Timpanometria de banda larga e emissões otoacústicas evocadas em crianças com e sem indicadores de risco para a deficiência auditiva

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v12i7.42662

Palavras-chave:

Emissões otoacústicas evocadas; Monitoramento audiológico; Timpanometria de banda larga; Absorvância acústica; Indicadores de risco para a deficiência auditiva; Orelha média; Testes auditivos.

Resumo

Introdução: A Timpanometria de Banda Larga e as Emissões Otoacústicas Evocadas podem contribuir para o monitoramento audiológico de crianças recém-nascidas até três anos de idade, com e sem Indicadores de Risco para a Deficiência Auditiva (IRDA). Objetivo: estudar os resultados da Timpanometria de Banda Larga nas medidas de absorvância acústica e do registro das Emissões Otoacústicas Evocadas Transiente (EOAT) e Emissões Otoacústicas Produto de Distorção (EOAPD), durante o monitoramento audiológico. Método: Trata-se de estudo observacional, prospectivo em 58 crianças com e sem indicadores de risco para a deficiência auditiva, com idade média de 16,7 meses de vida, com informações obtidas de um banco de dados de quatro maternidades públicas de São Paulo. Os sujeitos foram caracterizados em status auditivo normal e status auditivo alterado condutivo nos grupos com e sem indicadores de risco para a deficiência auditiva. Resultados: A Absorvância de Banda Larga nas frequências entre 1.000 a 8.000 Hz foi verificada para correlacionar o nível de absorvância e o nível de resposta das EOAT e EOAPD nas frequências de 1.000 a 8.000 Hz e a Timpanometria de banda larga. Observou-se que, na frequência de 1500 Hz a 6000 Hz, nos sujeitos com status auditivos normal, a absorvância variou entre 0,92 a 0,98, podendo estar, nessa faixa de frequência, os melhores resultados. Conclusão: os valores de absorvância são maiores no sexo masculino e em crianças com status auditivo normal. Houve concordância para os resultados de nível de Emissões Otoacústicas Evocadas e medidas de absorvância, sendo que, quanto maior a absorvância, maior o nível de EOAT e EOPD.

Referências

Agostinho, C. V., & Azevedo, M. F. (2005). Visual reinforcement audiometry using earphones in children with 5-16 months. Fono Atual, 8(32), 25-31. https://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/lil-451477

Aithal, S., Kei, J., Driscoll, C., Khan, A., & Swanston, A. (2015). Wideband absorbance outcomes in newborns: A comparison with high-frequency tympanometry, automated brainstem response, and transient evoked and distortion product otoacoustic emissions. Ear and Hearing, 36(5), e237-e250. 10.1097/AUD.0000000000000175

Al-Malky, G., et al. (2022). Recommended procedure: Clinical application of otoacoustic emissions (OAEs) in children and adults. Bathgate, England: British Society of Audiology.

Baldwin, M. (2006). Choice of probe tone and classification of trace patterns in tympanometry undertaken in early infancy. International Journal of Audiology, 45(7), 417-427. https://doi.org/10.1080/14992020600690951

Day, J., et al. (2008). Visual reinforcement audiometry testing of infants: A recommended test protocol. (Version 2.0) Newborn Hearing Screening Programme (England). https://research.manchester.ac.uk/en/publications/visual-reinforcement-audiometry-testing-of-infants-a-recommended-

Feeney, M. P., & Sanford, C. A. (2012). Application of wideband acoustic transfer functions to the assessment of the infant ear. In Kei, J., & Zhao, F. (Eds.). Assessing Middle Ear Function in Infants (pp. 131-161). San Diego, CA: Plural Publishing.

Gorga, M. P. et al. (2000). Identification of neonatal hearing impairment: distortion product otoacoustic emissions during the perinatal period. Ear and Hearing, 21(5), 400-424. https://journals.lww.com/ear-hearing/Abstract/2000/10000/Identification_of_Neonatal_Hearing_Impairment_.7.aspx

Hunter, L. L., Tubaugh, L., Jackson, A., & Propes, S. (2008). Wideband middle ear power measurement in infants and children. Journal of the American Academy of Audiology, 19(4), 309-324. 10.3766/jaaa.19.4.4

Jerger, J. (1970). Clinical experience with impedance audiometry. Archives of Otolaryngology, 92(4), 311-324. http://dx.doi.org/10.1001/ archotol.1970.04310040005002.

Joint Committee on Infant Hearing. (2019). Year 2019 Position Statement: Principles and guidelines for early hearing detection and intervention programs. Journal of Early Hearing Detection and Intervention, 4(2), 1-44. https://doi.org/10.15142/fptk-b748

Keefe, D. H., Sanford, C. A., Ellison, J. C., Fitzpatrick, D. F., & Gorga, M. P. (2012). Wideband Aural Acoustic Absorbance Predicts Conductive Hearing Loss in Children. International Journal of Audiology, 51(12), 880-891. https://doi.org/10.3109/14992027.2012.721936

Marchant, C. D., et al. (1986). Objective diagnosis of otitis media in early infancy by tympanometry and ipsilateral acoustic reflex thresholds. The Journal of Pediatrics, 109(4), 590-595. https://doi.org/10.1016/S0022-3476(86)80218-9

Margolis, R. H., Saly, G. L., & Hunter L. L. (2000). High-frequency hearing loss and wideband middle ear impedance in children with otitis media histories. Ear and Hearing, 21(3), 206-211. https://doi.org/10.1097/00003446-200006000-00003

Mishra, S. K., Dinger, Z., & Renken, L. (2017). Maturation of middle ear transmission in Children. Hearing Research, 344, 62-67. https://doi.org/10.1016/j.heares.2016.10.029

Prieve, B. A. (2002). Otoacoustic emissions in neonatal hearing screening. In: Robinette, M.S., Glattke, T.J. Otoacoustic emissions: clinical applications (2nd ed., p. 348-374). New York, NY: Thieme.

Rabinovich, K. (1997). Avaliação da audição na criança. In Tratado de Fonoaudiologia. (1st ed., pp. 265-283). Editora Roca.

Russo, I. E. P., & Santos, T. M. M. (1994). A avaliação audiológica de crianças de 0 a 2 anos de idade. In Audiologia Infantil. (4th ed). Cortez.

Sanford, C. A., et al. (2009). Sound conduction effects on DPOAE screening outcomes in newborn infants: Test performance of wideband acoustic transfer functions and 1- kHz tympanometry. Ear and Hearing, 30(6), 635-652. https://doi.org/10.1097%2FAUD.0b013e3181b61cdc

Shahnaz, N. (2008). Wideband reflectance in neonatal intensive care units. Journal of the American Academy of Audiology, 19(5), 419–429. 10.3766/jaaa.19.5.4

Vander Werff, K. R., Prieve, B. A., & Georgantas, L. M. (2007). Test-retest reliability of wideband reflectance measures in infants under screening and diagnostic test conditions. Ear and Hearing, 28(5), 669-681. http:// dx.doi.org/10.1097/AUD.0b013e31812f71b1.

Vilela, C. D. (2017) Medidas de absorbância acústica por meio da timpanometria de banda larga em neonatos. [Master’s dissertation]. Pontifical Catholic University of São Paulo.

Widen, J. E., et al. (2000). Identification of neonatal hearing impairment: Hearing status at 8 to 12 months corrected age using a visual reinforcement audiometry protocol. Earing and Hearing, 21(5), 471-487. https://journals.lww.com/ear-hearing/Abstract/2000/10000/Identification_of_Neonatal_Hearing_Impairment_.11.aspx

Downloads

Publicado

29/07/2023

Como Citar

RAIGNIERI, J. .; LEWIS, D. R.; GARCIA, A. C. O. .; ARAÚJO, F. C. M. de; LIRA, T. V.; ROSA, B. C. da S. . Timpanometria de banda larga e emissões otoacústicas evocadas em crianças com e sem indicadores de risco para a deficiência auditiva. Research, Society and Development, [S. l.], v. 12, n. 7, p. e15712742662, 2023. DOI: 10.33448/rsd-v12i7.42662. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/42662. Acesso em: 30 jun. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde