Adesão à terapia antirretroviral por pacientes com HIV no Brasil e fatores que a prejudicam: uma revisão integrativa
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v12i9.43123Palavras-chave:
Síndrome da imunodeficiência adquirida; Terapia antirretroviral; Adesão à medicação.Resumo
Objetivo: Analisar e sintetizar os fatores relacionados à adesão da terapia antirretroviral (TARV) em portadores de HIV/AIDS no Brasil e as suas principais barreiras de continuidade. Metodologia: Revisão integrativa de literatura utilizando as bases de dados Scientific Eletronic Library Online (SciELO), PUBMED e Literatura Latino-Americana e do Caribe (LILACS) a partir da combinação dos Descritores em Ciências da Saúde (DeCS/MeSH). Resultados: A TARV representa a principal forma de controle da infecção pelo HIV, tornando sua adesão um processo complexo e multifatorial. Os primeiros seis meses de tratamento são determinantes no sucesso da aderência das medicações. Entretanto, a regularidade do uso da TARV perpassa por diversas condições, como: contexto social, renda, escolaridade, efeitos adversos, estigma, uso de álcool e outras drogas, além de rede de apoio e receptividade no sistema de saúde. Por isso, para que haja uma continuidade do processo terapêutico, faz-se imprescindível o acolhimento efetivo e identificação das demandas dos usuários no serviço de saúde, para que esses se sintam seguros e incentivados a permanecer em tratamento. Conclusão: Segundo o levantamento realizado, percebeu-se uma fragilidade na adesão à TARV, o que chama a atenção para medidas de intervenção, tais como: entrevista motivacional, uso de aplicativos móveis, SMS e chamadas telefônicas, contribuindo para a prática assistencial e o acompanhamento integral em saúde desses indivíduos.
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