Mortalidade por Acidente Vascular Cerebral no Nordeste do Brasil, de 2008-2018

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v12i3.40301

Palavras-chave:

Epidemiologia; Mortalidade; Acidente Vascular Cerebral; Ensino.

Resumo

O acidente vascular cerebral - AVC é a segunda maior causa de morte no mundo e a taxa de mortalidade no Brasil está entre as maiores da América Latina e, embora essa taxa de mortalidade apresente um decréscimo nos últimos anos, o Nordeste ainda apresenta taxas elevadas. O objetivo deste trabalho foi estudar a mortalidade por acidente vascular cerebral na região Nordeste do Brasil entre os anos 2008 a 2018. Para tanto, realizou-se um estudo epidemiológico, transversal, descritivo, quantitativo, de série temporal, com dados secundários obtidos no banco de dados do Ministério da Saúde - DATASUS, onde foram incluídos na pesquisa os códigos CID I60 a I69, importados do TABNET-DATASUS para o programa Excel, e posteriormente exportados ao programa Bioestat 5.3 para análise estatística. Os dados demonstraram que o AVC foi responsável por 308.793 óbitos no Nordeste no período estudado, sendo o CID 10 – I64, I69, I67 e I61 foram os mais notificados. O ano com maior número de óbitos foi 2015 com um pico de 29.005 casos. Predomínio de óbitos no sexo masculino com 50,07% e na faixa etária de 80 anos ou mais, sendo os pardos e casados os indivíduos mais notificados com 57,0% e 35,0% dos casos, respectivamente e indivíduos com 12 anos ou mais de estudos, os menos afetados. Diante disto, compreende-se a relevância de estudos sobre esta doença, e a importância da instituição de medidas preventivas, para evitar sequelas e reduzir número de óbitos, que vitimizam inúmeros pacientes acometidos pelo AVC.

Referências

André, C., et al. (2006). Progressive decline in stroke mortality in Brazil from 1980 to 1982, 1990 to 1992, and 2000 to 2002. Stroke, 37(11), 2784-9.

Bonita, R., & Beaglehole, R. In: Wishnant J. P. (1996) Stroke: populations, cohorts and clinical trial. Oxford: ButherworthHeinemann, England, p. 59-78.

Bonita, R. et al. (1994). Stroke incidence and case fatality in Australasia. A comparison of the Auckland and Perth population-based stroke registers. Stroke, 25, (3), 552-7.

Brasil. Ministério da Saúde (2012). Linha de cuidados em acidente vascular cerebral (AVC) na rede de atenção às urgências e emergências. Brasília: Ministério da Saúde.

Brasil. Ministério da Saúde (2013). Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Diretrizes de atenção à reabilitação da pessoa com acidente vascular cerebral / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Brasília: Ministério da Saúde.

Brasil. Ministério da Saúde (2020). Informações de saúde (Tabnet): estatísticas vitais: mortalidade geral [Internet]. Brasília, DF.

Cabral, N. L. (2009). Epidemiologia e impacto da doença cerebrovascular no Brasil e no mundo. ComCiência, n. 109.

Cabral, N. L. (2008). Avaliação da incidência, mortalidade e letalidade por doenças cerebrovascular em Joinville, Brasil: comparação entre o ano de 1995 e o período de 2005-6. (Projeto JOINVASC). [tese de doutorado]. São Paulo: Universidade de São Paulo.

Cavalcante, T. F. et al. (2010). Factores demográficos e indicadores de riesgo de accidente vascular encefálico: comparación entre residentes del municipio de Fortaleza con el perfil nacional. Revista Latino-Americana de Enfermagem,18(4), 703-8.

Copstein, L., Fernandes, J. G., & Bastos, G. A. N. (2013). Prevalence and risk factors for stroke in a population of Southern Brazil. Arquivos de neuro-psiquiatria,71(5), 294-300.

Curioni, C. et al. (2009). The decline in mortality from circulatory diseases in Brazil. Revista panamericana de salud pública, 25, 9-15.

De Araújo, A. P. S. et al. (2008). Prevalência dos fatores de risco em pacientes com Acidente Vascular Encefálico atendidos no setor de neurologia da clínica de fisioterapia da Unipar-campus sede. Arquivos de Ciências da Saúde da UNIPAR, 12(1).

De Carvalho, J. J. F., Alves, M. B., Viana, G. A. A., Machado, C. B., Santos, B. F. C., Kanamura, A. H., et al. (2011). Stroke Epidemiology, Patterns of Management, and Outcomes in Fortaleza, Brazil - A Hospital-Based Multicenter Prospective Study. Stroke, 42, p.3341-6.

De Faria C. G. et al. (2014). Comparação entre a morbidade e mortalidade por doenças cerebrovasculares no Piauí. Universidade Estadual Do Piauí, Teresina, PI, Brasil. 2013. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE DOENÇAS CEREBROVASCULARES. Anais de epidemiologia. Fortaleza, CE., BRASIL.

De Souza, M. de F. M. et al. (2012). Cardiovascular disease mortality in the Americas: current trends and disparities. Heart, 98(16), 1207-12, 2012.

Durward B et al. (2000). Acidente Vascular Cerebral. In: Stokes. M. Neurologia para Fisioterapeutas. São Paulo: Premier, 83-99.

Feigin, V. L. et al. (2014). Global and regional burden of stroke during 1990–2010: findings from the Global Burden of Disease Study 2010. The Lancet, 383 (9913), 245-55.

Gagliardi, R. J. Acidente Vascular Cerebral ou Acidente Vascular Encefálico? Revista Neurociências,18(2),131-2.

Goulart A. C. E (2016). Study: a Brazilian community-based cohort study of stroke mortality and morbidity. Sao Paulo Med J, 134(6), 543-54.

Greenberg D. A., Aminoff M. S., & Simon R. P. (1996). Neurologia clínica, (2a ed.), Artes Médicas.p.273-306.

Johnston S. C., Mendis S., & Mathers C. D. (2009). Global variation in stroke burden and mortality: estimates from monitoring, surveillance, and modeling. Lancet Neurol, 8(4):345-54.

Lessa, Í. et al. (2006). Hipertensão arterial na população adulta de Salvador (BA)-Brasil. Arq. Bras. Cardiol. [online], 87(6), 747-756.

Lima, T. L. (2017). Prevenção secundária e qualidade de vida em pacientes acometidos por acidente vascular cerebral em uma região do nordeste brasileiro, Dissertação de Mestrado, Ceará.

Lotufo, P. A., & Bensenor, I. J. M. (2013). Raça e mortalidade cerebrovascular no Brasil. Rev. Saúde Pública. São Paulo, 47(6).

Lotufo, P. A. (2005). Stroke in Brazil: a neglected disease. São Paulo Medical Journal, 123(1),3-4.

Marques, F. M. (2012). Independência funcional do paciente pós AVC (Dissertação de mestrado). Recuperado de http://hdl.handle.net/10400.19/1619

Medrano A. M. J, Boix M. R., Cerrato C. E., & Ramírez Santa-Pau M. (2006). Incidencia y prevalencia de cardiopatia isquêmica y enfermedad cerebrovascular en Espana: revisión sistemática de la literatura. Rev Esp Salud Pública. 80(1), 5- 15.

Merchán-Hamann, E., & Tauil, P. L. (2021). Proposta de classificação dos diferentes tipos de estudos epidemiológicos descritivos. Epidemiologia e Serviços de Saúde, 30, e2018126.

PNUD – Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento. 2013. Disponível em: <http://www.atlasbrasil.org.br/2013/>. Acesso em: agosto de 2020.

Ribeiro, A. L. P. et al. (2016). Cardiovascular health in Brazil: trends and perspectives. Circulation,133(4), 422-433.

Thom T., Haase N., Rosamond W., et al. (2006). Heart disease and stroke statistics--2006 update: a report from the American Heart Association Statistics Committee and Stroke Statistics Subcommittee [published correction appears in Circulation. 11(113):e696.

Valente, F. C. S. et al. (2010). Pesquisas e ensinos: considerações e reflexões. Revista do Curso de Letras da UNIABEL. Nilópolis, I(2).

Wang, H. et al. (2016). Global, regional, and national life expectancy, all-cause mortality, and cause-specific mortality for 249 causes of death, 1980–2015: a systematic analysis for the Global Burden of Disease Study 2015. The lancet, 388(10053), 1459-1544.

World Health Organization. (WHO). (2013). Health statistics and information systems – Projections of mortality and causes of death, 2015 and 2030. [Internet]. Geneva.

World Health Organization. (WHO). (2014). The top 10 causes of death. [Internet] Geneva.

Downloads

Publicado

14/03/2023

Como Citar

ALMEIDA, G. T. .; CARVALHO, B. M. M. de .; NUNES, J. D. C. .; ROSA, O. M. dos S.; PIRES, J. A. P. .; SOUZA, A. C. L. de .; RIBEIRO, M. H. A. .; ALMEIDA, V. R. C. .; MONTEIRO, F. J. A. .; MARQUES, C. P. C. Mortalidade por Acidente Vascular Cerebral no Nordeste do Brasil, de 2008-2018. Research, Society and Development, [S. l.], v. 12, n. 3, p. e22912340301, 2023. DOI: 10.33448/rsd-v12i3.40301. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/40301. Acesso em: 17 jul. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde