Incidência de desfechos negativos relativos ao não tratamento do parceiro sexual em sífilis congênita no estado do Paraná
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v12i6.42176Palavras-chave:
Sífilis; Congênita; Tratamento; Parceiro.Resumo
A Sífilis é uma doença de transmissão predominantemente sexual que possui como etiologia o Treponema pallidum, uma bactéria capaz de disseminar-se pela corrente sanguínea, favorecendo o que chamamos de transmissão vertical ou infecção transplacentária em mulheres gestantes que estejam infectadas. A transmissão da bactéria de uma gestante para seu bebê pode ocorrer em qualquer fase da gestação e em qualquer estágio da doença, sendo possível até mesmo a ocorrência de transmissão direta no canal do parto – pelo contato do recém-nascido com as lesões da vagina da mãe caso essa as possua. A título de notificação compulsória classifica-se, pelo Ministério da Saúde (MS), em: sífilis adquirida, sífilis congênita (SC) e sífilis gestacional, sendo a SC de maior destaque devido ao grande número de casos em que desencadeia desfechos graves para a gestação e para a criança. Entretanto, para prevenção destes desfechos indesejados faz-se necessário o rastreio precoce da sífilis adquirida e/ou gestacional. Além disso, é necessário garantir que os parceiros sexuais recebam diagnóstico e tratamento adequados, uma vez que a transmissão horizontal (entre parceiros sexuais) é uma causa importante de reinfecção na gestante previamente tratada adequadamente. Objetivou-se mensurar a incidência de desfechos negativos relativos ao não tratamento da parceria sexual em casos de sífilis congênita no estado do Paraná. Ao final concluiu-se que o não tratamento do parceiro sexual acarreta em um maior risco de vida para o RN que seja diagnosticado com sífilis congênita.
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