Abordagem das artrites: Uma visão geral
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v12i9.43225Palavras-chave:
Revisão; Oligoartrite; Poliartrite; Diagnóstico.Resumo
Objetivo: Revisar a abordagem e o manejo dos pacientes com artrites. Metodologia: Trata-se de uma revisão narrativa, efetivada mediante buscas na plataforma PubMed, com os descritores “Artrites”, “Monoartrites” e “Poliartrites”. Foram incluídos os estudos disponíveis na íntegra, em inglês ou português. Excluíram-se as publicações que não obedeciam aos critérios de inclusão ou ao escopo do tema abordado, resultando na seleção de 40 estudos. Foram acrescidos capítulos de obras consolidadas em Reumatologia, objetivando complementar as informações extraídas dos artigos. Resultados e Discussão: As artrites são classificadas quanto à característica da dor, ao tempo de evolução, à simetria, ao número, à localização, ao tamanho das articulações envolvidas e à temporalidade. A anamnese de um paciente com artrite requer investigação do perfil epidemiológico e do histórico médico pessoal e familiar. Já o exame físico, demanda inspeção, palpação, movimentação passiva e ativa e manobras especiais. As principais causas de monoartrite são a artrite induzida por cristais, a artrite séptica e o trauma, podendo ser necessária a artrocentese com estudo do líquido sinovial para elucidação diagnóstica. Dentre as oligoartrites, destacam-se a artrite gonocócica e as espondiloartrites, enquanto as poliartrites possuem maior associação com quadros virais, artrite reumatoide, colagenoses e espondiloartrites. Os exames complementares podem auxiliar no diagnóstico, seguimento e prognóstico, demandando direcionamento conforme as hipóteses diagnósticas. Conclusão: O estudo das artrites é de grande importância, tendo em vista sua alta prevalência e morbidade, necessitando de anamnese e exame físico detalhados.
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