Incidência de anomalias anorretais em uma grande zona de mineração: um estudo comparativo entre microrregião de óbidos e o territorio nacional no período de 2011-2020
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v12i4.41162Palavras-chave:
Anomalias Anorretais; Mineração; Metais Pesados; Monitoramento.Resumo
As Anomalias Anorretais (AAR) ainda não possuem causa definida. Podem ser detectadas de maneira precoce através de exames de imagem fornecendo aos profissionais de saúde informações essenciais para a adoção de condutas clínicas coerentes, visando uma melhor qualidade de vida para o paciente. A alta incidência de AAR em regiões contaminadas por resíduos de metais pesados viabiliza a realização de estudos acerca do assunto. Deste modo esse presente estudo tem como objetivo principal verificar a incidência de AAR em locais que utilizam produtos tóxicos em mineração, em nascidos-vivos, entre os anos de 2016 a 2020, comparando com a incidência em todo o território nacional dentro de suas devidas proporções de nascimento por região. Trata-se de um estudo epidemiológico descritivo, analítico, retrospectivo e de análise quantitativa. Foram utilizados dados de domínio público, cujo levantamento ocorreu por meio do aplicativo TABNET do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). Os dados foram coletados a partir do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). Há a necessidade de mais estudos que abordem a relação existente entre a presença de metais pesados no meio ambiente com a aparição de anomalias referentes à bioacumulação. As pesquisas relacionadas a tal tema são essenciais à medida que proponham soluções viáveis para a remoção de tais contaminantes além da adoção de políticas públicas que visem minimizar os impactos das doenças decorrentes da poluição para com as comunidades presentes em torno.
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