Potencial ornamental de samambaias e licófitas no Leste do Maranhão, Brasil

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v9i7.4087

Palavras-chave:

Conservação de espécies; Domesticação de plantas; Jardim e paisagismo.

Resumo

A identificação do potencial ornamental de plantas tem crescido nos últimos anos, sendo uma tendência mundial, mas ainda pouco desenvolvida no Brasil, onde o conhecimento sobre essa diversidade é incipiente. As samambaias e licófitas constituem um grupo heterogêneo, com uma diversidade de habitat e variações morfológicas que as proporcionam um forte potencial ornamental, que ainda é pouco explorado. Neste contexto, com a finalidade de subsidiar informações sobre o potencial ornamental e paisagístico da flora pteridofítica, este estudo objetivou realizar um levantamento florístico das espécies de samambaias e licófitas ornamentais no município de Caxias/Maranhão. Para realização deste estudo, foram realizadas coletas em locais de vendas de plantas ornamentais, áreas de lazer e bem-estar (praças e clubes), residências, hotéis e hospitais do município. As samambaias e licófitas cultivadas como ornamentais no município de Caxias/MA estão representadas por 21 espécies (19 espécies de samambaias e duas de licófitas) distribuídas em 14 gêneros e 10 famílias. Dessas, nove espécies podem ser encontradas na flora nativa do município, e duas são consideradas exóticas no Brasil. O potencial desse grupo de plantas está relacionado com valores estéticos de suas estruturas e pela plasticidade adaptativa, apresentando características adequadas para uso ornamental e paisagístico. A presente pesquisa contribui de maneira significativa acerca das informação sobre o potencial paisagístico e ornamental de samambaias e licófitas.

Biografia do Autor

Gonçalo Mendes da Conceição, Universidade Estadual do Maranhão

Referências

Abraham, S., Ramachandran, V.S. & Sofia, C. (2012). Potential ornamental Ferns from Nilgiris, Tamil Nadu. Advances in Applied Science Research, 3(4), 2388-2391.

Andrade, F. S. A. & Demattê, M. E. S. P. (1999). Estudo sobre produção e comercialização de bromélias nas regiões Sul e Sudeste do Brasil. Ornamental Horticulture, Campinas, 5 (2).

Baldauf, C., Hanazaki, N., Sedrez dos Reis, M. (2007). Caracterização etnobotânica dos sistemas de manejo de samambaia-preta (Rumohra adiantiformis (G. Forst) Ching- Dryopteridaceae) utilizados no sul do Brasil. Acta Botanica Brasilica, 21(4), 823-834.

Bastos, C. C. C., & Cutrim, M. V. J. (1999). Pteridoflora da Reserva Florestal do Sacavém, São Luis-MA. Boletim Museu Paraense Emílio Goeldi, 15(1), 1-37.

Beckmann-Cavalcante, M. Z., Amaral, G. C., Silva, A. A., Lima, M. P. D., & Cavalcante, I.H.L. (2013). Ornamental use of Pfaffia glomerata (spreng.) Pedersen. Acta Horticulturae, (1000), 59-62.

Bhupinder, D. (2009). Salvinia: an aquatic fern with potential use in phytoremediation. International Journal of Science and Technology, (4), 23-27.

Conceição, G. M., & Rodrigues, M. S. (2010). Pteridófitas do Parque Estadual do Mirador, Maranhão, Brasil. Cadernos de Geociências, (7), 47-53.

Costa, E.P.Q., Bomfim, B.L.S., & Fonseca Filho, I.C. (2017). Levantamento de plantas ornamentais tóxicas em espaços públicos de Água Branca – Piauí. Revista ESPACIOS, 38(19), 11-17.

Das, P., Padhye, P.M., & Gupta, S. (2016). Clarification of the typification of Pteris argyraea (Pteridaceae). Phytotaxa, 269 (1), 59- 60.

Dias, V. S., Oliveira, M. R. V., & Paula, S.V. (2002). Risco de introdução de pragas invasoras exóticas na importação de flores frescas. Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, Brasília.

Fernandes, R. S., Conceição, G. M., Costa, J. M., & Zárate, E. L. P. (2010). Samambaias e licófitas do município de Caxias, Maranhão, Brasil. Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi, 5(3), 345-356.

Fernandes. R, S., Conceição. G, M., Brito, E. S., & Paula-Zárate. E, L. (2007). Diversidade florística de pteridófitas da Área de preservação ambiental do Inhamum, Caxias, Maranhão, Brasil. Revista Brasileira de Biociências, 5, 1-4.

Fernandes, G. W., Santos, R., Barbosa, N. P. U., Almeida, H. A., Carvalho, V., & Angrisano, P. (2015). Ocorrência de Plantas Não Nativase Exóticas em Áreas Restauradas de Campos Rupestres. Planta Daninha, 33(3), 463-482.

Ferraz, M.V., Del Neri, L.A., & Nunes, J.V.C. (2017). Levantamento Florístico das Espécies Utilizadas na Ornamentação da Praça Cidade Nakatsugawa, Registro, SP. Rev. Tree Dimensional, ProFloresta - Goiânia, 2 (4), 46.

Filippini, E. C. P., Duz, S. R., & Randi, Á. M. (1999). Light and storage on the germination of spores of Dicksonia sellowiana (Presl) Hook., Dicksoniaceae. Revista Brasileira de Botânica, 22, 21-26.

Flora do Brasil 2020 em construção. Samambaias e Licófitas. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: < http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB128483>. Acesso em: 24 jan. 2020.

Garcia, E. N., Camargo, A., Putzke, J., & Köhler, A. (2013). Levantamento florístico e fitossociológico em área de centro de pesquisa de Santa Cruz do Sul, Rio Grande do Sul, Brasil. Caderno de Pesquisa, série Biologia., 25 (3) 6-26.

Gonçalves, M. F., & Melo, A. G. C. (2013). Análise Florística das Plantas Ornamentais Implantadas no Bosque de Garça/SP. Revista Eletrônica de Engenharia Florestal, 21(1), 12-24.

Guarin neto, G. (1986). Plantas ornamentais de Mato Grosso, Boletim FBCN. Rio de Janeiro, 21, 105-15

Heiden, G., Barbieri, R. L., & Stumpf, E. R.T. (2006). Considerações sobre o uso de plantas ornamentais nativas. Revista Brasileira de Horticultura Ornamental, 12(1), 2-7.

Heiden, G., Stumpf, E. R. T., Barbieri, R. L., & Grolli, P. R. (2007). Uso de plantas arbóreas e arbustivas nativas do Rio Grande do Sul como alternativa a ornamentais exóticas. Revista Brasileira de Agroecologia, 2(1) 854-857.

Hernandez, M., Morales, A., & Sauri, M. (2013). Ornamental plants and the production of nature (s) in the spanish real estate boom and bust: the case of alicante. Urban Geogr. 35 (1), 71–85.

Hitchmough, J. (2010). Applying an ecological approach: the future of urban horticulture. Acta Horticulturae, 881, 193-200.

Husti, A.M., Conå¢iu, I., Radu, M., Neacşui, I., & Cantor, M. (2015). Psychological benefits of ornamental plants used in office environments. Bull. Uasvm horticult. 72 (1)

Jones, D. L. (1987). Encyclopedia of Ferns: Introduction to Ferns, Their Structure, Biology, Economic, Importance, Cultivation and Propagation. Timber Press, Portland, Oregon, p. 433.

Keller, H. A., Prance, G. T. (2015). The Ethnobotany of Ferns and Lycophytes. Fern Gaz. 20(1), 1-13.

Kreier, H.P., & Schneider, H. (2006). Phylogeny and Biogeography of the Staghorn Fern Genus Platycerium (Polypodiaceae, Polypodiidae). American Journal of Botany, 93(2) 217–225.

Lorenzi, H. (2009). Árvores Brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas nativas do Brasil. São Paulo: Nova Odessa, p. 384.

Mehltreter, K. (2008). Phenology and habitat specificity of tropical ferns. In: RANKER, T. A., HAUFLER, C. H. Biology and Evolution of Ferns and Lycophytes. Cambridge, Cambridge University Press.

MOBOT. Tropicos. (2017). Missouri Botanical Garden. 2017. Disponível em: . Acesso em: 10 de ago. 2017.

Moreira, B. P., & Lopes, S.A.O.R. (2018). Espécies Nativas com Potencial Ornamental Ocorrentes na Bacia do Rio Taquarembó, RS. Revista da Jornada de Pós Graduação e Pesquisa. 15(15), 579-591.

Pessoa, C.C., Silva, A.L.L., Franco, E.T.H., & Bisognin, D.A. (2004). Propagação in vitro de Nephrolepis exaltata (L.) Schott. Caderno de Pesquisa Sér. Bio., 16(1), 43-49.

Prado, J. (2005). Flora da Reserva Ducke, Amazônia, Brasil: Pteridophyta – Pteridaceae. Rodriguésia, 56(86), 85-92.

Prado, J., & Sylvestre, L.(2015). Davalliaceae in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/jabot/floradobrasil/FB105898>.Acessado em 06/02/2020.

Pereira, A.S., Shitsuka, D.M., Parreira, F.J., & Shitsuka, R. (2018). Metodologia da pesquisa científica. [e-book]. Santa Maria. Ed. UAB/NTE/UFSM. Disponível em: https://repositorio.ufsm.br/bitstream/handle/1/15824/Lic_Computacao_Metodologia-Pesquisa-Cientifica.pdf?sequence=1.

Randall, J.M., & Marinelli, J.(1996). Invasive Plants, Weeds of the Global Garden. Brooklyn, NY: Brooklyn Botanic Garden Handbook 149, 99.

Randall, J. M., & Reichard, S. (2002). Choosing Non-Invasive Plant Species - When is it safe to use non-native plants? Roadside use of Native plants. Disponível em: . Acesso em: 10 out. 2017.

Ranil, R. H. G., Beneragama, C. K., Pushpakumara, D. K. N. G., & Wijesundara, D. S. A. (2015). Ornamental pteridophytes: an underexploited opportunity for the Sri Lankan floriculture industry. Journal of the National Science Foundation of Sri Lanka, 43(4) 293-301.

Rathinasabapathi, B., Ma, L. Q., & Srivastav, M. (2006). Arsenic hyper-accumulating ferns and their application to phytoremediation of arsenic contaminated sites. Floriculture, Ornamental and Plant Biotechnology, v. 2. Global Science Books, UK.

Reis, C. S., & Conceição, G. M. (2010). Aspectos Florísticos de um Fragmento de Vegetação, localizado no Município de Caxias, Maranhão, Brasil. Scientia Plena, 6(2).

Rizzini, C. T., & Mors, W. B. (1976). Botânica econômica brasileira. São Paulo: EPU/EDUSP, 207p.

Santos, C.R.O., Tudury, E.A., Amorim, M.M.A., & Silva, A.C.(2012). Plantas ornamentais tóxicas para cães e gatos presentes no nordeste do Brasil. Medicina Veterinária, 7(1), 11-16.

Santos-Silva, D.L., Oliveira, R.F., Conceição, G.M. (2019). Formigas associadas à Cyathea delgadii sternb. (cyatheaceae) em um fragmento de cerrado maranhense, Nordeste, Brasil. Biota amazonia, 9(1), 34-36,

Santos-Silva, D.L., Silva, G.S., Oliveira, R.R., & Conceição, G.M. (2018). Nova ocorrência de lycopodiaceae (lycophyta) para o estado do maranhão: Pseudolycopodiella carnosa (Silveira) Holub. Biota Amazonia, 8(2) 58-59.

schmitt, J. L., Schneider, P. H., & Windisch, P. G. (2009). Crescimento do cáudice e fenologia de Dicksonia sellowiana Hook. (Dicksoniaceae) no sul do Brasil. Acta Botanica Brasilica, 23(1), 282-291.

Silva, E. I. S., Santos, J. O., & Conceição, G. M. (2014). Diversidade de Plantas Ornamentais no Centro de Estudos Superiores de Caxias, da Universidade Estadual do Maranhão. Enciclopédia Biosfera, 10(18), 32-37.

Silva, G. S., Silva, D. L. S., Oliveira, R. R., Silva, M. L. A., & Conceição, G. M. (2017). Licófitas e Samambaias no Cerrado do Leste do Maranhão, Brasil. Acta Brasiliensis, 1(2), 13-16.

Siminski, A., & Reis, A. (2011). Espécies Ornamentais Nativas Da Região Sul Do Brasil. In: CORADIN, L., SEMINSKI, A., REIS, A. Espécies nativas da flora brasileira de valor econômico atual ou potencial: plantas para o futuro – região Sul. Brasília: MMA.

Smith, A. R., Pryer, K. M., Schuettpelz, E., Korall, P., Schneider, H., & Wolf, P.G. (2008). Fern classification. In: RANKER, T. A., HAUFLER, C. H. Biology and evolution of ferns and licophytes. Cambridge University Press.

Stumpf, E. R. T., Romano, C. M., Barbieri, R. L., Heiden, G., Fischer, S. Z., & Corrêa, L. B.(2009). Características ornamentais de plantas do Bioma Pampa. Revista Brasileira de Horticultura Ornamental, v. 15, p. 49-62.

Vasudeva, S. M. (1999). Economic importance of Pteridophytes, Indian Fern J, 16, 130-152.

Windisch, P. G. (1992). Pteridófitas da região Norte-Ocidental do Estado de São Paulo (Guia para estudo e excursões). São José do Rio Preto, UNESP.

Wolverton, B. C., & Wolverton J. D. (1993) Plants and soil microorganisms: removal of formaldehyde, xylene, ammonia from the indoor environment. Journal of the Mississippi Academy of Sciences, 38(2), 11- 15.

Ziller, S. R. (2003). Espécies exóticas da flora invasoras em Unidades de Conservação. In: Campos, J. B., Tussolino, M. G. P., Müller, C. R. C. Unidade de Conservação: ações para valorização da biodiversidade. Curitiba: Instituto Ambiental do Paraná.

Ziller, S. R. (2001). Plantas exóticas invasoras: a ameaça da contaminação biológica. Revista Ciência Hoje, 30 (178), 77-79.

Downloads

Publicado

12/05/2020

Como Citar

SANTOS-SILVA, D. L. dos; SILVA, G. S. da; GOMES, G. da S.; OLIVEIRA, R. F.; GASPAR, J. da C.; ARAUJO, M. de F. V.; CONCEIÇÃO, G. M. da. Potencial ornamental de samambaias e licófitas no Leste do Maranhão, Brasil. Research, Society and Development, [S. l.], v. 9, n. 7, p. e278974087, 2020. DOI: 10.33448/rsd-v9i7.4087. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/4087. Acesso em: 17 jul. 2024.

Edição

Seção

Ciências Agrárias e Biológicas