O percurso da bocha paralímpica brasileira: dos Jogos de Mar Del Plata aos Jogos Paralímpicos do Rio de Janeiro
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i7.4199Palavras-chave:
História do esporte; Bocha Paralímpica; Paralisia Cerebral.Resumo
O estudo aponta o surgimento da bocha paralímpica brasileira. A modalidade representa o grande cenário para os atletas com paralisia cerebral e outras deficiências severas. As ousadias do professor Ivaldo Brandão permitiram o surgimento de uma modalidade extremamente vitoriosa. Tem como objetivo investigar o percurso da bocha paralímpica brasileira a partir do I Jogos realizado em Mar Del Plata, na Argentina em 1995 aos Jogos Paralímpicos Rio de Janeiro 2016. Utilizou-se o referencial teórico-metodológico da História Oral com apoio teórico do conceito de acontecimento, embasando-se na análise de fonte oral, que foram relacionadas com os resultados encontrados na revisão bibliográfica. Apesar de ser uma modalidade bastante vitoriosa na atualidade, o caminho percorrido pela bocha paralímpica foi marcado pelo descredito nos esportes para a pessoa com paralisia cerebral, pelas dificuldades de participação em competições internacionais, pela falta de equipamentos específicos e os poucos recursos destinados ao esporte para pessoas com deficiência no país. Sua memória evidencia muito mais que uma caminho trilhado por uma modalidade, medalhas e competições, já que registra parte da história do movimento paralímpico brasileiro. Dessa maneira, consideramos que a bocha paralímpica brasileira criou um grande legado, revelado neste trabalho. Espera-se, por meio deste recorte histórico, contribuir com a pesquisa do esporte paralímpico, preservando a memória dos esportes para a pessoa com Paralisia Cerebral, principalmente a bocha paralímpica.
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