Caracterização do perfil epidemiológico e clínico dos casos de arboviroses urbanas transmitidas pelo Aedes no Brasil, nos anos de 2017 a 2021
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v12i7.41094Palavras-chave:
Arboviroses; Dengue; Zika; Chikungunya.Resumo
As infecções por arbovírus aumentaram dramaticamente durante os últimos anos. A sintomatologia semelhante na fase inicial da doença dificulta o diagnóstico diferencial e o manejo clínico. Esse estudo descreve o perfil epidemiológico e clínico dos casos de arboviroses urbanas transmitidas por Aedes aegypti no Brasil no período de 2017 a 2021. Foram analisados 1.145 casos humanos disponíveis no Sistema de Gerenciador de Ambiente Laboratorial (GAL) positivos para os vírus Chikungunya (CHIKV) (741/64,71%), vírus Dengue (DENV) (381/33,27%) e vírus Zika (ZIKV) (23/2%). As informações clínicas e epidemiológicas foram obtidas a partir das fichas de investigação epidemiológicas do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). A maioria dos infectados eram do sexo feminino (63%), pardos (31%) e faixa etária de 31 a 40 anos de idade. Os sintomas mais relatados foram febre (90%), artralgia intensa (67,3%), cefaleia (53,2%), mialgia (52,8%) e exantema (50%). Durante a fase aguda (D0 a D6) foi observado que os indivíduos infectados com DENV apresentavam sinais/sintomas mais elevados dos que os infectados com o ZIKV e CHIKV. Na fase de convalescência (D7 a >D15), os sinais/sintomas dos infectados com CHIKV elevaram-se e os com DENV e ZIKV declinaram. Quando se considerou a avaliação dos sinais/sintomas em uma proporção aumentada (≥10%) foram observados entre os infectados com o CHIKV os sinais/sintomas apresentaram-se em uma proporção aumentada mais tardiamente (D6 a >D15). A caracterização do perfil clínico das arboviroses pode direcionar o diagnóstico clínico diferencial, bem como, correlacionar os aspectos epidemiológicos com a evolução da doença.
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