Perfil epidemiológico da insuficiência renal no Brasil de 2012 a 2022
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v12i10.43360Palavras-chave:
Nefrologia; Injúria Renal Aguda; Insuficiência Renal Crônica.Resumo
Introdução: A insuficiência renal é caracterizada como queda da função renal. Essa doença pode ser classificada, de acordo com a evolução em Insuficiência Renal Aguda (IRA), quando há perda súbita, porém, reversível, ou em Insuficiência Renal Crônica (IRC) quando há perda progressiva. É uma importante causa de mortalidade, internações e que gera custos expressivos ao sistema de saúde. O objetivo deste trabalho é analisar as internações e perfil epidemiológico de insuficiência renal no Brasil entre 2012 e 2022. Metodologia: Trata-se de um estudo epidemiológico realizado no período de 2012 a 2022 tendo como embasamento os dados do departamento de informação de saúde do SUS (Sistema Único de Saúde). As variáveis utilizadas foram: internações hospitalares, óbitos, faixa etária, cor/raça, sexo, gastos hospitalares e macrorregião de saúde. Resultados: Obteve-se um total de 1185600 internações, dentre as quais 151053 evoluíram para óbito. As parcelas mais acometidas da população brasileira foram: homens (56,9%); raça branca (35,2%); idades entre 59-69 anos (41,3%). Ademais, foi demonstrado que a região mais acometida, tanto em questão de número de internações e óbitos como nos gastos hospitalares foi o Sudeste. Conclusão: A insuficiência renal é uma doença de grande relevância que causa prejuízos de ordem física, social e emocional. Nesse sentido, é importante a realização de ações preventivas em relação a esse quadro, visto que, suas principais etiologias estão relacionadas às circunstâncias modificáveis.
Referências
Alcande, P. R., & Kirsztajn, G. M. (2018). Gastos do Sistema Único de Saúde brasileiro com doença renal crônica. Brazilian Journal of Nephrology, 40, 122-129. https://doi.org/10.1590/2175-8239-JBN-3918.
Ammirati, A. D. (2020). Chronic Kidney Disease. Revista da Associação Médica Brasileira, 66. http://dx.doi.org/10.1590/1806-9282.66.S1.3.
Andrade, A. C. S., & Andrade, C. M. (2020). Perfil da morbimortalidade por doença renal crônica no Brasil. Revista Baiana de Saúde Pública, 44, 38-52. https://doi.org/10.22278/2318-2660.2020.v44.n2.a2832
Boery, E. D., Júnior, E. V. S., Costa, E. L., Matos, R. A., Cruz, J. S., Maia, T. F., Nunes, G. A., & Boery, R. N. S. O. (2019). Epidemiologia da morbimortalidade e custos públicos por insuficiência renal. Revista de Enfermagem UFPE Online, 13, 647-654. https://doi.org/10.5205/1981-8963-v13i03a236395p647-654-2019.
Chen, T. K., Knicely, D. H., & Grams, M. E. (2019). Chronic Kidney Disease Diagnosis and Management: A Review. JAMA, 322, 1294- 1304. https://doi.org/10.1001%2Fjama.2019.14745.
Chou, Y. H., & Kung, C. W. (2023). Acute kidney disease: an overview of the epidemiology, pathophysiology, and management. Kidney Research and Clinical Practice. https://doi.org/10.23876/j.krcp.23.001.
Ciarambino, T., Crispino, P., & Giordano, M. (2022). Gender and Renal Insufficiency: Opportunities for Their Therapeutic Management? Cells, 11. https://doi.org/10.3390%2Fcells11233820.
Cruz, D. P., Júnior, E. V. S., Weiber, A. F. M., Silva, C. S., Filho, B. F. S., Souza, A. J., & Sawada, N. O. (2022). Função sexual, sintomatologia depressiva e qualidade de vida de pessoas submetidas à terapia hemodialítica. Escola Anna Nery, 26. https://doi.org/10.1590/2177-9465-EAN-2022-0006pt.
Demirjian, S. (2014). Race, class, and AKI. Journal of the American Society of Nephrology, 25. https://doi.org/10.1681%2FASN.2014030275.
Duarte, T. T. P.,Magro, M. C. S., & da Silva, H. M. (2018). Influence of variation of the serum creatinine on outcomes of patient with acute kidney injury. Revista Rene, v. 19. https://doi.org/10.15253/2175-6783.20181933348.
Kovesdy C. P. (2022). Epidemiology of chronic kidney disease: an update 2022. Kidney International Supplements, 12, 7-11. https://doi.org/10.1016/j.kisu.2021.11.003.
Marinho, A. W. G. B., Penha, A. D. P., Silva, M. T., & Galvão, T. F. (2017). Prevalência de doença renal crônica em adultos no Brasil: revisão sistemática da literatura. Cadernos Saúde Coletiva, 25, 379-388. https://doi.org/10.1590/1414-462X201700030134.
Melo, E. R., Silva, J. M. M., de Castro, C. M. C., Castilho, C. P. M., Carneiro, G. V., Faria, M. C. S., Rezende, P. S., Guirelle, Y. S., & Nascimento, T. R. M. (2021). Manejo da lesão renal aguda: uma revisão narrativa. Revista eletrônica Acervo Saúde, v. 13, n. 5, 2021. https://doi.org/10.25248/reas.e7072.202.
Menegat, K. L., & Oliveira, T. P. (2021). Lesão renal aguda: uma revisão de literatura. Revista de Patologia do Tocantins, 8, 15. https://doi.org/10.20873/uft.2446-6492.2021v8n2p15.
Miura, C. T. P., Seles. S. R., & Sansana, M. S. M. (2021). Análise do perfil epidemiológico da mortalidade por insuficiência renal no estado do Tocantins. Revista de Patologia do Tocantins, 8(4). https://doi.org/10.20873/uft.2446-6492.2021v8n4p49.
Nie, S., Tang, L., Zhang, w., Feng, Z., & Chen, X. (2017). Are There Modifiable Risk Factors to Improve AKI? BioMed Research International. https://doi.org/10.1155/2017/5605634.
Panesso, M. C. (2021). Acute kidney injury and aging. Pediatric Nephrology, v. 36, p. 2997–3006. https://doi.org/10.1007%2Fs00467-020-04849-0.
Santos, F. (2018). Insuficiência renal aguda, aspectos epidemiológicos e resultados a curto e a longo prazo. Revista Científica HSI, 2(4). https://doi.org/10.35753/rchsi.v2i4.115.
Sesso, R. C., Thomé, F. S., Lopes, A. A., Lugon, J. R., & Martins, C. T. (2019). Brazilian chronic dialysis survey 2017. Brazilian Journal of Nephrology, 41(2), 208-214. https://doi.org/10.1590/2175-8239-JBN-2018-0178.
Shitsuka, D. M., Pereira, A. S., Parreira, F. J., & Shitsuka, R. (2018). Metodologia da pesquisa científica. UFSM.
Tsai, W. C., Hon-yen, W., Yu-sen, P., Mei-ju, K., Ming-shiou,W., Kuan-yu, H., Kwan-dun, W., Tzong-Shinn, C., & Kuo-Liong, C. (2016). Risk Factors for Development and Progression of Chronic Kidney Disease: A Systematic Review and Exploratory Meta-Analysis. Medicine, 95(11). https://doi.org/10.1097%2FMD.0000000000003013.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Ana Beatriz Araújo Duarte; Sayron Natanael Lopes Pereira Santos; Malanny Santos Araújo; Edenia Soares de Figueirêdo Macário; Marco Antonio Galvão Martins de Farias; Maria Marta Prado Lima ; Daniele Martins de Lima Oliveira
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.