Pesquisa de Staphylococcus aureus e Pseudomonas aeruginosa em estetoscópios e aparelhos celulares de profissionais da saúde em um hospital privado de Anápolis - Goiás e seu perfil de sensibilidade aos antimicrobianos
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v12i10.41387Palavras-chave:
Infecção hospitalar; Profissionais de saúde; Telefone celular; Biossegurança.Resumo
As infeções nosocomiais são complicações de extrema relevância de origem hospitalar que têm impacto na saúde do paciente, o que compromete também na segurança assistencial do ambiente hospitalar. Desse modo, o presente estudo visa identificar as bactérias Staphylococcus aureus e Pseudomonas aeruginosa nas amostras coletadas de fômites, celulares e estetoscópicos de profissionais da saúde em hospital privado de Anápolis. Trata-se de uma pesquisa quali-quantitativa, de campo, exploratória, com delineamento transversal. Esta pesquisa utilizou-se de 50 amostras de celulares e estetoscópios de profissionais de saúde. Foram avaliadas 50 amostras, sendo: 29 celulares e 21 estetoscópios. Obteve-se a contaminação de 93,10% dos celulares e 95,23% dos estetoscópios. Quanto ao crescimento em meio de Ágar Manitol, indicativo de bactérias Staphylococcus spp., constatou-se crescimento de colônias bacterianas em 89,65% de celulares e 95,23% de estetoscópios. Em meio de Ágar MacConkey, ideal para bacilos gram-negativos, verificou-se crescimento de colônias bacterianas em 31% de celulares e 23,8% de estetoscópios. Em relação a frequência de higienização, percebe-se a prevalência da ação diariamente tanto nos celulares como também nos estetoscópios, com 34,4% e 76%, respectivamente. O álcool foi o método mais utilizado para a higienização dos celulares e dos estetoscópios, com 65,5% e 85%, respectivamente. Em relação à importância atribuída à higienização de celulares, obteve-se 31% de respostas sendo considerado muito importante. Já nos estetoscópios, há predominância em alta importância com 80,9%. O presente estudo foi de suma importância, pois houve uma taxa considerada de contaminação em celulares e estetoscópios de profissionais da saúde.
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