Avaliação da influência do frênulo lingual posterior no aleitamento materno: ensaio clínico
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v12i5.41771Palavras-chave:
Freio lingual; Anquiloglossia; Lactente; Aleitamento materno.Resumo
Objetivo: Avaliar a influência do frênulo lingual posterior no aleitamento materno de bebês. Método: Tratar-se de um estudo longitudinal, de abordagem quali-quantitativa, descritiva e analítica do tipo ensaio clínico com fonte de dados primários. A população estudada foi composta pelas díades mãe-bebê saudáveis, de ambos os sexos, assistidos no Centro de Especialidades Odontológicas do Instituto de Medicina Integral Prof. Fernando Figueira (IMIP), Recife, Pernambuco, durante o período de setembro a novembro de 2022. A coleta de dados ocorreu a partir da avaliação do frênulo lingual dos bebês, bem como de entrevista com as mães. Os bebês foram divididos em dois grupos para fins comparativos, sendo eles o grupo de bebês de frênulo lingual posterior tipo III de Coryllos (GIII) e o grupo de bebês de frênulo lingual posterior tipo IV de Coryllos (GIV). Resultados: O frênulo posterior tipo III de Coryllos foi encontrado em 65,2% dos bebês, enquanto o tipo IV, em 34,8%. Desses, 56,5% estavam em amamentação exclusiva na primeira consulta e na segunda consulta houve um aumento para 73,9%. A prevalência das mães que receberam orientações sobre a importância do aleitamento materno durante a gestação foi 52,2%. Conclusão: Ambos os grupos de bebês com frênulo lingual posterior (GIII e GIV) apresentaram dificuldades no aleitamento, sendo mais prevalentes a dificuldade de pega e dor mamária durante a amamentação. Após a consulta inicial, diante da exposição a orientações, bem como ao procedimento cirúrgico da frenotomia lingual, houve melhora no quadro geral do aleitamento em quase totalidade dos casos.
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