Mortalidade por Linfoma de Hodgkin na região nordeste do Brasil nos anos de 2011-2020
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v12i6.42313Palavras-chave:
Doença de Hodgkin; Epidemiologia; Linfoma; Mortalidade.Resumo
Objetivos: Analisar a mortalidade por Linfoma de Hodgkin na região Nordeste do Brasil, durante os anos de 2011 a 2020. Métodos: Trata-se de um estudo epidemiológico, retrospectivo com abordagem quantitativa, cujos dados foram coletados pelo site do Departamento de informática do SUS (DATASUS), o qual disponibiliza acesso ao atlas online de mortalidade por câncer do Instituto Nacional de Câncer (INCA). Resultados: No período de 2011 a 2020, 1.141 brasileiros foram a óbito em razão do Linfoma de Hodgkin. A taxa de mortalidade apresentou uma tendência não constante onde em determinados períodos houve um aumento nos óbitos e em outros momentos uma redução. Dos nove estados da região Nordeste, a Bahia foi o estado que apresentou um maior número de óbitos registrados, seguida do Ceará, Pernambuco e Maranhão. Em relação à faixa etária, os óbitos concentraram-se entre 20-29 anos. Quanto ao sexo, o masculino apresentou maior número de óbitos. Conclusão: O Linfoma de Hodgkin é uma neoplasia curável que ainda atinge um grande número de pessoas, que consequentemente podem ir a óbito, caso o tratamento não ocorra da forma esperada. É necessário compreender os aspectos relacionados ao LH, para auxiliar no desenvolvimento de meios para o combate à doença que possui, em grande parte, os mecanismos de sua patogenia desconhecidos.
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