Degradação biológica e a durabilidade natural de espécies florestais da Amazônia em campo de apodrecimento no Acre

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v12i4.40990

Palavras-chave:

Deterioração; Fungos xilófagos; Térmitas; Madeira Amazônica.

Resumo

Este trabalho teve como objetivo avaliar a degradação biológica e a durabilidade natural de espécies florestais da Amazônia em campo de apodrecimento em Rio Branco no Estado do Acre. O trabalho foi desenvolvido no campo experimental da Embrapa Acre entre 2015 e 2022. As estacas medindo 0,05 x 0,05 x0,50 metros, foram distribuídas e enterradas aleatoriamente no campo de apodrecimento a 0,25 m de profundidade. As avaliações de campo foram realizadas trimestralmente registrando-se a incidência de fungos xilófagos e cupins e os danos provocados em estacas de 36 espécies florestais. As espécies de fungos e cupins foram coletados e mantidos nos Laboratórios de Fitopatologia e Entomologia da Embrapa Acre e identificados em diversos laboratórios especializados no Brasil. A degradação das estacas foi realizada com a metodologia proposta por Lepage (1970), atribuindo notas de zero a quatro conforme a percentagem de degradação variando. Os fungos manchadores de madeiras identificados nesta pesquisa foram: Aspergillus, Fusarium, Penicillium, Trichoderma, Nigospora, Lasodiploidia, Cladosporium e Curvullaria. Os fungos apodrecedores de madeiras que ocorreram nas estacas foram: Gloeophyllum striatum, Hexagonia hidinoide, Datronia scutellata, Tramets e Picnoporus. Foram identificadas 11 espécies de termitas; A principal espécie de cupim T. teneus foi responsável por 91,6% das ocorrências. A espécie mais atacada H. tenuis foi o cedro rosa e aquela menos atacada foi o angelim-da-mata. As espécies canelão, freijó e a imbiridiba-amarela não foram infestadas por cupins. As espécies madeireiras que obtiveram o maior índice de degradação foram o mulungu duro, louro Itaúba, mulateiro, marupá preto.

Referências

Araújo, H. J. B., Magalhães, W. L. E. & Oliveira, L. C. (2012). Durabilidade de madeira de eucalipto citriodora (Corymbia citriodora (Hook.) K.D. Hill & L.A.S. Johnson) tratada com CCA em ambiente amazônico. Acta Amazônica, 42(1), 49-58. https://doi.org/10.1590/S0044-59672012000100006.

Batista, F. G. (2020). Resistência natural de madeiras de cinco espécies do bioma Caatinga em ensaio de campo. 77f.: il. Dissertação (Mestrado). Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Unidade Acadêmica Especializada em Ciências Agrária, Programa de Pós-Graduação em Ciências Florestais, Macaíba, RN.

Bodig, J., & Jayne & B. A. (1992). Mechanics of Wood and Wood Composites. New York. Van Nostrand Reinhold Company Inc. 712 p.

Canto, E. S. M., Cortez, A. C. A., Monteiro, J. S., Barbosa, F. R., Zelski, S. & Souza, J. V. B. (2020). Composition and diversity of fungal decomposers of submerged wood in two lakes in the Brazilian Amazon State of Pará. International Journal of Microbiology (PRINT), 1-9.

Castro, V. G. DE., Guimarães, P. P., Carvalho, D. E, Souza, G. O. DE., Brochini, G. G., Azambuja, R. DA R., Rosa, T. S. DA., Rocha, M. P. DA., Loiola, P. L., Dias, P. C. & Pereira. K. T. O. (2018) Deterioração e preservação da madeira. Mossoró: EdUFERSA213p.

Corassa, J. N., Pires, E. M., Andrade Neto, V. R. & Tariga, T. C. (2014) Térmitas associados à degradação de cinco espécies florestais em campo de apodrecimento. Revista Floresta e Ambiente, 21: 135-142.

Costa, A. F. da., Vale, A. T. do., Gonzalez, J. C. & Souza, F. D. M. de. (2005). Durabilidade de madeiras tratadas e não tratadas em campo de apodrecimento. Revista Floresta e Ambiente. 12(1), 07 - 14.

Costa, A. C. F., Marino, R. H., Silva, G. A., Almeida, T. A., Nascimento, K. S. D. & Mesquita, J. B. (2011). Ocorrência de fungos macroscópicos em povoamentos de eucalipto. Natural Resources, 1(1).

Furtado, E. L. (2000). Microrganismos manchadores da madeira. Série Técnica IPEF, Piracicaba, 13(33), 91-96

Jesus, M. A., Morais, J. W., Abreu, R. L. S & Cardias, M. F. C. (1998) Durabilidade natural de 46 espécies de madeiras amazônicas em contato com o solo em ambiente florestal. Scienta Forestalis, 54(1), 81-91.

Lawless, J.F. (2002). Statistical models and methods for time data. John Wiley and Sons. 580p.

Lee, E. T. (1992) Statistical Methods for Survival Data Analysis, Second Edition, John Wiley e Sons.

Lepage, E. S. (1970). Método sugerido pela IUFRO para ensaios de campo com estacas de madeira. Preservação de Madeiras, 1, 205-216.

Lopez, G. A. C., & Milano, S. Avaliação da durabilidade natural da madeira de produtos usados na sua proteção. In: LEPAGE, E. S. (Coord.). Manual de preservação de madeiras. v. II. São Paulo: IPT. 1986. p. 45-49.

Mattos, B. D., Gatto, D. A., Cademartori, P. H. G., Stangerlin, D. M. & Beltrame, R. (2013). Durabilidade a campo da madeira de três espécies de Eucalyptus tratadas por imersão simples. Revista Brasileira de Ciências Agrárias, 8(4):648-655. 10.5039/ agraria. v8i4a3050.

Paes, J. B., Melo, R. R. de. & Lima, C. R. de. (2007). Resistência natural de sete madeiras a fungos e cupins xilófagos em condições de laboratório. Revista Cerne, 13(2), 160-169.

Santos, R. S. (2022). Heterotermes tenuis (Hagen) (Blattodea: Rhinotermitidae): Principal térmita associado a espécies florestais, em campo de apodrecimento de madeiras, em Rio Branco, Acre, Brasil. Nativa, 10, 327-332.

Silva, L. F. da., Paes, J. B., Jesus Junior, W. C. de., Oliveira, J. T. da S., Furtado, E. L. & Alves, F. R., (2014). Deterioração da madeira de Eucalyptus spp. por fungos xilófagos. Revista Cerne.

Stangerlin, D. M., Costa, A. F. da., Garlet, A. & Pastore, T. C. M. (2013). Resistência natural da madeira de três espécies amazônicas submetidas ao ataque de fungos apodrecedores. Revista Ciência da Madeira, 4(1), 15-32.

Teacă, Carmen-Alice., Mustaţă, D. R., Mustaţă, F., Rusu, T., Roşu, L., Roşca, I. & Varganici, Cristian-Dragoş. (2019). Natural Bio-Based Products for Wood Coating and Protection against Degradation: A Review. BioResources.

Downloads

Publicado

01/04/2023

Como Citar

FARIAS, S. M. de A. P. .; SIVIERO, A. .; PEREIRA, K. R. M. .; MACEDO, P. E. F. de .; SANTOS, R. S. .; PASSOS, J. R. de S. .; FURTADO, E. L. . Degradação biológica e a durabilidade natural de espécies florestais da Amazônia em campo de apodrecimento no Acre. Research, Society and Development, [S. l.], v. 12, n. 4, p. e10112440990, 2023. DOI: 10.33448/rsd-v12i4.40990. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/40990. Acesso em: 30 jun. 2024.

Edição

Seção

Ciências Agrárias e Biológicas