Avaliação de indicadores da desidratação induzida por furosemida e alterações do balanço eletrolítico em cavalos
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i8.4300Palavras-chave:
Desidratação; Parâmetros clínicos; Cavalos; Eletrólitos; Furosemida.Resumo
O objetivo desse estudo foi avaliar os parâmetros clínicos, hematológicos e hemogasométricos decorrentes da desidratação experimentalmente induzida por furosemida em equinos. Métodos: Seis equinos, adultos, machos, foram submetidos ao protocolo de indução de desidratação com furosemida e mantidos em jejum hídrico e alimentar por 72 horas. Exames clínicos, hematológicos e hemogasométricos foram realizados a cada 12 horas. Os parâmetros clínicos foram correlacionados à perda de peso corporal, para identificação daqueles que melhor representam o quadro clinico de desidratação. Resultados: A perda média de peso foi de 13,5% após 72h. O TPC apresentou melhor índice de correlação (r) de 0,95, (Valor p = 0,001) seguido por ureia (BUN), r= 0,94; FC, que variou inversamente à perda de peso, r=-0,91 (Valor p= 0,005) e VG, r = 0,78 (Valor p= 0,038). Os valores de proteína plasmática elevaram-se acima dos valores de referência (8,4 ± 0,5 g/dL) e ureia (BUN) apresentou elevação superior a 100% ao final de 72h. Ocorreu hipernatremia, hipocloremia e hipocalemia. O pH elevou-se a partir de 12 horas e manteve-se elevado até 72 horas. A concentração de bicarbonato elevou-se a partir de 24 horas, excedendo os limites de referência. Conclusão: Conclui-se que a administração de furosemida associada ao jejum desencadeou uma desidratação do tipo hipertônica leve, com discreto aumento da osmolaridade plasmática, hiperproteinemia, hipocloremia e alcalose metabólica, confirmada pelos valores médios da diferença de íons fortes durante todo o processo de desidratação.
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