Relato de caso: Atrofia cerebelar associada à intoxicação por Fenitoína em um munícipio da região amazônica
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v12i3.40402Palavras-chave:
Fenitoína; Atrofia cerebelar; Epilepsia.Resumo
A ataxia cerebelar, é um dos sintomas clássicos da atrofia cerebelar, considerada também uma das principais lesões que afetam a coordenação motora, sendo de caráter irreversível interferindo na realização dos movimentos sendo estes incertos, inseguros, descoordenados e imprecisos, debilitando assim o quadro motor do paciente. Essa lesão cerebelar pode ser ocasionada a partir de doses elevadas associadas ao uso crônico da Fenitoína, um medicamento que pertence à classe das hidantoínas, um bloqueador dos canais de sódio, metabolizado pelo CYP2C9/10 hepático, é um dos antiepilépticos de primeira escolha para o tratamento/controle da epilepsia. Este relato destaca o caso de uma paciente que apresentou dificuldade na realização da marcha e consequentemente piora na coordenação motora, hiperplasia gengival e hirsutismo. Após investigação através de exames laboratorial e de imagem, foi confirmada a intoxicação por Fenitoína devido ao seu uso crônico e a atrofia do cerebelo desenvolvendo ataxia da marcha.
Referências
Algahtani, H., Shirah, B., Alqahtani, A. J., & Al-Malki, A. Q. (2020). Irreversible Cerebellar Atrophy as a Complication of Short-Term Phenytoin Exposure: Clinical Improvement Following Discontinuation of the Culprit. Journal of epilepsy research, 10(2), 96–99. https://doi.org/10.14581/jer.20016
Alvarado, Á. T. et al. (2020). Estudio del índice nivel/dosis de la fenitoína en pacientes epilépticos voluntarios de Mérida. Revista Médica Clínica Las Condes, 31(2), 197-203. https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0716864020300249?via%3Dihub.
Anderson, G. D., & Hakimian, S. (2018). Pharmacokinetic Factors to Consider in the Selection of Antiseizure Drugs for Older Patients with Epilepsy. Drugs & aging, 35(8), 687–698. https://doi.org/10.1007/s40266-018-0562-2.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretária de Atenção à Saúde. (2018). Portaria Conjunta nº 17, de 21 de junho, Brasília. https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/sas/2018/poc0017_27_06_2018.html.
Calsani, I. C. A., Lopes, D. V., & Pessina, L. L. (2007). A Influência Da Ataxia Cerebelar Progressiva Na Marcha Humana: Um Estudo De Caso. Brazilian Journal of Physical Therapy, 11(Suppl.), 18-18. UFSCar. https://portalatlanticaeditora.com.br/index.php/fisioterapiabrasil/article/download/1734/2861.
Castro, K. D. S. K., Pereira, L. B. C., & Ribeiro, B. M. (2021). Como Escrever Um Relato De Caso? Manual De Produção Científica. COIMAMA Ed. Itacaiúnas 1(1). doi.org/10.36599/itac-manproc
Colin, S. L. et al. (2019). Protocolo para monitoramento terapêutico hospitalar da fenitoína. UFSC. Ciências da Saúde. Florianópolis. https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/202201.
Espinosa-Jovel, C. (2020) Cannabinoides en epilepsia: eficacia clínica y aspectos farmacológicos. Neurología, Science Direct. 32. https://doi.org/10.1016/j.nrl.2020.02.005.
Ferner, R., Day, R., & Bradberry, S. M. (2022). Phenytoin and damage to the cerebellum - a systematic review of published cases. Expert opinion on drug safety, 21(7), 957–977. https://doi.org/10.1080/14740338.2022.2058487
Guirao-Bringas, P., & Díaz-Pérez, G. (2012). Atrofia cerebelosa y uso crónico de fenitoína: Revisión de la literatura y presentación de un caso clínico. Revista chilena de neuro-psiquiatría, 50(1), 42-50. http://dx.doi.org/10.4067/S0717-92272012000100005
Hakami T. (2021). Neuropharmacology of Antiseizure Drugs. Neuropsychopharmacology reports, 41(3), 336–351. https://doi.org/10.1002/npr2.12196
Hilal-Dandan, R., & Brunton, L. (2015). Manual de farmacologia e terapêutica de Goodman & Gilman. AMGH Editora.
Iorga, A., & Horowitz, B. Z. (2022). Phenytoin Toxicity. In StatPearls. StatPearls Publishing. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK482444/.
Leitão, A. M. M., de Gusmão, I. N. B., Cavalcante¹, J. T. N. M., Andrade, L. M. N., Isabel, M., de Alencar Cavalcante¹, M. C. F., ... & Morais, L. F. P. (2020). Análise Do Número De Internações Por Epilepsia Na População Pediátrica Por Região Do Brasil Nos últimos 10 anos. Ciencia biológica e da saúde: pesquisas básicas e avançadas 1(1) https://sseditora.com.br/wp-content/uploads/1-analise-do-numero-de-internacoes-por-epilepsia-na-populacao-pediatrica-por-regiao-do-brasil-nos-ultimos-10-anos.pdf.
Marano, M., Nicoletti, F., Pro, S., Goffredo, B. M., Cecchetti, C., Piervincenzi, E., Agolini, E., & Cocciadiferro, D. (2020). Phenytoin intoxication associated with omeprazole administration in a child with defective CYP2C9. European journal of clinical pharmacology, 76(5), 731–732. https://doi.org/10.1007/s00228-019-02821-y
Nolasco, M. N., Ferreira, W. M., & Rivero, J. R. L. (2020). Epidemiologia dos casos de internação hospitalar por epilepsia no estado do Tocantins em 2018 / Epidemiology of epilepsy cases in the state of Tocantins in 2018. Brazilian Journal of Health Review, 3(6), 17268–17280. https://doi.org/10.34119/bjhrv3n6-148
Ortega-Rosado, J. C., Puig-Lagunes, Á. A., Velazco-Cercas, E., Beltrán-Parrazal, L., Morgado-Valle, C., Pérez-Estudillo, C. A., ... & López-Meraz, M. L. (2015). Epilepsia y cerebelo. Eneurobiología, 6(11). https://eneurobiologia.uv.mx/index.php/eneurobiologia/article/view/2588/4469.
Rissardo, J. P., & Caprara, A. L. F. (2022). Phenytoin-associated movement disorder: A literature review. Tzu chi medical journal, 34(4), 409–417. https://doi.org/10.4103/tcmj.tcmj_74_22
Royer, J., Bernhardt, B. C., Larivière, S., Gleichgerrcht, E., Vorderwülbecke, B. J., Vulliémoz, S., & Bonilha, L. (2022). Epilepsy and brain network hubs. Epilepsia, 63(3), 537–550. https://doi.org/10.1111/epi.17171
Weinstein R. (2021). Writing scientific case reports for top-line journals. Journal of clinical apheresis, 36(3), 465–469. https://doi.org/10.1002/jca.21869
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Hayslla Mikaella do Couto Araújo; Bruna Brugnerotto Simonetto; Claudio Henrique Cruz Camilo de Souza; Adriana Benatti Bilheiro
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.