Associação entre qualidade do sono e composição corporal de profissionais da saúde de um hospital universitário

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v12i4.40821

Palavras-chave:

Sono; Composição corporal; Profissionais da saúde.

Resumo

O artigo objetiva avaliar a associação entre a qualidade de sono e a composição corporal dos profissionais da saúde do Hospital Universitário de Teresina. É um estudo transversal prospectivo desenvolvido com profissionais da saúde do Hospital Universitário da Universidade Federal do Piauí. Fizeram parte do estudo profissionais de saúde do HU UFPI de ambos os sexos, com idade entre 20 e 59 anos. As medidas antropométricas avaliadas foram: peso, altura, circunferência da cintura (CC) e do quadril (CQ). A avaliação pôndero estatural foi utilizado índice de massa corporal (IMC). A avaliação da composição corporal foi realizada pelo método de Bioimpedância Elétrica (BIA). Para a avaliação do sono foi aplicado o Índice de Qualidade de Sono de Pittsburg (PSQI). Foi realizada análise descritiva para caracterização dos participantes. As variáveis categóricas foram apresentadas por meio de frequências e porcentagens e as quantitativas por meio de média e desvio padrão. Para avaliação da associação entre as variáveis de interesse, foi realizado o teste t de student. O nível de significância adotado foi de 5. Como resultado participaram deste estudo 53 profissionais de saúde de ambos os sexos, a maioria do sexo feminino (83,0%), com idade entre 31 a 40 anos (56,6%). Em relação à formação profissional, 60,4% eram profissionais da enfermagem, 16,9%. Quanto ao estado nutricional, 58,5% dos pesquisados encontravam-se com sobrepeso ou obesidade, segundo IMC. Cabe ressaltar que grande parte dos participantes 60,4% estão com a qualidade do sono ruim, somente 18,9% afirmaram ser boa e 20,7% apresentaram distúrbio do sono.

Referências

Almeida, J. M. G., García, C. G., Aguilar, I. M. V., Castañeda, V. B. & Guerrero, D. B. (2021). Morphofunctional assessment of patient nutritional status: a global approach. Nutrición Hospitalaria.

Andersen, M. L., Martins, P. J. F., D’Almeida, V., Bignotto, M. & Tufik, S. (2005). Endocrinological and catecholaminergic alterations during sleep deprivation and recovery in male rats. J. Sleep Res. 14, 83–90.

Aoyama, E. A., et al. Genética e meio ambiente como principais fatores de risco para a obesidade. Braz. J. Hea. Ver., 2018; 1(2): 477-484.

Apovian, C. M., Bigornia, S., Mott, M., Meyers, M. R., Ulloor, J. & Gagua, M. (2008). Adipose macrophage infiltration is associated with insulin resistance and vascular endothelial dysfunction in obese subjects. Arter Thromb Vasc Biol. 28(9):1654-9.

Araujo, C. L. D. O., Frazili, R. T. V. & Almeida, E. C. D. (2017). Influência do Sono nas Atividades Acadêmicas dos Graduandos de Enfermagem que Trabalham na Área no Período Noturno. Revista Eletrônica de Enfermagem do Vale do Paraíba, Lorena, v. 1, n, 01, p. 53-62.

Araújo, M. F., et al. (2013). Avaliação da qualidade do sono de estudantes universitários de Fortaleza. Texto Contexto Enfermagem. 22(2): 352-60.

Artuzo, I. P., Poll, F. A. & Molz, P. (2017). Perfil clínico e nutricional de trabalhadores de uma unidade hospitalar conforme o turno de trabalho. Saúde e Pesquisa, v. 10, n. 2, p. 347-356.

Assis, D. C. D., Resende, D. V. D. & Marziale, M. H. P. (2018). Association between shift work, salivary cortisol levels, stress and fatigue in nurses: integrative review. Escola Anna Nery: Revista de Enfermagem, Rio de Janeiro, v. 22, n. 1.

Bertolazi, A.N., Fagondes, S.C., Hoff, L.S., Pedro, V.D., Menna Barreto, S.S. & Johns, M.W. (2009). Portuguese-language version of the Epworth sleepiness scale: validation for use in Brazil. J. Bras. Pneumol. e Tisilogia, 35, 877–883.

Bouchonville, M. F. & Villareal, D. T. (2013). Sarcopenic obesity: how do we treat it? Curr. Opin. Endocrinol. Diabetes Obes. 20, 412–419.

Brito-Marques, J. M. A. M., Franco, C. M. R., Brito-Marques, P. R., Martinez, S. C. G. & Prado, G. F. (2021). Impact of COVID-19 pandemic on the sleep quality of medical professionals in Brazil. Arq Neuropsiquiatr, v. 79, n. 2, p. 149-155.

Camargo Silva, C.; Cruz, C. D. K.; Würzius, A.; Hecht, L.; Conte, T. A. & Almeida, C. F. (2017). Sonolência diurna excessiva em profissionais e estudantes de Enfermagem. Anais de Medicina, Joaçaba, p. 115.

Carr, A. J., Gibson, B. & Robinson, P. G. (2001). Medindo a qualidade de vida: a qualidade de vida é determinada por expectativas ou experiências? BMJ. 322(7296):1240-3.

Carvalho, A. S. C., Fernandes, A. P., Vega, M. S., Gallego, A. B. & Vaz, J. A. (2016). Qualidade do sono e marcadores endócrinos e bioquímicos. In: I Congresso Nacional De Ciências Biomédicas Laboratoriais: Livro de Atas. Instituto Politécnico de Bragança, p. 59-64.

Cattani, A. N., Silva, R. M., Beck, C. L, Miranda, F. M., Dalmolin, G. L. & Camponogara, S. (2021). Trabalho noturno, qualidade do sono e adoecimento de trabalhadores de enfermagem. Acta Paul Enferm. 34.

Charles, L. E. et al. (2016). Separate and Joint Associations of Shift Work and Sleep Quality with Lipids. Safety And Health At Work, [s.l.], v. 7, n. 2, p.111-119, jun.

Crabtree, V. M. & Williams, N. A. (2009). Normal sleep in children and adolescents. Child Adolesc Psychiatr Clin N Am. 18(4): 799- 811.

Crispim, C. A., et al. Relação entre Sono e Obesidade: uma Revisão da Literatura. Arq Bras Endocrinol Metab, 2007.

Daiber, A., Steven, S., Weber, A., Shuvaev, V. V. & Vladimir, R. (2017). Review for Themed Issue Redox biology and oxidative stress in health and disease’Targeting vascular (endothelial) dysfunction. Br J Pharmacol.

Egea, J., et al. (2017). Redox Biology Europeancontribution to the study of ROS: A summary of the fi ndings and prospects for the future from the COST action BM1203 (EU-ROS). Redox Biology, 13(May), 94–162.

Everson, C. A. & Crowley, W. R. (2004). Reductions in circulating anabolic hormones induced by sustained sleep deprivation in rats. Am. J. Physiol. Endocrinol. Metab. 286, E1060-1070.

Faria, M.O., Filho, I. M. M., Cunha. I. M. S., Silva, K. R. G., Alves, P. & Brasileiro, M. S. E. (2019). Repercussões do trabalho noturno junto ao profissional enfermeiro. Rev Inic Cient Ext. 2 (3): 139-46.

Ferreira, S. C., De Jesus, T. B. & Dos Santos, A. D. S. (2015). Qualidade do sono e fatores de risco cardiovasculares em acadêmicos de enfermagem. Revista Eletrônica Gestão e Saúde, Brasília, v.6, n. 1, p. 390-404.

Freitas, E. S., et al. (2015). Alteração no comportamento alimentar de trabalhadores de turnos de um frigorífico do sul do Brasil. Ciência & Saúde Coletiva, [s.l.], v. 20, n. 8, p.2401- 2410, ago.

Guedes, V. C. & Alves, M. K. (2017). Prevalência e fatores de risco para excesso de peso em funcionários dos turnos vespertino e noturno de um hospital da Serra Gaúcha. Revista Brasileira de Obesidade, Nutrição e Emagrecimento, São Paulo, v. 11, n. 66, 420-427.

Hermansson, J., et al. (2019). Interaction between Shift Work and Established Coronary Risk Factors. The International Journal Of Occupational And Environmental Medicine, [s.l.], v.10, n. 2, p.57-65, 1 maio. International Society for Phytocosmetic Sciences.

Heymsfield, S. B., Loham, T. G., Wang, Z. & Going, B. F. (2005). Human body composition. Champaign: Human Kinetics.

Hipólide, D.C., Suchecki, D., Pinto, A. P. C., Faria, E. C, Tufik, S. & Luz, J. (2006). Paradoxical sleep deprivation and sleep recovery: effects on the hypothalamic-pituitary-adrenal axis activity, energy balance and body composition of rats. J. Neuroendocrinol. 18, 231–238.

Holanda, N. C. P. D. (2017). Síndrome metabólica e trabalho em turnos em equipe de enfermagem de um hospital infantil. 111 f. 2017. Dissertação (Mestrado em Saúde Coletiva). Universidade Católica de Santos, Santos.

Jebb, S. A. & Elia, M. (1993). Techniques for the measurement of body composition: a practical guide. Int J Obes Relat Metab Disord. Nov;17(11):611-21.

Kervezee, L., Shechter, A. & Boivin, D. B. (2018) Impact of Shift Work on the Circadian Timing System and Health in Women. Sleep Med Clin. 13:295–306.

Koning, L., Merchant, A. T., Pogue, J. & Anand, S. S. (2007). Waist circumference and waist-to-hip ratio as predictors of cardiovascular events: meta-regression analysis of prospective studies. Eur Heart J. 28(7):850-6.

Ma, Y., Wei, F., Nie, G., Zhang, L., Qin, J. & Peng, S. (2018). Relationship between shift work schedule and self-reported sleep quality in Chinese employees. Chronobiol Int, 35:261–9.

Magee, C. A., et al. (2009). Acute sleep restriction alters neuroendocrine hormones and appetite in healthy male adults. Sleep Biol Rhythms, 7(2): 125–127.

Maglynn, N., Kirsh, V. A., Cotterchio, M., Harris, M. A., Nadalin, V. & Kreiger, N. (2015). Shift Work and Obesity among Canadian Women: A Cross-Sectional Study Using a Novel Exposure Assessment Tool. PLoS One, 10:e0137561.

Małecka-Massalska, T. et al. (2015). Bioelectrical impedance phase angle and subjective global assessment in detecting malnutrition among newly diagnosed head and neck cancer patients. Eur Arch Otorhinolaryngol. v.273, n.5, p.1299-1305.

Miranda, I.P.V., et al. (2020). Revista JRG de Estudos Acadêmicos - volume III, n.7 (jul./dez.) - ISSN: 2595-1661.

Miró, E., Cano-Lozano, M. C. & Buela-Casal, G. (2005). Sono e qualidade de vida. Rev Colomb Psicol. (14):11-27.

Nahas, M. V., et al. (2010). Atividade Física, Saúde e Qualidade de vida: Conceitos e sugestões para um estilo de vida ativo. - 5° Ed. Ver. E atual - Londrina: Midiograf.

Nascimento, E. C. & Mota, M.L. (2020). NBraz. J. Hea. Rev., Curitiba, v. 3, n. 3, p. 7026-7037 may./jun.

Oler, F. G, Jesus, A. F, Barboza, D. B. & Domingos, N. A. M. (2005) Arq Cienc Saúde. 12(2):102-10.

Padez, C., et al. (2009). Long sleep duration and childhood overwight/obesity and body fat. American Journal of Humana Biology, 21: 371-376.

Perroca, M. G., Jericó, M. C. & Calil, A. S. G. (2011). Composição da equipe de enfermagem em Unidades de Terapia Intensiva. Acta Paul Enferm. 24(2):199-205.

Pfefferbaum, B. & North, C. S. (2020). Mental Health and the Covid-19 Pandemic. New England Journal of Medicine, 383(6): 510-2.

Piovezan, R. D., Abucham, J., Santos, R. V. T., Mello, M.T., Tufik, S. & Poyares, D. (2015). The impact of sleep on age-related sarcopenia: Possible connections and clinical implications. Ageing Res. Rev. 23, 210–220.

Prather, A. A., et al. (2015). Behaviorally Assessed Sleep and Susceptibility to the Common Cold. Sleep, 38(9): 1353-9.

Rangel, A. J. H., Macías, L. G. R. & Ortiz, M. M. L. (2021). Indicadores antropométricos e consumo alimentar de profissionais de saúde de acordo com seu turno de trabalho, cronotipo e qualidade do sono. Rev Cienc Saúde.19(2):1-16.

Ribeiro, C. R. F., et al. (2014). O impacto da qualidade do sono na formação médica. Ver.Soc. Bras. Clin. Med, 12: 8-14.

Rodrigues, D. F., Silva, A., Rosa, J. P. P., Ruiz, F. S., Veríssimo, A. W., Winckler, C., Rocha, E. A., Parsons, A., Tufik, S. & Mello, M. T. (2015). Sleep quality and psychobiological aspects of Brazilian Paralympic athletes in the London 2012 pre-Paralympics period. Motriz, Rio Claro, v.21 n.2, p. 168-176, Apr./Jun.

Santos, T. C. M. M. (2015). Sono e qualidade de vida de estudantes de enfermagem trabalhadores: contribuição da cronobiologia. 2015. Tese (Doutorado em Enfermagem). Universidade Estadual de Campinas, São Paulo.

Silva-Costa. & Aline et al. (2016). Night work is associated with glycemic levels and anthropometric alterations preceding diabetes: Baseline results from ELSA-BRASIL. Chronobiology International, [s.l.], V.33, n. 1, p.64-72, 2 jan.

Simões, J. & Bianchi, L. R. O. (2016). Prevalência da Síndrome de Burnout e qualidade do sono em trabalhadores técnicos de enfermagem. Revista Saúde e Pesquisa, 9(3):473-481.

Souza, A. C. & Passos, J. P. (2015). Os agravos do distúrbio do sono em profissionais de enfermagem. Revista Ibero-Americana de Saúde e Envelhecimento. 1(2):165-176.

ST-Onge, M. P, et al. (2012). Short sleep duration, glucose dysregulation and hormonal regulation of appetite in men and women. Sleep, 35(11): 1503-1510.

Strueva, N. V., Poluektov, M. G., Saveleva, L. V. & Melnichenko, G. A. (2013). Obesidade e sono. Obesidade e metabolismo, 10(3):11-18.

Viana, M. C. D. O. (2016). Análise do padrão e qualidade do sono com a qualidade de vida dos enfermeiros nos turnos hospitalares. 82 f. Tese (Doutorado em Enfermagem), Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal.

Waterhouse, J., Minors, D. & Redfern, P. (1997). Some comments on the measurement of circadian rhythms after time-zone transitions and during night work. Chronobiol Int, 14:125–32.

World Health Organization. (1998). Obesity: preventing and managing the global epidemic. Report of a WHO Consulation. Geneva: World Health Organization.

Downloads

Publicado

23/03/2023

Como Citar

SOUSA, M. A. S. .; BARROS, G. M. de .; SOUZA, F. L. .; VILAR, T. M. .; DIAS, R. S. C. .; BATISTA, M. M. da S. L. .; PINHEIRO , D. B. P. . Associação entre qualidade do sono e composição corporal de profissionais da saúde de um hospital universitário . Research, Society and Development, [S. l.], v. 12, n. 4, p. e0512440821, 2023. DOI: 10.33448/rsd-v12i4.40821. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/40821. Acesso em: 17 jul. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde