Óbito infantil por anemia nutricional no Brasil entre os anos de 2008 e 2020: um estudo epidemiológico
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v12i6.42284Palavras-chave:
Anemias nutricionais; Fatores socioeconômicos; Mortalidade infantil; Saúde da criança.Resumo
A anemia caracteriza-se pela baixa taxa de hemoglobina no sangue. Em crianças, esta patologia constitui grave problema, uma vez que é prejudicial para o desenvolvimento do organismo infantil e por vezes ocasionando o óbito. Desse modo, este trabalho tem por objetivo descrever o perfil epidemiológico de óbitos infantis por anemias nutricionais entre regiões brasileiras no período de 2008 e 2020. Para tanto, trata-se de um estudo ecológico, de caráter transversal, retrospectivo, descritivo e quantitativo, a partir de dados secundários do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde, seguindo as variáveis: região, período, local de ocorrência, faixa etária, sexo, etnia/raça, idade da mãe, escolaridade, duração da gestação, tipo de gravidez, tipo de parto e peso ao nascer. No qual a pesquisa identificou o nordeste com maior taxa de óbitos (53%), seguido da região Norte (27%), Sudeste (9,2%), Centro-Oeste (5,8%) e Sul (3,3%), representando uma grande disparidade entre as regiões. Os fatores que provocam tal disparidade estão intimamente ligados às condições socioeconômicas que os indivíduos se encontram. Assim, é fundamental que se combata as desigualdades socioeconômicas, promovendo o acesso igualitário aos serviços de saúde para o combate à mortalidade infantil por meio do diagnóstico precoce. Tornando, assim, a mortalidade infantil por anemia nutricional menos incidente.
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