Cultura do estupro: o machismo manifesto nas paradas musicais
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i7.4097Palavras-chave:
Machismo; Estupro; Música.Resumo
Este artigo tem como objetivo tratar da cultura do estupro que se manifesta nas paradas musicais no Brasil; com isso, foi feito a conceituação do machismo, logo em seguida a contextualização das músicas de forma geral e, por fim, analisou-se as manifestações do machismo nas músicas brasileiras. A referida pesquisa foi realizada por meio de leituras e análises de músicas, como também de videoclipes referentes à temática estudada, partindo do pressuposto teórico sobre Análise do Discurso Crítica (ADC) amparados por Silva Júnior (2017). Assim, utilizou-se da pesquisa bibliográfica de natureza qualitativa, por possibilitar, com base em Minayo (2008) uma melhor interpretação e reflexão dos fatos estudados. Ao concluir, os resultados mostraram que as músicas trazem as marcas de um país que até hoje vive asmarcas do patriarcado que trás em seu seio a cultura machista e estabelece a prática de estupro como algo natural, já que pode ser exibida ao público com aceitação da maioria por meio das paradas musicais.
Referências
Brasil. (2018). Lei Nº 13.718, de 24 de setembro de 2018. Acesso em 24 de março, em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2018/Lei/L13718.htm
CFESS. (2019). Assistente social no combate ao preconceito. Brasília (DF): CFESS.
Fanini, ÂMR, Santos, ML & Gnoato, G. (2017). Cultura da violência, dispositivo do amor-paixão, sexualidade e machismo: uma análise do discurso feminino em relacionamentos conturbados. Revista Inter. Interdisc, 14 (2), 132-151.
Freitas, AC et al. (2015). A contribuição da música na construção do conhecimento na educação infantil. Revista Pedagogia em ação 7, (1), 1-13.
Gil, Antônio Carlos. (2008) Métodos e Técnicas de Pesquisa Social. São Paulo: Atlas, 2008.
Lana, B et al (2016). ≠MeuAmigoSecreto: feminismo além das redes. Rio de Janeiro: Edições de Janeiro.
Lombardi, MR. Apresentação-Mulheres em carreiras de prestígio: conquistas e desafios à feminização. Cadernos de Pesquisa, v. 47, n. 163, p. 10-14, 2017.
Machado, LZ. (2001). Masculinidades e violências: gênero e mal-estar na sociedade contemporânea. Masculinidades, 1, 35-78.
Minayo, MCS. (2005). Laços perigosos entre machismo e violência. Ciênc. saúde coletiva. 10 (1), 18-34.
Minayo, MCS. (2008). O desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde. São Paulo: Hucitec.
Oliveira, M & Maio, RS. (2016). “Você tentou fechas as pernas?”- A cultura machista impregnada nas práticas sociais. Revista Polêmica. 16 (3), 01-18.
Pimentel, S, Schritzmeyer, AL & Pandjiarjian, V. (1998). Estupro: crime ou "cortesia"? Abordagem sociojurídica de gênero. Porto Alegre: Sergio Antonio Fabris.
Saffioti, H. (2004). Gênero, patriarcado, violência. São Paulo: fundação Perseu Abramo.
Saffioti, H. (2012). A mulher na sociedade de classes: mitos e realidade. Rio de Janeiro: Rocco.
Santos, D, Oleque, L & Rosa, J. (2019). O machismo e a visão científica e cultural dos alunos do ensino médio integrado de uma rede de ensino pública federal. Revista Cadernos de Pós-graduação, 18 (2), 235-241.
Silva Jr, L. (2017). Análise do discurso de campanhas publicitárias machistas, não conservadoras e racistas. João Pessoa.
Sommacal, CL & Tacliari, PA. (2017). A cultura de estupro: o arcabouço da desigualdade, da tolerância à violência, da objetificação da mulher e da culpabilização da vítima. REVISTA DA ESMESC, 24 (30), p. 245-268.
Sousa, RF. (2017). Cultura do estupro: prática e incitação à violência sexual contra mulheres. Estudos Feministas, Florianópolis, 25(1).
Souza, VB. (2014). Gênero, marxismo e serviço social. Temporalis, 14(27), 13-31.
Texeira, JC & Rampazo, ASV. (2017). Assédio sexual no contexto acadêmico da administração: o que os lábios não dizem o coração não sente? Revista de estudos organizacionais e da sociedade.4 (11), 1151-1235
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.