Complexidades intrínsecas ao aleitamento materno sob a ótica de nutrizes primigestas
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v12i4.40837Palavras-chave:
Aleitamento materno; Percepção; Desmame; Saúde da criança; Diagnóstico de enfermagem.Resumo
Trata-se de um estudo exploratório descritivo com abordagem qualitativa, tendo por objetivo desvelar a percepção de nutrizes primigestas sobre sua vivência do aleitamento materno, identificar o entendimento de lactantes primigestas sobre a importância do aleitamento materno e a consequência do desmame precoce e propor um plano de cuidados a nutriz primigesta com vistas a instrumentalizar a equipe de enfermagem, visando a redução do desmame precoce. A pesquisa foi realizada com 30 mulheres, nutrizes primigestas, em ambiente virtual, via plataforma de videoconferência Google Meet, gravada, com duração de aproximadamente trinta minutos. A análise das informações deu-se por meio da técnica de análise de conteúdo segundo Bardin (2016), pela qual emergiram duas categorias: Dificuldades frente ao aleitamento materno por nutrizes primigestas e Desafios frente ao aleitamento materno por nutrizes primigestas, as quais se dividiram, respectivamente, em cinco e quatro subcategorias. Evidenciou-se que, apesar de todas as participantes da pesquisa referirem a realização do pré-natal, há muitas lacunas de conhecimento acerca do aleitamento materno entre nutrizes primigestas, demonstrando falhas no processo de orientação e assistência profissional em todas as fases da maternidade. Por fim, baseado nas principais dificuldades e desafios em relação ao aleitamento materno, sob a ótica das participantes da pesquisa, elencaram-se diagnósticos de enfermagem e um plano de cuidados, a fim de instrumentalizar a equipe de enfermagem, reduzir os números referentes ao desmame precoce e aumentar as taxas de adesão ao aleitamento materno exclusivo e garantir uma melhor qualidade à saúde infantil.
Referências
Almeida, L. M. N., Goulart, M. C. e L., Góes, F. G. B., Ávila, F. M. V. P., Pinto, C. B. & Naslausky, S. G. (2022). A influência do retorno ao trabalho no aleitamento materno de trabalhadoras da enfermagem. Rev. Escola Anna Nery, 26(1), 1-10.
Bardin, L. (2016). Análise de conteúdo. (3º reimp. da 1. ed). São Paulo: Edições 70.
Bauer, D. F. V., Ferrari, R. A. P., Cardelli, A. A. M. & Higarashi, I. H. (2019). Orientação profissional e aleitamento materno exclusivo: um estudo de coorte. Rev. Cogitare enfermagem, 24(1), 1-11.
Brasil. (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília: Senado Federal.
Brasil. (2014b). Aleitamento materno, distribuição de leites e fórmulas infantis em estabelecimentos de saúde e a legislação. (1. ed). Brasília: Ministério da Saúde.
Brasil. Governo do Estado do Paraná. Secretaria da Saúde. (2021). Aleitamento Materno.
Brasil. Lei n.5.452, de 1º de Maio de 1943. Dispõe sobre a Consolidação das leis do trabalho. Recuperado de https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del5452compilado.htm.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. (2015). Saúde da criança: aleitamento materno e alimentação complementar. (2. ed). Cadernos de Atenção Básica, nº23 – Brasília: Ministério da Saúde.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. (2014a). Portaria nº 371, de 7 de maio de 2014a. Institui diretrizes para a organização da atenção integral e humanizada ao recém-nascido (RN) no Sistema Único de Saúde (SUS). https://bvsms.saude.gov.br/bvs/sas/Links%20finalizados%20SAS%202014/prt0371_07_05_2014.html.
Candido, F. G., Freitas, B. A. C., Soares, R. C. S., Bittencourt, J. M., Ribeiro, D. N., Morais, D. C., Niquine, C. F., Ribeiro, S. A. V., Araujo, R. M. A., Zucchetto, B. R., Carvalho, T. C., Rezende, I. C. R. (2021). Aleitamento materno versus distribuição gratuita de fórmulas infantis pelo Sistema Único de Saúde. Einstein, 19(1), 1-8.
Cavalcante, V. O., Sousa, M. L., Pereira, C. S., Silva, N. O., Albuquerque, T. R. & Cruz, R. S. B. L. C. (2021). Consequências do uso de bicos artificiais para a amamentação exclusiva: uma revisão integrativa. Rev. Aquichan, 21(3).
Cunha, A. M. S., Martins, V. E., Lourdes, M. L., Paschini, M. C., Parreira, B. D. M. & Ruiz, M. T. (2019). Prevalência de traumas mamilares e fatores relacionados em puérperas assistidas em um hospital de ensino. Revista Esc. Anna Nery, 23(4).
Dias, J. S., Vieira, T. O. & Vieira, G. O. (2017). Fatores associados ao trauma mamilar no período lactacional: uma revisão sistemática. Rev. Brasileira Saúde Materno infantil, 17(1).
Enani. Estudo Nacional Alimentação e Nutrição Infantil. (2021). Aleitamento materno: prevalência e práticas entre crianças brasileiras menores de 2 anos. 4: ENANI – 2019. Rio de Janeiro: UFRJ.
Feitosa, D. P. R. A., Moreira, L. C., Possobon, R. F. & Lodi, J. C. (2019). Tratamento para dor e trauma mamilar em mulheres que amamentam: revisão integrativa de literatura. Rev. Nursing, 22 (256), 3160-3164.
Fernandes, L. C. R., Sanfelice, C. F. O. & Carmona, E. V. (2022). Indução da lactação em mulheres nuligestas: relato de experiência. Rev. Escola Anna Nery, 26(1).
Ferreira, C. K. M., Sousa, C. L., Soares, C. M., Lima, M. N. F. A. & Barreto, C. C. M. (2017). Composição do leite humano e sua relação com a nutrição adequada à recém nascidos pré-termos. Rev. Temas em saúde, 17(1), 118-146.
Herdman, T. H., Kamitsuru, S. & Lopes, C. T. (2021). Diagnósticos de Enfermagem da NANDA-I: Definições e Classificações 2021-2023. (12. ed). Porto Alegre: Artmed.
Leão, G. N. C., Dias, L. M., Silva, L. N. C., Andrade, A. M. & Oliveira, M. G. B. (2022). Fatores associados ao desmame precoce do aleitamento materno: uma revisão. Rev. Research, Society and Development, 11(7), 1-16.
Matias, A. D., Soares, B. K. P., Silva, I. L., Barreto, R. A. R., Silva, I. T. S., Souza, F. M. L. (2022). Trauma mamilar em mulheres no período lactacional. Rev. Enfermagem Atual In Derme, 96(38).
Moraes, M. P. C. & Esteves, A. M. S. D. (2022). A importância do enfermeiro na abordagem de práticas de autocuidado de complicações que interferem no aleitamento materno. Rev. Research, Society and Development, 11(9), 1-13.
Morais, A. C., Guirardi, S. N. & Miranda, J. O. F. (2020). Práticas de aleitamento materno em unidade de terapia intensiva neonatal. Rev. Baiana Enfermagem, 34(1), 1-11.
Morais, M. B., Cardoso, A. L., Lazarini, T., Mosquera, E. M. B. & Mallozi, M. C. (2017). Hábitos e atitudes de mães de lactentes em relação ao aleitamento natural e artificial em 11 cidades brasileiras. Rev. Paulista de Pediatria, 35(1), 2017.
Moreira, T. B., Silva, L. R., Silva, M. D. B., Silva, L. J., Mourão, P. P. & Moreira, A. P. A. M. (2020). Vivência materna no contexto da amamentação do recémnascido hospitalizado e submetido à intervenção cirúrgica. Rev. Esc. Anna Nery, 24(4).
Nepomuceno, I. C. F. C., Medeiros, E. S. & Salin, A. B. (2021). Amamentação: dificuldades enfrentadas pelas puérperas primíparas no alojamento conjunto. Rev. Research, Society and Development, 10(15), 1-10.
Oliveira Filho, R. C., Rodrigues, T. T. M., Lima, C. S. A., Alves, M. E. T., Gonçalves, C. R., Junior, M. F. & Oliveira, M. F. (2022). Análise dos fatores dificultadores do aleitamento materno exclusivo no Brasil e repercussões na vida do lactente e da mulher. Rev. Research, Society and Development, 11(4), 1-10.
Oliveira, A. K. P., Melo, R. A., Maciel, L. P., Tavares, A. K., Amando, A. R. & Sena, C. R. S. (2017). Práticas e crenças populares associadas ao desmame precoce. Rev. Avances en Enfermería, 35(3), p.303-312.
Oliveira, R. C., Silva, M. M., Lopes, B. A., Brito, M. A. B., Rocha, R. C., Carneiro, C. T. & Bezerra, M. A. R. (2021). Avaliação do desempenho de nutrizes e recém-nascidos durante a mamada no período neonatal: estudo comparativo. Rev. Cogitare Enfermagem, 26(1).
OMS. Organização Mundial da Saúde. (2009). Razões médicas aceitáveis para uso de substitutos do leite materno. Geneva: OMS.
Pereira, A.S., Shitsuka, D. M., Parreira, F. J., Shitsuka, R. (2018). Metodologia da Pesquisa Científica. Santa Maria/RS. 1 Ed. UAB/NTE/UFSM.
Santana, S. C. G., Mendonça, A. C. R. & Chaves, J. N. O. (2019). Orientação profissional quanto ao aleitamento materno: o olhar das puérperas em uma maternidade de alto risco no estado de Sergipe. Rev. Enfermagem em foco, 10(1), 134-139.
Santos, D. A. & Leite, C. L. (2021). O papel do enfermeiro na orientação ao aleitamento de forma adequada: revisão bibliográfica. Rev. Research, Society and Development, 10(15).
Santos, F. M. P., Souza, L. A., Santana, M. D. O., Sales, O. P. & Barbosa, E. F. (2021a). Amamentação na primeira hora de vida: importância e óbices à sua realização. Rev. Multidebates, 5(2).
Santos, L. M. D. A, Chaves, A. F. L., Dodou, H. D., Lopes, B. B. & Oriá, M. O. B. O. (2022). Autoeficácia de puérperas em amamentar: estudo longitudinal. Rev. Esc Anna Nery., 26(1).
Santos, S. M. S., Dantas, A. S. B., Cavalcante, E. G. R., Martins, A. K. L., Maia, E. R., Albulquerque, G. A., Lopes, M. S. V., Figueiredo, I. D. T. & Moreira, F. T. L. S. (2021b) Uso da chupeta como fator preditivo a interrupção precoce da amamentação: Uma revisão integrativa. Rev. Research, Society and Development, 10(8), 1-8.
Sardinha, D. M., Maciel, D. O., Gouveia, S. C., Pamplona, F. C., Sardinha, L. M., Carvalho, M. S. B. & Silva, A. G. I. (2019). Promoção do aleitamento materno na assistência pré-natal pelo enfermeiro. Rev enfermagem UFPE on line., 13(3).
SBP. Sociedade Brasileira de Pediatria. Departamento Científico de Aleitamento Materno. (2017). Uso e abuso de fórmula infantil na maternidade em recém-nascidos sadios a termo. https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/Aleitamento_-_UsoAbuso_FI_Maternid_RN_Sadios.pdf.
Silva, A. L. S., Araujo, A. C. P., Lima, L. M., Quaresma, N. G. S. & Ribeiro, A. S. (2018b). Aleitamento materno e preparo das mamas: orientações na consulta de pré-natal. Rev. Educ, 05(1).
Silva, J. L. P., Linhares, F. M. P., Barros, A. A., Souza, A. G., Alves, D. S. & Andrade, P. O. N. (2018a). Fatores associados ao aleitamento materno na primeira hora de vida em um hospital amigo da criança. Rev. Texto Contexto Enferm, 27(4).
Souza, G. V., Silva, M. P. C., Souza, I. P., Miranda, R. R., Contim, D. & Rocha, J. B. A. (2021). Cuidados imediatos aos recém-nascidos pré-termos em um hospital de ensino. Rev enferm UERJ, 29(1).
Urasaki, M. B., Teixeira, C. I. & Cervellini, M. P. (2017). Trauma Mamilar: Cuidados Adotados por Mulheres no Pós-parto. Rev. Estima, 15(1), 26-34.
Vinuto, J. (2014). A amostragem em bola de neve na pesquisa qualitativa: um debate em aberto. Rev.Temáticas, 22(44), 203-2020.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Andressa Oliveira de Campos; Débora Maria Vargas Makuch; Fabiane Frigotto de Barros; Milena da Costa; Maria Eduarda Perroni Nery
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.