Propagação vegetativa por miniestacas de Castanha-do-Brasil “Bertholletia excelsa Bonpl” com auxílio de mixes de rizobactérias
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v12i6.41947Palavras-chave:
Prospecção; Inoculação; Castanha-do-Brasil.Resumo
O objetivo deste trabalho foi analisar a propagação vegetativa de Bertholletia excelsa através da técnica de miniestaquia, com auxílio de mixes de rizobactérias. A metodologia utilizada, se deu a partir da coleta de raízes da B. excelsa, destas foram bioprospectadas rizobactérias. Delas formamos os mixes, para inoculação de miniestacas nos plantios em tubetes contendo substrato comercial, depois de 90 dias foram desenterradas para se levantar os dados. O experimento foi conduzido em delineamento inteiramente casualizado, constituído de 6 tratamentos (5 mixes e testemunhas) com 6 repetições, sendo 1 miniestaca para cada repetição. Os dados foram disponibilizados em tabela no excel. As variáveis analisadas foram: sobrevivência, formação de calos, formação e comprimento das raízes das miniestacas. De acordo com o MINITAB, a sobrevivência das miniestacas tratadas com rizobactérias x testemunhas apresentaram diferença significativa pelo teste de KRUSKAL-WALLIS (p-0,01), nas outras variáveis não houve variação significativa. O mix MAO5PB, constituído pelos bacilos MAOPB12A, 12K, 12L, 12J e 12C, através de análise qualitativa, foi selecionado como o mais produtivo e as 5 bactérias que o constituem foram identificadas molecularmente: PB12A como Bacillus wiedmannii; 12K como B. paramycoides; 12L como Lysinibacillus fusiformis; 12J como B. paramycoides e 12C como Lysinibacillus fusiformis. Este trabalho permite afirmar que é possível propagar B. Excelsa através da técnica de miniestaquia auxiliada por rizobactérias e contribuir para diminuir a pressão na floresta, com a recuperação de áreas degradas, aumentar a produção comercial e favorecer os pequenos produtores na cadeia de produção de madeira e castanha da B. Excelsa.
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