Análise da mortalidade hospitalar por insuficiência cardíaca no Estado de Sergipe
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v12i3.40370Palavras-chave:
Insuficiência Cardíaca; Cuidado Intensivo; Morbidade; Mortalidade.Resumo
Este trabalho buscou descrever a taxa de mortalidade hospitalar por insuficiência cardíaca (IC) no estado de Sergipe, de 2010 a 2019. Trata-se de estudo descritivo, de cunho epidemiológico, retrospectivo, com coleta de dados secundários realizada no DATASUS. A mortalidade hospitalar por IC foi avaliada quanto à faixa etária e sexo. Utilizou-se estatística descritiva através de médias, frequência absoluta, frequência relativa e taxa de mortalidade. Observou-se um padrão de redução na taxa de mortalidade ao longo dos anos, em 2010 os valores eram próximos de 9,15 e reduziram para 7,46, totalizando uma redução de 18,46%. Ainda que a população sergipana tenha aumentado 9,96%, ocorreu uma diminuição no número de internação avaliada em 30,54% e, consequentemente, uma queda no número de óbitos com 10,30%. Ao comparar essas taxas, de acordo com o sexo, ressalta-se que valores superiores de mortalidade por ano ocorrem com mais frequência na população masculina do que na feminina, com média de 7,98 e 7,42 respectivamente. Em proporções semelhantes houve aumento na população masculina de 9,03% e de feminina 10,85%, no entanto, a redução na mortalidade feminina foi de 29,32% e 5,20% na masculina. Observou-se relativos aumentos nos índices de mortalidade nas faixas etárias a partir de 60 anos, com padrão maior de mortes ao avançar da idade. Sendo a Insuficiência Cardíaca é uma enfermidade de alta morbimortalidade, com este estudo, sugere-se uma tendência de diminuição na taxa de mortalidade hospitalar por IC em Sergipe.
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