela, FA. (2006). Qualidade de sementes de couve brócolis beneficiadas em mesa densimétrica. Revista Brasileira de Sementes, 28(2): 123-127.
Gadotti, GI., Villela, FA. & Baudet, L. (2011). Influência da mesa densimétrica na qualidade de sementes de cultivares de tabaco. Revista Brasileira de Sementes, 33(2): 372-378.
Giomo, GS., Nakagawa, J. & Gallo, PB. (2008). Beneficiamento de sementes de café e efeitos na qualidade fisiológica. Bragantia, 67(4): 1011-1020.
Lauxen, LR., Villela, FA. & Soares, RC. (2010). Desempenho fisiológico de sementes de algodoeiro tratadas com tiametoxam. Revista Brasileira de Sementes, 32(3): 61-68.
Maguire, JD. (1962). Speed of germination and in selection and evaluation for seedling emergence and vigor. Crop Science, 2(2): 176-177.
Mottabicca, F., Baudet, L. & Zimmer, GJ. (2010). Separação de sementes manchadas de lotes de sementes de arroz, utilizando a mesa de gravidade e sua influência na qualidade sanitária. Revista Brasileira de Sementes, 20(1): 61-68.
Queiroga, VP., Castro, LBQC., Gomes, JP., Jerônimo, JF. & Pedroza, JP. (2009). Qualidade de sementes de algodão armazenadas em função de diferentes cultivares e teores de água. Revista Caatinga, 22(4): 136-144.
Rubim, RF., Freitas, SP., Vieira, HD. & Gravina, GA. (2013). Physiological quality of fennel (Foeniculum vulgare Miller) seeds stored in different containers and environmental conditions. Journal of Seed Science, 35(3): 331-339.
Silva, FS., Porto, AG., Pascuali, LC. & Silva, FTC. (2010). Viabilidade do armazenamento de sementes em diferentes embalagens para pequenas propriedades rurais. Revista de Ciências Agro-Ambientais, 8(1): 45- 56.
Silva, JB. & Viera, RD. (2006). Avaliação do potencial fisiológica de sementes de beterraba. Revista Brasileira de Sementes, 28(2): 128-134.
Smaniotto, TAS., Resende, O., Marçal, KAF., Oliveira, D. E. C. & Simon, G. A. (2014). Qualidade fisiológica das sementes de soja armazenadas em diferentes condições. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental, 18(4): 446-453.
Vieira, RD. & Krzyzanowski, FC. (1999). Vigor de sementes: conceitos e testes. Londrina, PR: ABRATES. Cap. 4, p.1-26.
Zanqueta, R., Furlani Junior, E., Pantano, AC. & Souza, RAR. (2004). Modos de aplicação de regulador de crescimento com diferentes densidades de plantas em cultivares de algodão herbáceo (Gossypium hirsutum L. var. latifolium Hutch.). Acta Scientiarum. Agronomy, 26(1): 97-105.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.