Assistência pré-natal e complicações obstétricas em um Centro de Saúde da Família em Goiânia, Goiás
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v12i6.42269Palavras-chave:
Cuidado pré-natal; Complicações na gravidez; Gestação; Saúde da mulher.Resumo
O objetivo desse estudo foi avaliar o perfil sociodemográfico e a qualidade da assistência pré-natal oferecida a gestantes atendidas em um Centro de Saúde da Família e verificar a associação entre a realização de pré-natal adequado com possíveis complicações na gravidez. É um estudo transversal realizado no serviço de pré-natal do SUS na cidade de Goiânia, Goiás de Janeiro de 2021 a Julho de 2022. Os dados foram coletados a partir de prontuários eletrônicos de Fevereiro de 2022 a Julho de 2022. As variáveis foram sociodemográficas, relacionadas à cobertura e qualidade do pré-natal e à gestação e ao histórico de saúde da gestante. Foi aplicado o teste do x² para avaliar associação entre complicações obstétricas e demais variáveis. Foram analisados 157 prontuários. A maioria das gestantes tinha 21-34 anos (62,4%), ensino médio completo (47,1%) e era casada (39,5%). Apenas 38,9% das gestantes realizaram ≥ 6 consultas. 75,8% realizaram a primeira consulta no primeiro trimestre. 45,1% realizaram no mínimo duas Ultrassonografias. Apenas 24,8% realizaram duas fases do Teste da Mamãe. Menos da metade teve acesso ao pré-natal adequado ou mais que adequado (38,9%). Em relação as complicações obstétricas, 58,6% das gestantes as apresentaram, sendo infecção do trato urinário (29,9%) a principal. Teve associação entre complicações e a não realização da consulta no primeiro trimestre (p=0,0482), além da realização de nenhum, ou só um Teste da Mamãe (p=0,0463). Todas as gestantes com histórico de ISTs também apresentaram complicações (p=0,0172). Assim, melhorias precisam ser feitas para que o pré-natal cumpra seu papel protetor.
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