Autoimagem e sexualidade após a mastectomia: revisão de escopo
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v12i5.41445Palavras-chave:
Mastectomia; Autoimagem; Sexualidade e enfermagem.Resumo
Introdução: No Brasil, o câncer de mama está em primeiro lugar em mortalidade por neoplasias entre as mulheres. No ano de 2021 foram diagnosticados 66.280 novos casos de câncer de mama no país. No estado do Rio Grande do Sul foram contabilizados 4.050 novos casos, com o maior índice de casos comparado aos outros estados do sul do país, conforme dados do Instituto Nacional de Câncer deste ano. Objetivos: Os objetivos deste estudo foram examinar e mapear as evidências científicas sobre a autoimagem e sexualidade nas mulheres após o procedimento de mastectomia. Métodos: O estudo foi delineado como uma revisão de escopo proposto pelo Instituto Jonna Briggs (JBI), onde buscou-se mapear os principais conceitos que apoiam esta área de conhecimento, examinar a extensão, alcance e natureza da investigação, sumarizar e divulgar os dados da investigação e identificar as lacunas de pesquisas existentes Resultados: Foram incluídos 11 estudos, publicados nos últimos cinco anos, que envolvessem como participantes, mulheres que tiveram câncer de mama e se submeteram ao tratamento de mastectomia. Os contextos de interesse foram relacionados ao câncer de mama, tratamento de mastectomia e repercussões sobre a sexualidade e imagem corporal das mulheres. A busca foi realizada nas bases de dados, limitando-se aos artigos publicados em português nas bases de dados Scientific Electronic Library (SCIELO), e no Portal de Periódicos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). Conclusões: Conclui-se que a perda da mama devido a mastectomia, provoca sentimentos prejudiciais à saúde mental e diminuição da autoestima, além de prejudicar a vida sexual da mulher. Reforça-se o papel fundamental da equipe de enfermagem no acolhimento e apoio às mulheres mastectomizadas.
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