Acesso transcervical para fratura complexa de mandíbula pediátrica: Relato de caso

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v12i7.42546

Palavras-chave:

Fraturas maxilomandibulares; Traumatismo múltiplo; Lesões acidentais.

Resumo

O tratamento de fraturas pediátricas múltiplas da mandíbula é um desafio para o cirurgião bucomaxilofacial. A decisão em relação ao tratamento conservador ou a intervenção cirúrgica deve ser baseada em um correto processo de elucidação diagnóstica, exames de imagens adequados e na avaliação clínica do paciente. Metodologia: este trabalho é um estudo descritivo, do tipo relato de caso, elaborado por meio da anamnese, exames complementares, bem como fotografias do paciente. Objetivo: Este trabalho consiste em demonstrar um caso de um menino de 10 anos de idade, vítima de queda de própria altura em contato com um animal doméstico, compareceu ao serviço de Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial de um hospital de urgência com queixa de “dor em face”. Foi feito diagnóstico de fratura múltipla de mandíbula envolvendo região de ramo esquerdo, parassínfise direita e ramo direito. Foi realizado acesso transcervical devido a presença de múltiplos sítios mandibulares acometidos, redução e fixação das fraturas que ofereceu um tratamento satisfatório para o paciente. Considerações finais: Embora raro, o trauma de face pediátrico continua sendo uma condição dramática associada a grandes morbidades e sequelas predisponentes. O acesso transcervical bilateral em pacientes pediátricos continua sendo uma opção de grande valia para casos específicos: fraturas de grande deslocamento e múltiplos sítios mandibulares envolvidos. O planejamento cirúrgico e expertise do cirurgião são chaves para correta execução.

Biografia do Autor

Isabela Gomes de Sena Ribeiro, Hospital Estadual de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira

Residente em Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial no Hospital Estadual de Urgências da Região Noroeste de Goiânia Governador Otávio Lage de Siqueira (HUGOL)

Luiz Carlos Pires Sobrinho, Hospital Estadual de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira

Residente em Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial no Hospital Estadual de Urgências da Região Noroeste de Goiânia Governador Otávio Lage de Siqueira (HUGOL)

Matheus Fernando Campos de Sousa, Centro Universitário Goyazes

Cirurgião-dentista pelo Centro Universitário de Goiás - UNIGOIÁS

Pedro Paulo de Oliveira Montes, Centro Universitário Goyazes

Cirurgião-dentista pelo Centro Universitário de Goiás - UNIGOIÁS

Referências

Alcalá-Galiano, A., Arribas-García, I. J., Martín-Pérez, M. A., Romance, A., Montalvo-Moreno, J. J., & Juncos, J. M. M. (2008). Pediatric facial fractures: children are not just small adults. Radiographics: A Review Publication of the Radiological Society of North America, Inc, 28(2), 441–461; quiz 618.

Andrade, N. N., Choradia, S., & Sriram S, G. (2015). An institutional experience in the management of pediatric mandibular fractures: A study of 74 cases. Journal of Cranio-Maxillo-Facial Surgery: Official Publication of the European Association for Cranio-Maxillo-Facial Surgery, 43(7), 995–999.

Associação Médica Mundial (1964). Declaração de Helsinque. Princípios éticos para a pesquisa em seres humanos. Helsinque. https://www.fcm.unicamp.br/fcm/sites/default/files/declaracao_de_helsinque.pdf

Currey, J. D. & Butler, G. (1975). The mechanical properties of bone tissue in children. The Journal of Bone and Joint Surgery. American Volume, 57(6), 810–814.

Dingman, R.O. & Natvig, P. (2021) Cirurgia das Fraturas Faciais. (3a ed.), p.311-27, Editora Santos.

“Dourado, E., Cypriano, R., Duarte, C., Cavalcanti, S. & Alcântara Domingues, A. (2004). Trauma facial em pacientes pediátricos. Revista de Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial. 4(2), 105–14. https://www.revistacirurgiabmf.com/2004/v4n2/pdf/v4n2.4.pdf.

Estrela, C. Metodologia científica: ciência, ensino, pesquisa. (3a ed.), São Paulo: Artes Médicas, 2018. 707 p.

Ferreira, P. C., Amarante, J. M., Silva, P. N., Rodrigues, J. M., Choupina, M. P., Silva, A. C., Barbosa, R. F., Cardoso, M. A., & Reis, J. C. (2005). Retrospective study of 1251 maxillofacial fractures in children and adolescents. Plastic and Reconstructive Surgery, 115(6), 1500–1508.

Fonseca, R. J. & Walker, R. V. (2004). Oral and Maxillofacial Trauma. Saunders, Philadelphia. (2st ed.).

Gassner, R., Tuli, T., Hächl, O., Moreira, R., & Ulmer, H. (2004). Craniomaxillofacial trauma in children: a review of 3,385 cases with 6,060 injuries in 10 years. Journal of Oral and Maxillofacial Surgery, 62(4), 399–407.

Imahara, S. D., Hopper, R. A., Wang, J., Rivara, F. P., & Klein, M. B. (2008). Patterns and Outcomes of Pediatric Facial Fractures in the United States: A Survey of the National Trauma Data Bank. Journal of the American College of Surgeons, 207(5), 710–716.

Imahara, S. D., Hopper, R. A., Wang, J., Rivara, F. P., & Klein, M. B. (2008). Patterns and Outcomes of Pediatric Facial Fractures in the United States: A Survey of the National Trauma Data Bank. Journal of the American College of Surgeons, 207(5), 710–716.

Kao, R., Rabbani, C. C., Patel, J. M., Parkhurst, S. M., Mantravadi, A. V., Ting, J. Y., Sim, M. W., Koehler, K., & Shipchandler, T. Z. (2019). Management of Mandible Fracture in 150 Children Across 7 Years in a US Tertiary Care Hospital. JAMA Facial Plastic Surgery, 21(5), 414–418.

Moffitt, J. K., Wainwright, D. J., Bartz-Kurycki, M., Wainwright, D. J., Demian, N., Teichgraeber, J. F., & Greives, M. R. (2019). Factors Associated With Surgical Management for Pediatric Facial Fractures at a Level One Trauma Center. Journal of Craniofacial Surgery, 30(3), 854–859.

Pereira, A. M. C., Shitsuka, M. D., Parreira, J. F., & Shitsuka, R. (2018). Metodologia da pesquisa científica. Santa Maria: Núcleo de Tecnologia Educacional –NTE. https://repositorio.ufsm.br/bitstream/handle/1/15824/Lic_Computacao_Metodologia-Pesquisa-Cientifica.pdf

Pomponi, A. C. D., Kasaya, M. V. S., Pereira, R. A., Santos, J. F., Santos, P. L., & Gulinelli, J. L. (2021). Tratamento interdisciplinar de fratura mandibular em criança politraumatizada. Archives of health investigation, 10(3), 484–488.

Suei, Y., Mallick, P. C., Nagasaki, T., Taguchi, A., Fujita, M., & Tanimoto, K. (2006). Radiographic evaluation of the fate of developing tooth buds on the fracture line of mandibular fractures. Journal of Oral and Maxillofacial Surgery: Official Journal of the American Association of Oral and Maxillofacial Surgeons, 64(1), 94–99.

Taylan Filinte, G., Akan, İ. M., Ayçiçek Çardak, G. N., Özkaya Mutlu, Ö., & Aköz, T. (2015). Dilemma in pediatric mandible fractures: resorbable or metallic plates? Ulusal Travma ve Acil Cerrahi Dergisi [Turkish Journal of Trauma & Emergency Surgery], 21(6), 509–513.

Thorén, H., Iso-Kungas, P., Iizuka, T., Lindqvist, C., & Törnwall, J. (2009). Changing trends in causes and patterns of facial fractures in children. Oral Surgery, Oral Medicine, Oral Pathology, Oral Radiology, and Endodontology, 107(3), 318–324.

Wolfswinkel, E. M., Weathers, W. M., Wirthlin, J. O., Monson, L. A., Hollier, L. H., & Khechoyan, D. Y. (2013). Management of Pediatric Mandible Fractures. Otolaryngologic Clinics of North America, 46(5), 791–806.

Downloads

Publicado

18/07/2023

Como Citar

MAGRI, L. V. .; RIBEIRO, I. G. de S. .; SOBRINHO, L. C. P. .; SOUSA, M. F. C. de; MONTES, P. P. de O.; BARRERO, P. de C.; GONTIJO, G. M. Acesso transcervical para fratura complexa de mandíbula pediátrica: Relato de caso. Research, Society and Development, [S. l.], v. 12, n. 7, p. e9012742546, 2023. DOI: 10.33448/rsd-v12i7.42546. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/42546. Acesso em: 17 jul. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde