Determinação do número de carrapatos em fase de vida livre no semiárido da Paraíba, Bioma Caatinga, Nordeste do Brasil
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v12i5.41435Palavras-chave:
Cão; Ectoparasitos; Saúde pública.Resumo
Os carrapatos são vetores que possuem distribuição cosmopolita e ampla diversidade de hospedeiros, as doenças transmissíveis são um dos principais problemas de saúde pública no Brasil e no mundo. Objetivo: determinar a prevalência de carrapatos de vida livre na região semiárida da Paraíba, Nordeste do Brasil. Material e método: Os carrapatos foram coletados semanalmente, no período de junho a dezembro de 2019, por meio de inspeção visual e arraste de flanela branca. Resultado: No total, foram coletados 5.235 carrapatos. Na área 1, 530 machos, 274 fêmeas das quais 64 estavam ingurgitadas, 280 ninfas e 382 larvas. Na área 2, 1603 machos, 2080 fêmeas das quais 1007 estavam ingurgitadas e 86 ninfas. Todos os espécimes coletados eram da espécie Riphicephalus sanguineus. Os meses com maior número de carrapatos coletados foram outubro e novembro, nas duas áreas estudadas. Os métodos de coleta apresentaram diferença estatística (P < 0,001) em relação ao número de carrapatos coletados no período de seis meses. Os estádios de ninfa e fêmea da área 1 apresentaram correlação positiva com a temperatura máxima e mínima. Conclusão: R. sanguineus foi a única espécie de ixodídeo encontrada nas áreas estudadas. As diferentes características das áreas de coleta demonstram a capacidade dessa espécie de se manter a cada geração, dando continuidade ao seu ciclo biológico. Estudos adicionais de correlação entre ambiente, parasito e hospedeiro são de extrema importância para obtenção de dados sobre a dinâmica de infestação e transmissão dos hemoparasitos transmitidos por esses carrapatos.
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