Perfil epidemiológico e etiológico das causas de internamento por meningite em Cascavel-PR de 2017 a 2021
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v12i6.41909Palavras-chave:
Meningite; Perfil epidemiológico; Epidemiologia.Resumo
Sendo a meningite um agravo de notificação compulsória e relevância epidemiológica por sua capacidade infectante, é importante traçar um perfil epidemiológico local para entender etiologias mais prevalentes e população de risco. Objetivo: Foi avaliado o perfil epidemiológico dos residentes em Cascavel-PR acometidos por meningite no período de 2017 a 2021, obtendo os dados: idade, sexo, raça, doenças antecedentes, histórico de contato, etiologia, manifestações clínicas, aspecto do líquor, critério de confirmação e desfecho. Foram comparadas essas variáveis entre si e com dados nacionais a fim de estabelecer um panorama local da doença capaz de orientar ações de saúde. Métodos: O estudo abrangeu os pacientes residentes de Cascavel-PR com diagnóstico de meningite confirmado. Os dados foram colhidos de secundariamente através do SINAN, junto à Vigilância Epidemiológica. Resultados: Dos 247 pacientes, 59,92% eram do sexo masculino e 40,08% do sexo feminino. A raça mais acometida foi a branca. A faixa etária de 1 a 19 anos foi a mais atingida. A etiologia mais prevalente foi meningite viral (51,42%), seguida de meningite por outras bactérias. Os métodos de confirmação mais utilizados foram quimiocitológico do líquor e em segundo o PCR. A maioria dos pacientes não relataram contato com infectados. Conclusão: O presente estudo encontrou características semelhantes aos estudos nacionais em relação a sexo e idade. Concluiu que as etiologias mais encontradas em Cascavel-PR foram condizentes com achados nacionais. Ainda reafirmou a importância de empregar métodos adequados de diagnóstico para evitar subnotificação e aumentar o direcionamento do tratamento, evitando gastos em terapia inadequada.
Referências
Aguiar, T. S. et al. (2022). Perfil epidemiológico da meningite no Brasil, com base nos dados provenientes do DataSUS nos anos de 2020 e 2021. Research, Society And Development, 3(11), e50811327016. https://doi.org/10.33448/rsd-v11i3.27016
Branco, R. G., Amoretti, C. F., & Tasker, R. C. (2007). Meningococcal disease and meningitis. Jornal de Pediatria, 83(7), 46–53. https://doi.org/10.2223/jped.1612.
Brito, C. V. B., Brito, C. V. B., & Neto, O. S. M. (2022). Impacto da COVID-19 em doenças de notificação compulsória no Norte do Brasil. Rev. Bras. Promoç. Saúde (Impr.), 1–11. https://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/biblio-1369156
Cruz, J. V. N. S., Nascimento, M. dos S., Oliveira, T. A. M. de A., Nunes, I. R. S., Souza, L. G. de, & Filho, A. de S. A. (2020). Perfil Epidemiológico das Meningites virais no Estado da Bahia entre 2007 e 2018. Revista Brasileira de Neurologia E Psiquiatria, 24(1), 18-29. https://www.revneuropsiq.com.br/rbnp/article/view/590.
Damiani, D., Furlan, M. C., & Damiani, D. (2012). Meningite asséptica. Rev. Soc. Bras. Clín. Méd. 10(1), 46-50. https://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/lil-6120109
Estrela, C. (2028). Metodologia Científica- Ciência, ensino e pesquisa. (3a ed).Artes Médicas.
Macedo, A. M. de., Nicoletti, G. P., Santos, E. C G dos., (2021). Meningite: Breve análise sobre o perfil epidemiológico no Brasil-Br, nos anos de 2018 e 2019. International Journal of Development Research (IJDR).1(11). 43751-43756. Journalijdr.com. http://www.journalijdr.com/meningite-breve-an%C3%A1lise-sobre-o-perfil-epidemiol%C3%B3gico-no-brasil-br-nos-anos-de-2018-e-2019
Nascimento, K. A. do, Miranzi, S. de S. C., & Scatena, L. M. (2012). Epidemiological profile of meningococcal disease in the State of Minas Gerais and in the Central, North, and Triângulo Mineiro regions, Brazil, during 2000-2009. Revista Da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, 45(3), 334–339. https://doi.org/10.1590/s0037-
Paim, A. C. B., Gregio, M. M., & Garcia, S. P. (2019). Perfil Epidemiológico da Meningite no Estado de Santa Catarina no Período de 2008 a 2018. Arquivos Catarinenses de Medicina, 48(4), 111–125. https://revista.acm.org.br/index.php/arquivos/article/view/577
IPARDES. (2023). Caderno estatístico município de Cascavel. Cascavel-PR. http://www.ipardes.gov.br/cadernos/MontaCadPdf1.php?Municipio=85800
Pereira, A. S., Shitsuka, D. M., Parreira, F. J., & Shitsuka, R. (2028). Metodologia da Pesquisa Científica. UFSM.
Putz, K., Hayani, K., & Zar, F. A. (2013). Meningitis. Primary Care: Clinics in Office Practice, 40(3), 707–726. https://doi.org/10.1016/j.pop.2013.06.001
Rodrigues, E. de M. B. (2015). Meningite: perfil epidemiológico da doença no Brasil nos anos de 2007 a 2013. Repositorio.uniceub.br. https://repositorio.uniceub.br/jspui/handle/235/6853?mode=full
Rogerio, L. P. W., Camargo, R. P. M., Menegali, T. T., & Silva, R. M. da. (2011). Perfil epidemiológico das meningites no sul de Santa Catarina entre 1994 e 2009. Rev. Soc. Bras. Clín. Méd., 9(3), 200-203. https://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/lil-588519?src=similardocs
Roos, K. L. (2000). Acute Bacterial Meningitis. Seminars in Neurology, 3(20), 293–306. https://doi.org/10.1055/s-2000-9393
Salgado, M. M., Gonçalves, M. G., Fukasawa, L. O., Higa, F. T., Paulino, J. T., & Sacchi, C. T. (2013). Evolution of bacterial meningitis diagnosis in São Paulo State-Brazil and future challenges. Arquivos de Neuro-Psiquiatria, 71, 672–676. https://doi.org/10.1590/0004-282X20130148
Salomão, R. (2017). Infectologia, Bases Clínicas e Tratamento. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan.
Shimabukuro, S. N., Fernandes, L. S., Neto, J. Z., Nakahara, K. R., & Cavalli, L. O. (2019). Situação epidemiológica da Meningite em município da região Sul do Brasil com foco na etiologia mais comum. Fag Journal of Health (FJH), 1(4), 38–43. https://doi.org/10.35984/fjh.v1i4.116
Signorati, M., & Signorati, A. (2021). Características epidemiológicas da Meningite na 7a Regional de Saúde do Estado do Paraná, no período de 2010-2019. Research, Society and Development, 10(9), e29710918145. https://doi.org/10.33448/rsd-v10i9.18145
Silva, A. F. T. da, Valente, F. de S., Sousa, L. D. de, Cardoso, P. N. M., Silva, M. A. da, & Santos, D. R. dos. (2021). Estudo epidemiológico sobre meningite bacteriana no Brasil no período entre 2009 a 2018. Revista de Medicina, 100(3), 220–228. https://doi.org/10.11606/issn.1679-9836.v100i3p220-228
Silva, H. C. G., & Mezzaroba, N. (2018). Meningite no Brasil em 2015: O panorama da atualidade. Arquivos Catarinenses de Medicina, 47(1), 34–46. https://revista.acm.org.br/index.php/arquivos/article/view/227
Silva, I. F. da, Mendes, A. L. R., Carvalho, G. D., Melo, S. M., & Carvalho, R. M. de A. (2022). Perfil epidemiológico dos pacientes com meningite no Estado do Piauí. Research, Society and Development, 11(4), e23411427247. https://doi.org/10.33448/rsd-v11i4.27247
Takemura, N. S., & Andrade, S. M. de. (2001). Meningite por Haemophilus influenzae tipo b em cidades do estado do Paraná, Brasil. Jornal de Pediatria, 77(5), 387–392. https://doi.org/10.1590/s0021-75572001000500009
Teixeira, A. B., Cavalcante, J. C. do V., Moreno, Í. C., Soares, I. de A., & Holanda, F. O. de A. (2019). Meningite bacteriana: uma atualização. Rev. Bras. Anal. Clin, 50(4), 327–329.
Junior, J. de D. T., Quaresma, M. P., Teixeira, R. A. V., & Pinto, L. C. (2020). Retrato da epidemiologia da meningite no Estado do Pará entre 2015 e 2018/Portrait of the epidemiology of meningitis in the State of Pará between 2015 and 2018. Brazilian Journal of Health Review, 3(4), 10755–10770. https://doi.org/10.34119/bjhrv3n4-334
Veronesi, R., Focaccia, R., & Al, E. (2009). Tratado de infectologia. Atheneu.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Juliana Lopes Pereira; Marcelo Rodrigo Caporal; Felipy de Almeida Machado; Letícia Novak Gava
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.