Perfil epidemiológico dos casos de intoxicação exógena no estado do Pará entre os anos de 2012 a 2022
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v12i4.41190Palavras-chave:
Intoxicação; Perfil epidemiológico; Tentativa de suicídio.Resumo
A intoxicação exógena apresenta como definição um processo patológico produzido por substâncias que geram um desequilíbrio no organismo mediado por reações bioquímicas. No estado do Pará, apesar de haver escassez de dados sobre o perfil epidemiológico da intoxicação, sabe-se que o uso de medicamentos principalmente como intenção suicida e a intoxicação induzida por agrotóxico são os principais agentes. O presente estudo teve como objetivo analisar o perfil epidemiológico dos casos de intoxicação exógena no estado do Pará entre os anos de 2012 a 2022. Trata-se de um estudo epidemiológico, descritivo, de coleta retrospectiva e transversal baseado nos dados submetidos ao Sistema de Informação de Agravos de Notificação, e disponibilizados por meio do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). Os dados coletados apresentavam informações acerca do tipo de exposição, agente tóxico, faixa etária, sexo e macrorregião. Os casos notificados de intoxicação exógena no estado do Pará corresponderam a 6951 entre os anos de 2012 a 2022. No estado do Pará os medicamentos também foram o agente tóxico que mais geraram intoxicação exógena, correspondendo a 28,09%, sendo mais prevalente na faixa etária dos 20 a 39 anos. Cerca de 82,94% das intoxicações ocorrem no âmbito domiciliar e 88,98% estão associadas à via digestiva. O presente estudo reforça a necessidade de adoção de medidas intervencionistas no estado do Pará, englobando identificação dos tipos de exposição, educação em saúde, medidas de prevenção de reincidências e estímulo à conservação da saúde mental.
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