Educação Ambiental para crianças seguindo a Agenda 2030: Mobilizando sobre a biodiversidade dos oceanos

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v12i8.42946

Palavras-chave:

Animais marinhos; Ensino básico; ODS 14; Sensibilização ambiental; Sentimento de pertencimento.

Resumo

A Agenda 2030, da Organização das Nações Unidas (ONU), é um plano global para proporcionar aos cidadãos consciência sobre a importância do Desenvolvimento Sustentável para cuidar da vida no Planeta Terra. Considerando a urgência em mobilizar ações ambientais que sensibilizem crianças, para construir desde cedo uma visão ambiental direcionada às atuais e próximas gerações, o presente artigo objetiva evidenciar uma sequência didática lúdica voltada ao conhecimento dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), enfatizando as temáticas Poluição e Vida Marinha, vinculadas ao ODS 14. Ao levar o conhecimento ambiental para a educação básica, este nível de ensino ganha uma atenção muito apropriado. Os mediadores da ação proporcionaram interações para as crianças com o tema foco, promovendo atitudes positivas de pertencimento para com a diversidade animal dos oceanos. Os registros das observações feitas e analisadas mostraram que a escola necessita de um trabalho mais intenso para fornecer às crianças saberes básicos sobre as questões ambientais, numa época em que o aquecimento global e a perda da biodiversidade estão cada vez mais afetando os seres vivos.

Referências

Aciole, D. S. B., Filgueira, A. A., Xavier, T. J. S., Cunha, G. M., Vieira, M. T. M., Paiva, R. R. N., Santos, R. L., & Araújo-de-Almeida, E. (2021a). Enfoques aos mapas conceituais e ao esqueleto de mapa na aprendizagem sobre biodiversidade. Brazilian Journal of Development, 7(12), 116880-116894.

Aciole, D. S. B., Xavier, T. J., Fernandes, R. G. R., Santos, R. L., & Araújo-de-Almeida, E. (2021b). Viabilizando a elaboração de mapas conceituais no ensino sobre a diversidade animal. In: J. R. Lima, M. C. A. Oliveira, & N. Cardoso, Itinerários de resistência: pluralidade e laicidade no Ensino de Ciências e Biologia. Campina Grande, PB: Realize Editora, 1808-1818.

Aciole, D. S. B., Filgueira, A. A., Viera, M. T. M., Viana, S. R. S., Xavier, T. J., Santos, R. L., & Araújo-de-Almeida, E. (2022). Ações com mapas conceituais em prol da aprendizagem e da comunicação sobre diversidade biológica. Research, Society and Development, 11(16), e41111637776

Aguiar, J. G., & Correia, P. R. M. (2013). Como fazer bons mapas conceituais? Estabelecendo parâmetros de referências e propondo atividades de treinamento. Revista Brasileira de Pesquisa em Educação em Ciências, 13(2), 141-157.

Araújo-de-Almeida, E. (2010). Suportes didáticos e científicos na construção de conhecimentos sobre Biodiversidade: ênfase aos conteúdos de zoologia. Experiências em Ensino de Ciências, 5(2), 135-146.

Araújo-de-Almeida, E., Barros, W. I. T., Gois, J. G., Dias, M. R. C., Santos, R. L., & Silva, M. G. L. (2010). Dinamicidade no ensino: exercitando a construção e a divulgação de conhecimentos sobre o percurso da sala de aula. Revista da Sociedade Brasileira de Ensino de Biologia, 3, 3230-3237.

Araújo-de-Almeida, E., & Santos, R. L. (2021). Planejamento e construção de mapas conceituais em Zoologia: evidenciando a descrição taxonômica e a divulgação sobre biodiversidade. Brazilian Journal of Development, 7(2), 15500-15519.

Araújo-de-Almeida, E., Santos, R. L., Dias-da-Silva, C. D., Melo, G. S. M., & D’Oliveira, R. G. (2019). Inovações didáticas no ensino de zoologia: enfoques sobre a elaboração e comunicação de relatos de experiências como atividades de aprendizagem. Brazilian Journal of Development, 5(6), 6699-6718.

Borges, W. B., Oliveira, A. D., & Müller, E. S. (2022). Percepção da biodiversidade: qual a contribuição da educação básica? Research, Society and Development, 11(13), e401111335620.

Brasil. (1988). Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília, DF: Presidência da República. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/cci il_03/con stituicao/constituicao.htm.

Brasil. (1998) Decreto nº 2.519, de 16 de março de 1998. Promulga a Convenção sobre Diversidade Biológica, assinada no Rio de Janeiro, em 05 de junho de 1992. Disponível em www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/d2519.htm.

Brasil. (1999). Lei no 9.795, de 27 de abril de 1999. Dispõe sobre a educação ambiental, institui a Política Nacional de Educação Ambiental e dá outras providências. Disponível em https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9795.htm.

Brasil. (2018). Base Nacional Comum Curricular. http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf

Bremm, D., & Güllich, R. I. C. (2023). A sistematização de experiências como propulsora da investigação-formação-ação em ciências. Investigações em Ensino de Ciências, 28(1), 56–77.

Capretz, R., & Madalosso, S. (2021). Conexão oceano, ciência e sociedade. Ciência e Cultura, 73(2), 19-23.

Carmo, W., Krohling, A., & Maneia, A. (2014). Meio ambiente e cidadania: uma perspectiva sobre o desenvolvimento sustentável. Revista Eletrônica em Gestão, Educação e Tecnologia Ambiental, 18(1), 220-227.

Christofoletti, R. A., Gozzo, A. J., MazzucoII, A. C. D. A., Martins, I. F. R., Kasten, P., Mazzo, T. M., ... & Santos, S. D. O. (2021). A década da ciência oceânica para o desenvolvimento sustentável. E eu com isso? Ciência e Cultura, 73(2), 28-35.

Costa, S. A. L. (2022). O ensino da cultura oceânica nos anos iniciais da educação básica: um estudo do currículo municipal de São Vicente/SP. Mestrado. UNIFESP, Programa de Pós-graduação Interdisciplinar em Ciências e Tecnologia do Mar. São Paulo.

Cruz-Freitas, U. F. D., & Portela-Bezerra, F. (2020). Planejamento para o desenvolvimento e o cumprimento da agenda 2030 no âmbito da educação brasileira: nos caminhos da prospectiva estratégica. International Journal, 2(10), 501-522.

Cunha, G. M., Aciole, D. S. B., Filgueira, A. A., Xavier, T. J. S, Paiva, R. R. N., Santos, R. L., & Araújo-de-Almeida, E. (2021). Análise de mapas conceituais sobre táxons animais pouco conhecidos: Cycliophora, Kinorhyncha e comunicação sobre biodiversidade. Brazilian Journal of Development, 7(2), 13113-13125.

Da Silva, L. O., & Araújo-de-Almeida, E. (2016). Percepção ambiental e sentimento de pertencimento em área de proteção ambiental litorânea no nordeste brasileiro. Revista Eletrônica do Mestrado em Educação Ambiental (REMEA), 33(1), 192-212.

Daltro, M. R., & Faria, A. A. (2019). Relato de experiência: uma narrativa científica na pós-modernidade. Estudos e pesquisas em psicologia, 19(1), 223-237.

Eshun, F., Wotorchie, R. K., Buahing, A. A., Harrison-Afful, A. A., Atiatorme, W. K., Amedzake, G., ... & Mante, V. (2022). A survey of the role of environmental education in biodiversity conservation in the Greater Accra Region of Ghana. Conservation, 2(2), 297-304.

Ferreira, T. E. D., Ferreira Neto, J. A., da Silva, L. Q., Dias, M. D. F., & Dias, N. A. (2022). Reutilizando recursos e transformando o futuro através da Educação Ambiental. Research, Society and Development, 11(10), e302111032185.

Gelcich, S., Buckley, P., Pinnegar, J. K., Chilvers, J., Lorenzoni, I., Terry, G., ... & Duarte, C. M. (2014). Public awareness, concerns, and priorities about anthropogenic impacts on marine environments. Proceedings of the National Academy of Sciences, 111(42), 15042-15047.

Ghilardi-Lopes, N. P., Hadel, V. F., & Berchez, F. (2012). Guia para educação ambiental em costões rochosos. Porto Alegre: Artmed.

Ghilardi-Lopes, N. P., & Berchez, F. A. S. (eds.). (2019). Coastal and marine environmental education. Cham: Springer.

Ghilardi-Lopes, N. P.; Kremer, L. P., & Barradas, J. I. (2019). The importance of “ocean literacy” in the Anthropocene and how environmental education can help in its promotion. In: N. P. Ghilardi-Lopes, & F. A. S. Berchez (eds.). (2019). Coastal and marine environmental education. Cham: Springer, 3-17.

Gough, A. (2017). Educating for the marine environment: Challenges for schools and scientists. Marine Pollution Bulletin. 124, 633-638.

Hatje, V., Cunha, L. C., & Costa, M. F. (2018). Mudanças globais, impactos antrópicos e o futuro dos oceanos. Revista Virtual de Química, 10(6), 1947-1967.

Herbert-Read, J. E., Thornton, A., Amon, D. J., Birchenough, S. N., Côté, I. M., Dias, M. P., & Sutherland, W. J. (2022). A global horizon scan of issues impacting marine and coastal biodiversity conservation. Nature Ecology & Evolution, 6(9), 1262-1270.

Kinchin, I., Heron, M., Hosein, A., Lygo-Baker, S., Medland, E., Morley, D., & Winstone, N. (2018). Researcher-led academic development. International Journal for Academic Development, 23(4), 339-354.

Layrargues P. P. (2020). Manifesto por uma Educação Ambiental indisciplinada. Ensino, Saúde e Ambiente (Número Especial), 44-88.

Lopes, T. D. S., & Abílio, F. J. P. (2022). A Educação Ambiental na formação inicial de professores/as: contribuições da Pedagogia Crítica. Práxis Educativa, 17, 1-20.

Marín, Y. A. O. (2017). O ensino da biodiversidade: tendências e desafios nas experiências pedagógicas. Góndola, Enseñanza y Aprendizaje de las Ciencias: Góndola, Ens Aprend Cienc, 12(2), 173-185.

Melo, G. S. M. (2021). A perspectiva da biodiversidade no ensino de zoologia e interfaces com a legislação ambiental. Dissertação de Mestrado (Programa de Pós Graduação em Ensino de Ciências Naturais e Matemática). Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal.

Milaré, E. (2015). Direito do ambiente. (10a ed.), Revista dos Tribunais.

Mora, E. A.; Gomes, P. P., & Barbado, N. (2020). Um estudo sobre a relação entre Educação Ambiental e educação no campo. Research, Society and Development, 9(10), e9319109384.

Moreira, M. A. (2006). Mapas conceituais & diagramas V.: Edição do autor.

Moreira, A. M. (2011). Why concepts,why meaningful learning, why collaborative activities and why concept maps? Meaningful Learning Review, 1(3), 1-11.

Narcizo, K. R. S. (2009). Uma análise sobre a importância de trabalhar educação ambiental nas escolas. Revista Eletrônica do Mestrado em Educação Ambiental (REMEA), 22, 86-94.

Novak, J. D., & Cañas, A. J. (2008). The theory underlying concept maps and how to construct and use them. Pensacola, FL: Institute for Human and Machine Cognition.

Novak, J. D., & Cañas, A. J. (2010). A teoria subjacente aos mapas conceituais e como elaborá-los e usá-los. Práxis educativa, 5(1), 09-29.

Oliveira, L., & Neiman, Z. (2020). Educação Ambiental no âmbito escolar: análise do processo de elaboração e aprovação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Revista Brasileira de Educação Ambiental (RevBEA), 15(3), 36-52.

ONU (Organização das Nações Unidas), Brasil. (2021). Relatório Anual. https://brasil.un.org/sites/default/files/2022-04/ONUBrasil_RelatorioAnual_2021_web.pdf

ONU (Organização das Nações Unidas), Brasil. (2022). Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável no Brasil. Disponível em https://brasil.un.org/ptbr/sdgs.

ONU (Organização das Nações Unidas). (2015). Transformando nosso mundo: a agenda 2030 para o desenvolvimento sustentável. Nova York: ONU.

ONU (Organização das Nações Unidas). (2017). Educação para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável: objetivos de aprendizagem. Nova York: ONU.

Pazoto, C. E., Silva, E. P., Andrade, L. A. B., Favero, J. M., Alô, C. F. S., & Duarte, M. R. (2021). Ocean literacy, formal education, and governance: A diagnosis of Brazilian school curricula as a strategy to guide actions during the Ocean Decade and beyond. Ocean and Coastal Research, 69(suppl), e21041.

Platiau, A. F. B., Gonçalves, L. R., & Oliveira, C. C. (2021). A década da ciência oceânica como oportunidade de justiça azul no sul global. Conjuntura Austral, 12(59), 11-20.

Poli, C.; Mesquita, D.O.; Saska, C. & Mascarenhas, R. (2015). Plastic ingestion by sea turtles in Paraíba State, Northeast Brazil. Iheringia, Série Zoologia, 105(3):265-270.

Rocco, N. E., Kataoka, A. M., & Suriani-Affonso, A. L. (2023). Investigação sobre o uso de imagens em pesquisas brasileiras de Educação Ambiental. Revista Valore, 8, e8004.

Santos, A. J. R. G., & Abessa, D. M. S. (2021). Realidade virtual como ferramenta de sensibilização do público na conservação da biodiversidade marinha. Revista Brasileira de Educação Ambiental (RevBEA), 16(5), 46-73.

Santos, D. G. G., & Guimarães, M. (2020). Pertencimento: um elo conectivo entre o ser humano, a sociedade e a natureza. REMEA-Revista Eletrônica do Mestrado em Educação Ambiental, 37(3), 208-223.

Santos, R. L. & Araújo-de-Almeida, E. (2019). Investigando os invertebrados da plancie de maré da Praia do Forte (Natal, Rio Grande do Norte) para aulas de campo em Zoologia e Educação Ambiental. In: T. A. Rodrigues, J. Leandro Neto, & D. O. Galvão, (eds). As ciências do mar em todos os seus aspectos. Ponta Grossa: Atena, 158-163.

Santos, R. L.; Melo, G. S. M., & Araújo-de-Almeida, E. (2019). Potencial de praias urbanas da cidade do Natal (Rio Grande do Norte) para o ensino de zoologia e educação ambiental In: D. F. Andrade (org.). Educação no Século XXI, 38 “Meio Ambiente”. Belo Horizonte: Editora Poisson, 106-118.

Santos, R. L., Dias-da-Silva, C. D., Melo, G. S. M., & Araújo-de-Almeida, E. (2020). Observação de cnidários antozoários em poças de maré como subsídio ao ensino de zoologia e sensibilização jurídica sobre o acesso à biodiversidade. In: E. M. Senhoras (org.). Enfoque Interdisciplinar na Educação Ambiental 2. Ponta Grossa. Atena, 2, 32-43.

Schmitt, F. E., Bampi, F., Macalli, L., Köhnlein, M. M., Nicolini, C. A. H., & Gonzatti, S. E. M. (2012). Gincana recreativa: uma atividade para estimular o conhecimento. Revista Destaques Acadêmicos, 3(4), 55-61.

Schoedinger, S., Tran, L. U., & Whitley, l. (2010). From the principles to the scope and sequence: a brief history of the ocean literacy campaign. Current: The Journal of Marine Education, 3, 3-7.

Schuyler, Q., Hardesty, B.D., Wilcox, C. & Townsend, K. (2013). Global analysis of anthropogenic debris ingestion by sea turtles. Conservation Biology, 28(1), 129–139.

Schuyler, Q. A., Wilcox, C., Townsend, K., Hardesty, B. D., & Marshall, J. N. (2014). Mistaken identity? Visual similarities of marine debris to natural prey items of sea turtles. BMC Ecology, 14(1), 1-7.

Selvaranjan, K., Navaratnam, S., Rajeev, P., & Ravintherakumaran, N. (2021). Environmental challenges induced by extensive use of face masks during COVID-19: a review and potential solutions. Environmental Challenges, 3, 100039.

Silva, M. M. P., & Leite, V. D. (2008). Estratégias para realização de educação ambiental em escolas do ensino fundamental. Revista Eletrônica do Mestrado em Educação Ambiental (REMEA), 20, 372-392.

Sousa, E. A. F., Vieira Filha, M. D. C., & Barbosa, M. M. C. (2017). Dinâmicas lúdicas para trabalhar o sentimento de pertencimento do ser humano à natureza na Escola Salomé de Carvalho, Marabá (PA). Revista Brasileira de Educação Ambiental (RevBEA), 12(5), 84-98.

Sousa, E., Quintino, V., Palhas, J., Rodrigues, A. M., & Teixeira, J. (2016). Can environmental education actions change public attitudes? An example using the pond habitat and associated biodiversity. PloS one, 11(5), e0154440.

Souza, I. M., Mendes, L. F., & Rocha, L. M. (2016) A vida marinha no litoral sul potiguar. Parnamirim: Terceirize.

Souza, M. F., Aciole, D. S. B., Santos, R. L., & Araújo-de-Almeida, E. (2023). Organização de portfólio para aprendizagem em zoologia: evidenciando um diário reflexivo. Brazilian Journal of Development, 9(4), 13118-13135.

UNESCO. (2020). Cultura oceânica para todos: kit pedagógico. UNESCO.

Downloads

Publicado

22/08/2023

Como Citar

SILVA, G. de S. .; ARAÚJO, A. H. C. de .; GONÇALVES, M. H. da S. .; ACIOLE, D. de S. B. .; SANTOS, R. L. .; ARAÚJO-DE-ALMEIDA , E. Educação Ambiental para crianças seguindo a Agenda 2030: Mobilizando sobre a biodiversidade dos oceanos. Research, Society and Development, [S. l.], v. 12, n. 8, p. e11612842946, 2023. DOI: 10.33448/rsd-v12i8.42946. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/42946. Acesso em: 17 jul. 2024.

Edição

Seção

Ensino e Ciências Educacionais