A ozonioterapia na harmonização orofacial
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v12i6.42023Palavras-chave:
Ozônio; Rejuvenescimento; Face.Resumo
A molécula de ozônio (O3) foi descoberta na metado do século XIX pelo químico alemão Christian Friederich Schönbein, e teve larga aplicação no campo da saúde, principalmente pela sua característica antimicrobiana e outras associadas à multiplicação celular. Durante os últimos 150 anos, o O3 tem sido largamente aplicado para tratar infecções em ferimentos, além de tratar coadjuvantemente mais de 100 tipos de patologias diferentes. Essa revisão narrativa da literatura tem como objetivo fornecer um documento para orientar o especialista quanto às possíveis indicações da ozônioterapia como coadjuvante na harmonização orofacial (HOF). Uma das formas mais utilizadas do O3 na HOF é em sua forma de óleo, gás ou aplicação intradérmica. O óleo tem sido ainda usado, com sucesso, nas formulações de cosméticos, produzindo produtos inovadores, com propriedades mais atrativas, pois garante um aroma natural e facilita a penetração de ingredientes ativos nas partes mais profundas da pele, aumentando o efeito de hidratação e ainda mais, protegendo os cosméticos de contaminação microbiana. Concluiu-se com essa pesquisa, que apesar do recente uso e entendimento dos mecanismos da técnica de ozônioterapia como complementar no tratamento de diversas condições patológicas ou estéticas que se apresentam na clínica do especialista em HOF, o conhecimento aprofundado do cirurgião-dentista deve ser condição necessária para a indicação da técnica, forma de aplicação e entendimento das contraindicações para evitar iatrogenias, e por fim, melhorar a qualidade de vida do paciente.
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