Processo de desospitalização e atenção domiciliar no Brasil e seus fatores associados
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v12i4.40793Palavras-chave:
Serviços de assistência domiciliar; Atenção domiciliar à saúde; Equipe multiprofissional.Resumo
Objetivo: identificar os fatores limitantes para a efetivação do processo de desospitalização e do funcionamento da atenção domiciliar no Brasil e seus fatores associados. Métodos: Realizou-se uma revisão integrativa da literatura com caráter qualitativo, com a seguinte questão norteadora: “quais são os fatores limitantes para a efetivação da desospitalização no Brasil, qual a contribuição da assistência humanizada nesse processo e quais as dificuldades e potencialidades dessa estratégia para a continuidade do cuidado?”. Utilizou-se como descritores em ciências da saúde (DECS) “Desospitalização” AND “Atenção domiciliar”, no mecanismo de dispositivo de busca do google acadêmico (Google Scholar). A amostra final é formada por 11 estudos. Resultados: as principais evidências encontradas na literatura relacionadas com a desospitalização relacionam-se com a individualização na organização e planejamento desse processo e as condutas da equipe multiprofissional voltadas para a elaboração de um plano terapêutico direcionado para a assistência domiciliar com aproximação entre profissionais da equipe multiprofissional e a família, promovendo orientações e treinamentos. Fatores como o reconhecimento do usuário, cuidador e família, identificar dificuldades e buscar meios para superá-las de forma eficaz e criativa são essenciais para garantir a funcionalidade da atenção domiciliar. Considerações Finais: O processo de desospitalização mostrou-se complexo e dependente de relações entre a gestão da instituição, os profissionais de saúde, os usuários, seus familiares e a rede de atenção à saúde (RAS). Observou-se que durante o processo de desospitalização, a família deve ser valorizada e receber atenção e apoio por parte da equipe interdisciplinar, além do treinamento necessário para atuar como cuidadores capacitados.
Referências
Bajotto, A. L., Witter, A., Mahmud, S. J., Sirena, S., & Goldim, J. R. (2012). Perfil do paciente idoso atendido por um Programa de Atenção Domiciliar do Sistema Único de Saúde em Porto Alegre, RS. Revista Clinical & Biomedical Research, 32(3), 311-317.
Bertagnoli, M. S. F. F., Melchior, M. I., Monti, R. G., & Kimura, R. A. (2021). Desafios para a gestão compartilhada do cuidado na relação entre cuidadores e profissionais de uma equipe do Serviço de Atenção Domiciliar. Physis: Revista de Saúde Coletiva, 31(1), 1-19. http://dx.doi.org/10.1590/s0103-73312021310113.
Brasil. (2011a). Ministério da Saúde. Portaria nº 2.527, de 27 de outubro de 2011. Redefine a Atenção Domiciliar no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). Brasília, DF: Ministério da Saúde, 28 out. 2011. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2011/prt2527_27_10_2011.html. Acesso em: 25 out. 2021.
Brasil. (2011b) Ministério da Saúde. Manual instrutivo do Melhor em Casa. Ministério da Saúde. Disponível em: http://189.28.128.100/dab/docs/geral/cartilha_melhor_em_casa.pdf. Acesso em: 13 fev. 2023.
Brasil. (2016). Ministério da Saúde. Portaria nº 825, de 25 de abril de 2016. Redefine a Atenção Domiciliar no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) e atualiza as equipes habilitadas. Diário Oficial da União: seção 1, Brasília, DF, v. 153, n. 78, p. 33-38, 26 abr. 2016.
Gheno, J., & Weis, A. H. (2021). CARE TRANSTION IN HOSPITAL DISCHARGE FOR ADULT PATIENTS: integrative literature review. Texto & Contexto - Enfermagem, 30, 1-26. http://dx.doi.org/10.1590/1980-265x-tce-2021-0030.
Klein, K., Issi, H. B., Souza, N. S. de., Ribeiro, A. C., Santos, E., E. P. dos., & Snhem, G. D. (2021). Dehospitalization of technology-dependent children: the perspective of the multiprofessional health team. Revista Gaúcha de Enfermagem, 42, 1-10. http://dx.doi.org/10.1590/1983-1447.2021.20200305.
Lima, A. C. B., Souza, D. F. de., Ferraz, F., Castro, A., & Soratto, J. (2022). Função e atuação do serviço de atendimento domiciliar na perspectiva de profissionais da Atenção Primária à Saúde. Revista Brasileira de Medicina de Família e Comunidade, 17(44), 3003. http://dx.doi.org/10.5712/rbmfc17(44)3003.
Novais, M. C. M., Victor, D. S., Rodrigues, D. da S., Freitas, B. O., Barreto, N. M. P. V., Mendes, D. de J. da S., & Saquetto, M. B. (2021). Fatores associados a desospitalização de crianças e adolescentes com condição crônica complexa. Revista Paulista de Pediatria, 39, 1-7. http://dx.doi.org/10.1590/1984-0462/2021/39/2020118.
Olario, P. da S., Moreira, M. C., Moreira, I. B., Martins, J. C. A., & SOUZA, A. T. de. (2018). DESOSPITALIZAÇÃO EM CUIDADO PALIATIVOS: perfil dos usuários de uma unidade no rio de janeiro/ brasil*. Cogitare Enfermagem, 23(2), 1-11. http://dx.doi.org/10.5380/ce.v23i2.53787.
Oliveira, M. J. S. de., Boniatti, M. M., & Filippin, L. I. (2021). O idoso, a desospitalização e a família: os desafios para prática do cuidado familiar. Revista Uruguaya de Enfermería, 16(2), 1-8. https://doi.org/10.33517/rue2021v16n2a9.
Rajão, F. L., Martins, M. (2020). Atenção Domiciliar no Brasil: estudo exploratório sobre a consolidação e uso de serviços no sistema único de saúde. Ciência & Saúde Coletiva, 25(5), 1863-1877. http://dx.doi.org/10.1590/1413-81232020255.34692019.
Sato, D. M., Teston, E. F., Andrade, G. K. S. de; Marcon, S. S., Giacon-Arruda, B. C. C., Silva, J. L. da; & Galera, S. A. F. (2022). Preparing caregivers for dehospitalization of technology-dependent patients: perspective of home care professionals. Rev Rene – Revista da Rede de Enfermagem do Nordeste, 23, 1-11. http://dx.doi.org/10.15253/2175-6783.20222378658.
Sena, L. I. A. M., & Queiroz, J. S. (2019). Programas de atenção domiciliar no processo de desospitalização nas redes de assistência à saúde. Revista Integrativa em Inovação Tecnológica nas ciências da saúde, 3, 125-140.
Silva, K. L., Sena, R. R. de., & Castro, W. S. (2017). A desospitalização em um hospital público geral de Minas Gerais: desafios e possibilidades. Revista Gaúcha De Enfermagem, 38(4). https://doi.org/10.1590/1983-1447.2017.04.67762.
Silva, R. C., Queiroz, M. G., & Maia, L. G. (2022). As perspectivas da desospitalização no Brasil e a assistência humanizada como coadjuvante neste processo: uma revisão de literatura. Boletim Técnico Do Senac, 47(2), 114-126. https://doi.org/10.26849/bts.v47i2.882.
Sousa, F. T. L. de., & Santos, K. C. B. dos. (2021). O processo de desospitalização sob a ótica de pacientes com doenças crônicas de longa permanência internados em um hospital universitário. Research, Society and Development, 10(7), e33010716608. https://doi.org/10.33448/rsd-v10i7.16608.
Sousa, L. M. M. de, Marques-Vieira, C. M. A., Severino, S. S. P. & Antunes, A. V. (2017). A metodologia de revisão integrativa da literatura em enfermagem. Revista investigação em enfermagem, 17-26.
Sousa, R. B. (2018). A atenção domiciliar na desospitalização de pacientes. Revista Científica da Escola Estadual de Saúde Pública de Goiás “Candido Santiago”, 4(2), 102-113.
Vasconcellos, J. F. de., Ferreira, C. N., Santana, C. E. S., Sousa, C. R., & Valente, M. L. F. (2015). Desospitalização para cuidado domiciliar: impactos clínico e econômico da linezolida. Jornal Brasileiro de Economia da Saúde, 7(2), 110-115.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Maria Lara Salviano Vital Rangel
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.