Exame citopatológico em mulheres rurais
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v12i5.41357Palavras-chave:
Prevenção primária; Enfermeiros; Saúde da mulher.Resumo
O Ministério da Saúde recomenda que toda mulher que tem ou já teve atividade sexual deve se submeter a exame preventivo periódico (citopatológico - CP). O objetivo deste estudo foi descobrir o que poderia ser um impedimento para as mulheres rurais de um município pequeno no interior do estado do Rio Grande do Sul de realizar o exame. Foi realizada uma pesquisa qualiquantitativa exploratória e de campo, com questionários individuais com perguntas abertas e fechadas. Foram incluídas 75 mulheres que moram na zona rural que não realizaram o exame citopatológico há mais de uma ano. A pesquisa seguiu os preceitos da Resolução 466/2012, do Conselho Nacional de Saúde. Os dados quantitativos foram distribuídos em frequências. E os dados qualitativos foram categorizados. Das 75 mulheres entrevistadas, 52% realizaram coleta de CP a cada 2 anos e a minoria, 38,75% nunca realizou este exame. Este número mostra que esta é uma pequena parcela de mulheres de um município com mais de 11.000 (onze mil) habitantes. Porém vale a pena mencionar que grande parte destas são moradoras mais distantes das Estratégias da Saúde da Família (ESF). Concluímos que as mulheres que nunca realizaram o exame de CP são aquelas que moram em regiões mais distantes na área rural, que não possuem meio de transporte próprio e são de baixa renda. Dessa forma, as intervenções de enfermagem visam o incentivo ao exame de CP mesmo nas áreas mais remotas para aumentar as chances de cura.
Referências
Andrade, S. S. C., Silva, F. M. C., Silva, M. S. S. E., Oliveira, S. H. S., Leite, K. N. S., & Sousa, M. J. de. (2013). Compreensão de usuárias de uma Unidade de Saúde da Família sobre o exame Papanicolaou. Ciência & Saúde Coletiva, 18(8), 2301–2310. Recuperado de https://doi.org/10.1590/S1413-81232013000800014
Azevedo, J. A. F., Silva, W. N. S., Rodrigues, B. H. X., & Holanda, V. R. (2020). Conhecimento, atitude e prática de trabalhadores rurais sobre prevenção do câncer de colo uterino. Saúde e Pesquisa, 3(4), 743-753.
Bardin, L. (2016). Análise de conteúdo. Edições 70
Brasil. Conselho Nacional de Saúde. Resolução CNS no 466, de 12 de dezembro de 2012. Brasília: CNS, 2012.
Brasil. Conselho Federal de Enfermagem. Parecer de Conselheiro Federal n°190/2015/COFEN. Brasília: COFEN, 2015. http://www.cofen.gov.br/parecer-de-relator-n-1902015_48415.html#:~:text=Art.,as%20disposi%C3%A7%C3%B5es%20legais%20 da%20profiss%C3%A3o.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. (2018). Guia Política Nacional de Atenção Básica – Módulo 1: Integração Atenção Básica e Vigilância em Saúde [recurso eletrônico] / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde.
Dalazana, A. C., Laureano, B. A., & Batista, C. S. (2022). Fatores que influenciam as mulheres na não realização do exame citopatológico. Repositório Universitário da Ânima (RUNA). https://repositorio.animaeducacao.com.br/handle/ANIMA/25789 .
Dias, E. G., Faria, M. L. S., Fleury, A. T. S., Pereira, S. G., et al. (2018). Sentimentos vivenciados por mulheres frente à realização do exame Papanicolaou J Health Sci Inst.,36(4):256-260.
Eduardo, K. G. T., Américo, C. F., Ferreira, E. R. M., Pinheiro, A. K. B., & Ximenes, L. B. (2007). Preparação da mulher para a realização do exame de Papanicolaou na perspectiva da qualidade. Acta Paulista De Enfermagem, 20(1), 44–48. https://doi.org/10.1590/S0103-21002007000100008
Fernandes, N. F. S., Galvao, J. R., Assis, P. F. A., & Santos, A. M. (2019). Acesso ao exame citológico do colo do útero em região de saúde: mulheres invisíveis e corpos vulneráveis. Caderno Saúde Pública, 35(10), e00234618. doi.org/10.1590/0102-311X00234618.
Fontelles, M. J., Simões, M. G., Farias, S. H., & Fontelles, R. G. S. (2009). Metodologia da pesquisa científica: diretrizes para a elaboração de um protocolo de pesquisa. Revista paraense de medicina. 23(3).
Instituto Vencer o Câncer. Câncer de colo de útero: o impacto de um tumor que pode ser evitado. Instituto vencer o câncer. 19 mar. 2020b. Recuperado de: https://vencerocancer.org.br/noticias-colo-uterino/cancer-de-colo-de-utero-o impacto-de-um-tumor-que-pode-ser-evitado/.
Jorge, R. J. B., Diógenes, M. A. R., Mendonça, F. A. da C., Sampaio, L. R. L., & Jorge Júnior, R. (2011). Exame Papanicolaou: sentimentos relatados por profissionais de enfermagem ao se submeterem a esse exame. Ciência & Saúde Coletiva, 16(5), 2443–2451. https://doi.org/10.1590/S1413-81232011000500013
Lopes, E. M. F., Ferreira, E. P., Carmo, V. J., & Moura, D. A. (2021). Projeto de intervenção para elevar a adesão ao exame citopatológico durante o internato em saúde coletiva. Brazilian Journal of Health Review, 4(2), 4209-4222https://doi.org/10.34119/bjhrv4n2-020
Nóbrega, A, L., Souza, M. N. A., Souza, K. M. O., Rodrigues, A. C. F., & Oliveira, G. G. (2016) Importância da assistência de enfermagem na realização do exame citopatológico: um olhar bibliográfico. Revista Tema em Saúde, 16(2).
Noé, B. R., Trindade, F. R., & Dexheimer, G. M. (2018). Análise da periodicidade e da idade na realização do exame citopatológico cervicovaginal no Rio Grande do Sul. Revista Saúde e Desenvolvimento, 12(10), 104-120.
Meneghel, S. N., & Andrade, D. P. (2019). Conversas entre mulheres durante o exame citopatológico. Saúde Soc. 28(2), 174-186.
Moreira, A. S., & Andrade, E. G. S. (2018). A importância do exame papanicolau na saúde da mulher. Revista de Iniciação Científica e Extensão, 1(3), 67-71.
Ribeiro, T. A., & Cardoso, A. L. (2019). Resistência da mulher na coleta do papanicolau. Rev. UNINGÁ, 56(2), 107-11.
Rodrigues, L. G. L., Silva, L. K. L., Costa, M. C. R., Damascena, V. C., Pereira, R. R., et al. (2021) A importância do enfermeiro no cuidado à saúde da mulher: reflexões teóricas. Debates interdisciplinares em saúde. Recuperado de https://www.periodicojs.com.br/index.php/easn/article/view/251/150
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Alessandra Seghetto Hilario ; Paula Michele Lohmann; Eliane Lavall; Aline Patricia Brietzke
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.