Perfil clínico e epidemiológico do câncer de pâncreas no Paraná no período de 2010 a 2018
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v12i4.41302Palavras-chave:
Câncer de pâncreas; Epidemiologia; Oncologia; Tabagismo.Resumo
O câncer de pâncreas representa a 5° neoplasia que mais mata mulheres e a 7° com maior mortalidade dentre os homens no Brasil. Apesar de estar em 10° lugar no ranking de incidência de cânceres no país, a sua alta morbimortalidade e taxas crescentes projetam-no como uma causa que será líder de óbitos até 2050. A ausência de sintomas específicos, de estratégias eficazes de rastreamento e de tratamentos competentes tornam o câncer pancreático um desafio para a saúde pública. Os fatores de risco podem incluir idade avançada, obesidade, etilismo, diabetes e síndromes de predisposição genética, mas os estudos referentes a esses ainda são insuficientes para caracterização desse perfil. Os objetivos deste estudo foram caracterizar o perfil clínico dos pacientes com câncer pancreático, auxiliando o delineamento de fatores de risco para neoplasia. Os dados foram obtidos a partir da plataforma de registro hospitalar de câncer do INCA, selecionando os pacientes com câncer de pâncreas cadastrados entre 2010 e 2018 atendidos no Paraná, analisando as características: sexo, etnia, nível educacional, faixa etária, consumo de tabaco e de álcool, sublocalização anatomopatológica. As características não modificáveis mais prevalentes foram cor branca, ensino fundamental incompleto, sexo masculino, faixa etária 60-64 anos; as variáveis modificáveis, nunca tabagistas e nunca etilistas; a cabeça do órgão foi a região mais acometida. Destacou-se ainda uma alta taxa de casos sem informação acerca das características no registro hospitalar. A partir da caracterização dos pacientes poder-se-á auxiliar o direcionamento de estratégias para identificação, suporte e tratamento do câncer de pâncreas.
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