O uso da toxina botulínica como coadjuvante no tratamento do bruxismo
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v12i6.42200Palavras-chave:
Toxinas Botulínicas Tipo A; Bruxismo; Face.Resumo
O bruxismo é um distúrbio caracterizado pelo apertamento ou ranger dos dentes, que ocorre tanto durante o sono quanto em vigília. O estresse e fatores emocionais são considerados principais desencadeadores, juntamente com distúrbios do sono, uso de medicamentos e presença de dor. O diagnóstico do bruxismo envolve a anamnese e a análise clínica, como dor nos músculos mastigatórios e na articulação temporomandibular (ATM). Os principais sintomas relatados pelos pacientes são dor na ATM, dificuldade na mastigação e limitação na abertura da boca. O tratamento do bruxismo pode incluir o uso de placas miorrelaxantes, que ajudam a reduzir o apertamento e o ranger dos dentes, e a aplicação de toxina botulínica (TXB), que promove o relaxamento dos músculos. No entanto, é importante destacar que o bruxismo é um distúrbio multifatorial e a abordagem terapêutica deve considerar todos os aspectos envolvidos. Além disso, a eficácia e segurança do uso da TXB no tratamento do bruxismo ainda são temas de debate, e mais pesquisas são necessárias para embasar sua recomendação. É fundamental que os profissionais atuem de forma ética e responsável, levando em consideração os aspectos físicos, psicológicos e sociais do paciente, e oferecendo alternativas terapêuticas baseadas em evidências científicas robustas. A utilização da TXB como tratamento coadjuvante do bruxismo na harmonização orofacial (HOF) pode ser promissora, mas é necessário abordar as questões críticas mencionadas. Dessa forma, o objetivo desse artigo é realizar, através de uma revisão narrativa da literatura, a utilização coadjuvante da TXB tipo A para o controle do bruxismo.
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