Avaliação do desenvolvimento de Injúria Renal Aguda em pacientes internados na UTI de um hospital do meio oeste de Santa Catarina
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v12i3.40576Palavras-chave:
Unidade de terapia intensiva; Insuficiência renal; Doença aguda; Biomarcadores; Óbito.Resumo
Injúria renal aguda (IRA) é a perda súbita da função renal ao longo de um determinado tempo, gerando um acúmulo de substâncias como ureia e creatinina, podendo ou não apresentar diurese diminuída. O presente trabalho teve por objetivo analisar a incidência e o quadro clínico de pacientes que desenvolveram IRA durante o período de internação em uma UTI de um hospital do meio oeste de Santa Catarina. A metodologia consistiu em realizar um levantamento de dados de abordagem quantitativa, através da análise dos dados coletados em prontuário da referida UTI. A partir da análise de 77 prontuários, constatou-se que 15,58% dos internados evoluíram com IRA. Dos pacientes acometidos por IRA, 83,33% eram do sexo masculino e 16,67% do sexo feminino, na faixa etária prevalente foi de 51 a 55 anos, além de idosos, com idade maior que 60 anos. Em relação a mortalidade, 91,67% evoluíram a óbito. Os fatores de risco encontrados nos pacientes foram o tempo de internação na unidade, doenças prévias e motivos de internação por patologias cardíacas, pulmonares e cirúrgicas, além de medicamentos nefrotóxicos e idade. É fundamental que medidas mais cautelosas e maiores recursos sejam disponibilizadas aos hospitais, para que estes possam melhorar e reduzir a incidência e a mortalidade proveniente de IRA.
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