Riscos do uso da Ritalina sem indicação terapêutica
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v12i4.41110Palavras-chave:
Ritalina®; Metilfenidato; Uso Racional; Off label; Assistência Farmacêutica.Resumo
Introdução: O consumo do psicoestimulante Metilfenidato (Ritalina®), indicado como opção de tratamento do Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), é um desafio atual de saúde pública em várias partes do mundo. O consumo deste medicamento aumenta gradativamente, pois seu uso não terapêutico cresce entre estudantes que visam potencializar seus estudos. Fazendo a administração do mesmo sem orientação profissional e sem receitas médicas. Objetivo: O objetivo deste foi de descrever os riscos do uso da Ritalina® sem indicação terapêutica pode causar à saúde. Metodologia Proposta: Foi realizado um estudo descritivo e exploratório embasado em revisão de literatura integrativa, realizando pesquisa e recolhimento de dados científicos organizados por meio de apuração de artigos associados com o objeto do estudo. Elaborou-se um quadro com o propósito de apresentar de forma objetiva as principais informações coletadas. Resultados: Os resultados obtidos foram que até 2009 não existiam estudos publicados sobre o uso “não médico” da Ritalina® no Brasil. No entanto, atualmente esse assunto tem sido amplamente discutido no campo da medicina por conta dos entraves éticos, morais e dos riscos para a saúde dos usuários. Por conseguinte, acredita-se que o grupo de estudantes de medicina esteja mais propenso ao uso dessa medicação para “turbinar o cérebro”. Considerações Finais: Os dados mostram que há alta prevalência de uso de metilfenidato, principalmente por estudantes de medicina, tanto de forma prescrita, quanto não prescrita, principalmente objetivando desempenho acadêmico, concordando com a literatura quanto a possibilidade de relação entre o curso e o uso desse psicoestimulante.
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