Alimentação rica em melatonina e triptofano no combate a insônia: uma revisão
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v12i6.42103Palavras-chave:
Melatonina; Triptofano; Insônia; Medicamentos ansiolíticos.Resumo
A população mundial cresce a cada dia e dados da OMS revelam que cerca de 45% da população sofre com insônia e segundo a Fiocruz cerca de 45% população brasileira também sofre com esse mal. A insônia pode variar de acordo com severidade, frequência e duração, interferindo diretamente na qualidade do sono. A melatonina é um hormônio produzido na glândula pineal, tendo sua biossíntese o aminoácido triptofano. A melatonina vem sendo muito usada no combate a insônia, juntamente com seu percursor, o triptofano. Comumente, são usados medicamentos ansiolíticos para o combate a insônia, como Alprazolan, Diazepam, Clonazepam e Bromazepam. Porém seu uso indevido pode trazer várias complicações e prejuízos para a saúde. Atualmente, vem se buscando estudar se caso seja praticada uma alimentação rica em melatonina e triptofano, ela possa ajudar a melhorar a qualidade de sono. Alguns alimentos tem boas quantidades de triptofano em sua composição, como Salmão (3,7 ng/g), nozes (3,5 ng/g) e suco de laranja (3,15 ng/g). O objetivo deste trabalho foi realizar uma revisão bibliográfica, reunindo trabalhos que abordam os temas de insônia, qualidade do sono, melatonina, triptofano, o uso de medicamentos ansiolíticos e a relação do consumo de alimentos com ricos em melatonina e triptofano, visando melhorar a qualidade do sono. Os bancos de dados da internet como Google Acadêmico, Scielo, Periódicos CAPES e Pubmed e foram analisadas publicações durante 23 anos. Diante do exposto, sugere-se a possibilidade de se utilizar no dia-a-dia alimentos ricos em melatonina e triptofano, para que com sua liberação o corpo possa sofrer os devidos benefícios destes compostos, principalmente na depressão, humor, ansiedade, qualidade do sono, controle da insônia, entre outros. Porém alguns estudos entram em contradição, desta forma sendo recomendado a realização de novas pesquisas, com várias fatias da população, seja de faixa etária, ideologia de gênero, classes sociais, classes de trabalho, para os resultados serem o mais contundentes e representativos possíveis.
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