Análise do cenário nacional de transplantes no Brasil
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v12i9.43188Palavras-chave:
Brasil; Enfermagem; Transplante de órgãos; Obtenção de tecidos e órgãos; Epidemiologia.Resumo
O objetivo do estudo foi analisar o cenário panorâmico de transplantes de órgãos no Brasil entre os anos de 2018 e 2022. Estudo descritivo de abordagem quantitativa, com dados do Departamento de Informática e Registro Brasileiro de Transplantes, disponibilizado pelo Sistema Nacional de Transplante, com análise gráfica de variáveis numéricas de notificações de potenciais doadores, efetivação das doações, quantidade transplantes e recusa familiar, no período entre 2018 e 2022. No período de estudo, registraram-se 58.222 potenciais doadores e 17.367 doações efetivas, o Brasil ocupa a quarta posição em transplante renais e hepáticos. Quanto aos potenciais doadores a região Sul se destaca com maiores notificações e as regiões Norte e Nordeste com notificações inferiores. Já em relação as notificações de doadores efetivos a região Sul assumiu a liderança em termos de notificações, enquanto a região Norte possui as menores taxas, porém em 2022 destaca-se com aumento notável. Em relação ao número de transplantes, o rim se sobressai como maior órgão transplantado, por outro lado os órgãos intestino e multivisceral apresentam números limitados no período analisado. Por fim, as recusas familiares apresentaram variações entre o período de estudo e nota-se um aumento significativo no ano de 2022. O cenário de transplantes no Brasil mostra avanços, mas também desafios. Apesar de progressos nas taxas de doadores em certas regiões, a disparidade entre demanda e disponibilidade, junto a questões culturais e de informação, impactam o sistema. Conscientização, educação e políticas de saúde são vitais para garantir a acessibilidade e viabilidade da doação de órgãos.
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