Fixação interna rígida após exérese de cisto odontogênico em mandíbula
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v12i6.42285Palavras-chave:
Cisto dentígero; Odontologia; Saúde bucal.Resumo
O cisto Dentígero é uma alteração originada pela separação do folículo pericoronário de quaisquer elementos dentários não erupcionados, sendo o tipo mais comum dos cistos odontogênicos de desenvolvimento. Estes cistos podem adquirir um volume considerável resultando em assimetria facial, podendo ser sépticos ou não. Radiograficamente os cistos dentígeros são de aspecto radiolúcido unilocular com margens bem definidas associado a coroa do elemento incluso, podendo dar a impressão de aspectos multiloculares em cistos grandes. O cisto dentígero possui 3 variações radiográficas: Central (mais comum) Lateral e Circunferencial. Seu tratamento varia desde a enucleação até a marsupialização, com prognóstico excelente para a grande maioria esmagadora dos cistos e com recidiva rara, entretanto pode sofrer uma transformação neoplásica para um ameloblastoma. O objetivo deste trabalho é apresentar um relato de caso de enucleação de um cisto dentígero em mandíbula, de grande extensão, em região posterior do lado esquerdo, associado ao dente 38, com necessidade de fixação interna rígida após a remoção da lesão, em um paciente do sexo masculino com 59 anos e leucoderma, mostrando suas propriedades clínicas, imaginológicas e histopatológicas e sua forma de tratamento. Conclui-se que a excisão cirúrgica do cisto dentígero é a principal escolha de tratamento e, associada à fixação interna rígida, quando indicada, resulta em um melhor prognóstico ao paciente.
Referências
Austin, R. P., Nelson, B. L. et al (2021). Sine Qua Non: Dentigerous Cyst. Head and Neck Pathol 15, 1261–1264. https://.org/10.1007/s12105-021-01327-3
Bertolo-Domingues, N., Girotto-Bussaneli, D., Jeremias, F., Aparecida-Giro, E. M., & Aguiar-Pansani, C. et al (2018). Diagnóstico e tratamento conservador em cisto dentígero: acompanhamento de 3 anos. CES Odontología, 31(1), 57-65. https://.org/10.21615/cesodon.31.1.6.
Cakarer, S., Selvi F., Isler S. C. & Keskin C. (2011). Decompression, enucleation, and implant placement in the management of large dentogerous cyst. J Craniofac Surg. 22(3):922-4. 10.1097/SCS.0b013e31820fe233.
Chouchene, F., Ameur, W. B., Hamdi, H., Bouenba, M., Masmoudi, F., Baaziz, A., Maatouk, F., & Ghedira, H. (2021). Conservative Approach of a Dentigerous Cyst. Case reports in dentistry, 2(45), 22-8. 10.1155/2021/5514923.
Contar C. M. M., Thomé, C. A., Pompermayer, A., Sarot J. R., Vinagre, R. O., Machado, M. A. N. (2011). Marsupialization of dentigerous cyst: Report of a case. J Maxillofac Oral Surg, 26(3), 1-3. 10.1007/s12663-011-0172-6
Lima, V. N., Figueiredo, C. M. B. F., Momesso, G. A. C., Queiroz, S. B. F. & Faverani, L. P. (2017). Fratura mandibular associada à remoção de terceiro molar inferior: revisão de literatura. Arch Health Invest, 6(9):414-417. http://dx..org/10.21270/archi.v6i9.2227.
Martorelli, S. B. D. F., Leite, C. L. C. D., Leite, D. S. G., Barbosa, M. R., & Holanda, L. A. L. D. (2021). Volumoso cisto dentígero de mandíbula tratado em duas etapas cirurgicas-relato de caso. Odontoestomatología, 23(37). https://.org/10.22592/ode2021n37a11.
Neville, B.W., Damm, D. D., Allen, C. M., & Bouquot, J. E. (2016). Patologia oral e maxilofacial. (4a ed.) Elsevier.
Önay, Ö., Süslü, A. E., & Yılmaz T. (2019). Huge dentigerous cyst in the maxillary sinus: a rare case in childhood.Turk Arch Otorhinolaryngol, 57(1), 54-56. 10.5152/tao.2019.1920.
Pereira, A.S., Shitsuka, D. M., Parreira, F. J. & Shitsuka, R. (2018). Metodologia da pesquisa científica. UFSM.https://repositorio.ufsm.br/bitstream/handle/1/15824/LicComputacao_MetodologiaPesquisa-Cientifica.pdf?sequence=1
Rajae, E. G., Karima, E. H. (2021). Dentigerous cyst: enucleation or marsupialization? (a case report). Pan African Medical Journal, 40(149). https://www.panafrican-med-journal.com/content/article/40/149/full.
Salama, A. A., & Abou-ElFetouh, A. (2020). Marsupialization and functional obturator placement for treatment of dentigerous cyst in child: A successful blend. Oral and Maxillofacial Surgery Cases, 2(34) 19-23. 10.1016/j.omsc.2020.100200
Silva, M. P., Zenatti, R., Conci, R., Junior, E. Á. G., Magro, N. E., & Griza, G. L. (2021). Enucleação de extenso cisto dentígero em ambiente ambulatorial: relato de caso. Brazilian Journal of Health Review, 4(3), 10606-10619. https://.org/10.34119/bjhrv4n3-081
Silva, I. D., Lobo, F., Silva, B. G., Souza Tolentino, E., Iwaki, L. C. V., & da Silva, M. C. (2020). Cistos odontogênicos inflamatórios e de desenvolvimento: estudo observacional e retrospectivo de 23 anos. Revista da Faculdade de Odontologia de Porto Alegre, 61(1), 4. http://orcid.org/0000-0002-8322-9235
Soares, R. P., Stefanini, A. R., Fabris, A. L. S., Bortoluzo, P. H., & Simonato, L. E. (2019). Cisto dentígero: diagnóstico e tratamento. Arch Health Invest, 7(11):461-464. https://.org/10.21270/archi.v7i11.3034.
Stringhini J. E., Galvani E. C., Zenatti R., Stang B. & Becker G. A. (2018). Opções cirúrgicas para tratamento de cisto dentígero: série de casos. Rev Assoc Paul Cir Dent, 72(4), 624-30.
Swantek J. J., Reyes M. I., Grannum R. I. & Ogle O. E. (2012). A technique for long term decompression of large mandibular cysts. J Oral Maxillofac Surg, 70, 856-859. 10.1016/j.joms.2011.03.029
Thompson L.D. (2018). Dentigerous cyst. Ear Nose Throat J, 97(3):57. 10.1177/014556131809700317
Vaz, L. G. M., Rodrigues, M. T. V., & Júnior, O. F. (2010). Cisto dentígero: características clínicas,radiográficas e critérios para o plano de tratamento. Rgo, Porto Alegre, 1(58), 127-130.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Gustavo Paiva Custódio; Cesar Feitoza Bassi Costa ; Hugo Figueiredo Carvalho; Pedro de Alcantara Torquette D’Dalarponio; Luana Pavoski; Damiana Karnikowski; Rafaela de Oliveira Conceição ; Alex de Sousa Libarino; Mylena Souza Clemente; Marcelo de Carvalho Almeida; Gabriel Vieira Dias
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.