Aspectos anatomoclínicos da Síndrome do desfiladeiro torácico - uma revisão narrativa
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v12i7.42687Palavras-chave:
Síndrome do desfiladeiro torácico.Resumo
Introdução: A síndrome do desfiladeiro torácico (SDT) foi descrita no século XIX como um complexo de sintomas ocasionados pela compressão de estruturas pertencentes ao desfiladeiro torácico. Por ser uma patologia pouco conhecida e ter quadro sintomatológico diverso, atualmente há dificuldades em seu diagnóstico sendo subnotificado ou mesmo indescoberto pela equipe médica. Objetivo: O objetivo do presente estudo é realizar um levantamento de dados relacionados aos aspectos anatomoclínicos da síndrome do desfiladeiro torácico, destacando a importância do conhecimento desta doença no curso médico. Metodologia: Trata-se de uma revisão bibliográfica narrativa, pesquisada na base de dados PubMed. Foram 17 artigos selecionados para o estudo, escritos em inglês, no período de 2019 a 2023, cuja temática principal fosse circunscrita aos descritores. Resultados: A SDT pode ocorrer em três regiões distintas: o triângulo escaleno, o espaço costoclavicular e o espaço peitoral, sendo essas localidades capazes de ocasionar a compressão do feixe neurovascular. Os sintomas associados são os mais diversos possíveis e dependentes das estruturas acometidas nesse cenário, como a limitação do movimento, dor ao movimento, formigamento e choques nos membros superiores. O processo diagnóstico necessita de atenção à história do paciente e exame físico detalhado, seguido de exames de imagem e testes para confirmação. No tratamento, é necessária uma equipe multidisciplinar e uma terapêutica vasta por conta da apresentação clínica multifatorial. Conclusão: Acerca do exposto, o diagnóstico diferencial é importante, para definir a terapêutica precisa e definitiva, para fins de torná-los mais presentes no labor médico, haja vista que o diagnóstico precoce favorece o cuidado efetivo ao paciente acometido.
Referências
Balderman, J., Abuirqeba, A. A., Eichaker, L., Pate, C., Earley, J. A., Bottros, M. M., Jayarajan, S. N., & Thompson, R. W. (2019). Physical therapy management, surgical treatment, and patient-reported outcomes measures in a prospective observational cohort of patients with neurogenic thoracic outlet syndrome. Journal of vascular surgery, 70(3), 832–841. https://doi.org/10.1016/j.jvs.2018.12.027
Cavanna, A. C., Giovanis, A., Daley, A., Feminella, R., Chipman, R., & Onyeukwu, V. (2022). Thoracic outlet syndrome: a review for the primary care provider. Journal of osteopathic medicine, 122(11), 587–599. https://doi.org/10.1515/jom-2021-0276
Chang, M. C., & Kim, D. H. (2021). Essentials of thoracic outlet syndrome: A narrative review. World journal of clinical cases, 9(21), 5804–5811. https://doi.org/10.12998/wjcc.v9.i21.5804
Dalio, M. B., Filho, E. R. D. S., Barufi, M. B., Ribeiro, M. S., & Joviliano, E. E. (2021). Contemporary Management of Arterial Thoracic Outlet Syndrome. Annals of vascular surgery, 74, 42–52. https://doi.org/10.1016/j.avsg.2021.01.078
Dengler, N. F., Pedro, M. T., Kretschmer, T., Heinen, C., Rosahl, S. K., & Antoniadis, G. (2022). Neurogenic Thoracic Outlet Syndrome. Deutsches Arzteblatt international, 119(43), 735–742. https://doi.org/10.3238/arztebl.m2022.0296
DiLosa, K. L., & Humphries, M. D. (2021). Epidemiology of thoracic outlet syndrome. Seminars in vascular surgery, 34(1), 65–70. https://doi.org/10.1053/j.semvascsurg.2021.02.008
Gkikas, A., Lampridis, S., Patrini, D., Kestenholz, P. B., Azenha, L. F., Kocher, G. J., Scarci, M., & Minervini, F. (2022). Thoracic Outlet Syndrome: Single Center Experience on Robotic Assisted First Rib Resection and Literature Review. Frontiers in surgery, 9, 848972. https://doi.org/10.3389/fsurg.2022.848972
Goeteyn, J., Pesser, N., Houterman, S., van Sambeek, M. R. H. M., van Nuenen, B. F. L., & Teijink, J. A. W. (2022). Surgery Versus Continued Conservative Treatment for Neurogenic Thoracic Outlet Syndrome: the First Randomised Clinical Trial (STOPNTOS Trial). European journal of vascular and endovascular surgery : the official journal of the European Society for Vascular Surgery, 64(1), 119–127. https://doi.org/10.1016/j.ejvs.2022.05.003
Habibollahi, P., Zhang, D., Kolber, M. K., & Pillai, A. K. (2021). Venous thoracic outlet syndrome. Cardiovascular diagnosis and therapy, 11(5), 1150–1158. https://doi.org/10.21037/cdt-20-168
Huang, J., Lauer, J., & Zurkiya, O. (2021). Arterial thoracic outlet syndrome. Cardiovascular diagnosis and therapy, 11(5), 1118–1124. https://doi.org/10.21037/cdt-20-149
Hwang, J. H., Ku, S., & Jeong, J. H. (2020). Traditional medicine treatment for thoracic outlet syndrome: A protocol for systematic review of randomized controlled trials. Medicine, 99(27), e21074. https://doi.org/10.1097/MD.0000000000021074
Illig, K. A., Rodriguez-Zoppi, E., Bland, T., Muftah, M., & Jospitre, E. (2021). The Incidence of Thoracic Outlet Syndrome. Annals of vascular surgery, 70, 263–272. https://doi.org/10.1016/j.avsg.2020.07.029
Jones, M. R., Prabhakar, A., Viswanath, O., Urits, I., Green, J. B., Kendrick, J. B., Brunk, A. J., Eng, M. R., Orhurhu, V., Cornett, E. M., & Kaye, A. D. (2019). Thoracic Outlet Syndrome: A Comprehensive Review of Pathophysiology, Diagnosis, and Treatment. Pain and therapy, 8(1), 5–18. https://doi.org/10.1007/s40122-019-0124-2
Kaplan, J., & Kanwal, A. (2023). Thoracic Outlet Syndrome. In StatPearls. StatPearls Publishing.
Li, N., Dierks, G., Vervaeke, H. E., Jumonville, A., Kaye, A. D., Myrcik, D., Paladini, A., Varrassi, G., Viswanath, O., & Urits, I. (2021). Thoracic Outlet Syndrome: A Narrative Review. Journal of clinical medicine, 10(5), 962. https://doi.org/10.3390/jcm10050962
Masocatto, N. O., Da-Matta, T., Prozzo, T. G., Couto, W. J., & Porfirio, G. (2019). Thoracic outlet syndrome: a narrative review. Síndrome do desfiladeiro torácico: uma revisão narrativa. Revista do Colegio Brasileiro de Cirurgioes, 46(5), e20192243. https://doi.org/10.1590/0100-6991e-20192243
Ortaç, E. A., Sarpel, T., & Benlidayı, İ. C. (2020). Effects of Kinesio Taping on pain, paresthesia, functional status, and overall health status in patients with symptomatic thoracic outlet syndrome: A single-blind, randomized, placebo-controlled study. Acta orthopaedica et traumatologica turcica, 54(4), 394–401. https://doi.org/10.5152/j.aott.2020.19042
Sudheer, G., Naman, G., Gupta, A., & Dogra, V. (2022). Thoracic Outlet Syndrome-An Uncommon Cause of Acute Upper-Limb Ischemia. Ultrasound quarterly, 38(1), 59–64. https://doi.org/10.1097/RUQ.0000000000000594
Rother, E. T. (2007). Revisão sistemática X revisão narrativa. Acta paul. enferm. 20 (2) • Jun 2007 • https://doi.org/10.1590/S0103-21002007000200001
Teijink, S. B. J., Pesser, N., Goeteyn, J., Barnhoorn, R. J., van Sambeek, M. R. H. M., van Nuenen, B. F. L., Gelabert, H. A., & Teijink, J. A. W. (2023). General Overview and Diagnostic (Imaging) Techniques for Neurogenic Thoracic Outlet Syndrome. Diagnostics (Basel, Switzerland), 13(9), 1625. https://doi.org/10.3390/diagnostics13091625
Warrick, A., & Davis, B. (2021). Neurogenic Thoracic Outlet Syndrome in Athletes - Nonsurgical Treatment Options. Current sports medicine reports, 20(6), 319–326. https://doi.org/10.1249/JSR.0000000000000854
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Bárbara Rezende Marciano; Antonio José Costa Bezerra; Evelise Aline Soares
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.
