Exposição ocupacional ao chumbo: uma revisão da literatura
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v12i8.42780Palavras-chave:
Chumbo; Exposição ocupacional; Trabalhador; Patologia.Resumo
O chumbo é considerado um metal que o homem aprendeu a usar a 4.000 a.C. para a fabricação de utensílios domésticos. Hoje, essa prática não é mais utilizada devido ao metal causar toxicidade ao organismo humano. Por esse motivo, objetivou-se realizar uma revisão da literatura sobre os riscos a exposição ao chumbo em trabalhadores expostos a esse elemento. Foi realizada uma revisão integrativa da literatura no período de 2014 a 2022, nas bases de dados da LILACS, do MEDLINE do SCIELO, na ResearchGate e na ScienceDirect®. Os critérios de inclusão foram literaturas publicados em português e inglês disponíveis na íntegra e gratuitos, o período estipulado de 2014 a 2022, e exclusas literaturas pagas e duplicadas. Foram selecionadas 12 literaturas, sendo em que 66.6% (8) delas estão no idioma inglês e 33.4% (4) estão no idioma espanhol. Os processos metodológicos presente nas literaturas são 66.6% (8) a revisão de literatura, 8.4% (1) estudo transversal e observacional, e 25.0% (3) estudos experimentais. A exposição ocupacional do chumbo para os trabalhadores gera possíveis toxicidades no organismo, como: anorexia, a gastrite e cefaleias agudas. Por isso, são necessários exames toxicológicos para quantificar e diagnosticar esse metal nesse contexto o farmacêutico pode atuar em ações no sentido do diagnostico, no monitoramento, na prevenção, na remediação e em estudos que auxiliam a sociedade em importantes tomadas de decisões associadas à presença desse elemento químico em pessoas e nos contextos que podem facilitar a contaminação.
Referências
Amankwaa, E. F., Tsikudo, K. A. A. & Bowman, J. A. (2017). 'Away' is a place: The impact of electronic waste recycling on blood lead levels in Ghana. Sci Total Environ. 1 (601-602),1566-1574.
Araújo, M. R. M. & Morais, K. R. S. (2017). Precarização do trabalho e o processo de derrocada do trabalhador. Cad. psicol. soc. trab, 20(1), 1-13.
Araújo, S.V (2019). Terapia de quelação com edta na desintoxicação de metais pesados. Disponível em: https://clinicadelongevidade.com.br/terapia-quelacao-metais-pesados-edta
Bardin, L. (2011). Análise de conteúdo. Edições 70. 820 p.
Brasil. Ministério da Saúde. (2006) Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Atenção à saúde dos trabalhadores expostos ao chumbo metálico / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. – Brasília: Editora do Ministério da Saúde.
Caiusca, A. (2020). Chumbo. Educa mais Brasil. Disponível em: https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/quimica/chumbo.
Candela, S., Ferri, F. & Olmi, M. (1998) Lead Exposure in the Ceramic Tile Industry: Time Trends and Current Exposure Level. Ann. Inst. Super Sanita. 34 (1): 137-143.
Chuquicaña, F. E. A., Gonzales, M. L. C. & Gonzales, T. J. C. (2014). Intoxicación ocupacional por plomo en diversos grupos de trabajadores del cercado de Ica. Ágora Ver. Cient. 01(01), 20-25.
CNE/ CES - Conselho Nacional De Educação/ Câmara De Educação Superior. (2002). Resolução CNE/CES 4, de 19 de Fevereiro de 2002. Institui Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Farmácia. https://normativasconselhos.mec.gov.br/normativa/pdf/CNE_RES_CNECESN22002.pdf .
Cordeiro, R. & Lima Filho, E. C. (1995). A Inadequação dos Valores dos Limites de Tolerância Biológica para a Prevenção da Intoxicação Profissional pelo Chumbo no Brasil. Cad. Saúde Públ. 11 (2), 177-186.
CRF-PR – Conselho Regional de Farmácia do Estado do Paraná. (2023). Grupos técnicos de trabalho - análises clínicas. https://www.crf-pr.org.br/site/comissao/visualizar/
Dib, C. C, Matos, G. M. & Terçariol, S. G. (2008). A intoxicação por chumbo como patologia do trabalho: revisão de literatura.FisioSale. 1-14. https://fisiosale.com.br/assets/a-intoxica%C3%A7%C3%A3o-por-chumbo-como-patologia-do-trabalho-revis%C3%A3o-de-literatura..pdf .
Dignam, T. et al. (2019). Control of Lead Sources in the United States, 1970-2017: Public Health Progress and Current Challenges to Eliminating Lead Exposure. J Public Health Manag Pract. 25(1), S13-S22.
Ferron, M. M. et al (2020) Cadmium, lead and mercury in the blood of workers from recycling sorting facilities in São Paulo, Brazil. Cadernos de Saúde Pública, 36 (8), e00072119.
Fonseca Vera, A. I. (2021). Enfermedades por exposición ocupacional a plomo: revisión sistemática exploratoria de la evidência cualitativa y cuantitativa. Revista São Gregório. 47(1), 195-216.
Koh, D. H. et al. (2015). Lead exposure in US worksites: A literature review and development of an occupational lead exposure database from the published literature. Am J Ind Med.;58(6), 605-16.
Kumar, S. (2018). Occupational and Environmental Exposure to Lead and Reproductive Health Impairment: An Overview. Indian J Occup Environ Med. 22(3), 128-137.
Maia, M., (2012) NRs 7, 15, 18 e 29: Exposição ocupacional ao chumbo | NRFacil Disponível em: http:// NRs 7, 15, 18 e 29: Exposição ocupacional ao chumbo | NRFacil.
Mason, L. H., Harp, J. P. & Han, D. Y. (2014). Pb neurotoxicity: neuropsychological effects of lead toxicity. Biomed Res Int.2014(2014), 840547.
Mazzilli, L. E. N. (2003). Odontologia do trabalho. São Paulo: Santos Editora, 2003.
Mello, G. R. (2006). Governança corporativa no setor público federal brasileiro. 119f. Dissertação (Mestrado em Controladoria e Contabilidade: Contabilidade) - Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2006.
Mendoça, G. S. et al. (2018). Evolução histórica da saúde ocupacional. Ciência atual. 11(1), 1-16.
Minozzo, R. et al (2009). Prevalência de anemia em trabalhadores expostos ocupacionalmente ao chumbo Rev. Bras. Hematol. Hemoter.31(2), 94-97
Moreau, R. L. M & Siqueira, M. E. P. B. (2008) Toxicologia Analítica. Guanabara Koogan; 318 p.
Namungu, L., Mburu, C. & Were, C. F. H. (2020). Evaluation of occupational lead exposure in informal work environment in Kenya. Chemical Science International Journal. 30(10), 96-107.
O’Malley, G. F. & O’Malley, R. (2022). Intoxicação por chumbo.
Pilon, G. D. et al (2022). Intoxicação por chumbo em crianças e sintomas neurológicos. Research, Society and Development, 11(14), e161111436031.
Prada, S. (2010). A importância do chumbo na história. Química viva. Disponível em: https://www.crq4.org.br/a_importancia_do_chumbo_na_historia.
Rego, R. F. et al (2019). Implantação de protocolo de vigilância e atenção à saúde de ex-trabalhadores e população exposta a chumbo, cádmio, cobre e zinco em Santo Amaro, Bahia. Rev Bras Saude Ocup.44, e28
Rinsky, J. L. et al. (2018). Occupational and take-home lead exposure among lead oxide manufacturing employees, North Carolina, 2016. Public Health Rep. 133(6): 700–706.
Ruppenthal, J. E. (2013). Gerenciamento de riscos. Universidade Federal de Santa Maria, Colégio Técnico Industrial de Santa Maria; Rede e-Tec Brasil, 2013. 120 p.
Slota, M. (2022). Effects of environmental and occupational lead toxicity and its association with iron metabolism. Toxicology and Applied Pharmacology
Volume 434 (2022), 115794
Souza M. T. De, Silva M. D. & Carvalho R. (2010) Revisão Integrativa: o que é e como fazer. Einstein, 8 (1)
Thompson, J. E. (2013). A prática farmacêutica na manipulação de medicamentos tradução: Beatriz Araújo do Rosário, Betina Giehl Zanetti Ramos, Maiza Ritomy Ide; revisão técnica: Elenara Maria Teixeira Lemos Senna. (3a ed.), Artmed. 752p.
Wani, A. L., Ara, A., & Usmani, J. A. (2015) Lead toxicity: a review. Interdiscip Toxicol. 8(2): 55–64.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Danielle Gaia da Silva; Gabriel Mendonça da Luz; Osieli de Vasconcelos Barros; Juan Gonzalo Bardalez Rivera; Gleicy Kelly China Quemel
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.